03.06.2013 Views

Diagnóstico Urbano Socioambiental | Município de Ubatuba - Litoral ...

Diagnóstico Urbano Socioambiental | Município de Ubatuba - Litoral ...

Diagnóstico Urbano Socioambiental | Município de Ubatuba - Litoral ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

“O que vem <strong>de</strong>le nós tira e faz o açaí, socamos no pilão, passamos na peneira, <strong>de</strong>pois nós coamos ele e<br />

compramos o xarope <strong>de</strong> guaraná, ai pegamos granola, banana, aveia e botamos ali. É a mesma coisa do açaí<br />

que vem <strong>de</strong> fora, a mesma coisa”.<br />

“É complicado plantar numa área <strong>de</strong> preservação sendo que <strong>de</strong>pois você vai retirar. Temos hoje pessoas que<br />

pagam carteirinha porque arrancaram um pau morto pra fazer artesanato e na época a policia ambiental<br />

pegava carteirinha, ia preso, batia. Era feia a situação”.<br />

“A gente ven<strong>de</strong> também farinha, doce, pimenta, melado <strong>de</strong> cana, rapadura...a gente quer ven<strong>de</strong>r uma<br />

pinguinha também...”<br />

“Tenho um bocado <strong>de</strong> planta <strong>de</strong> remédio plantado aqui...”.<br />

Segundo relatos <strong>de</strong> entrevistados das comunida<strong>de</strong>s quilombolas, a proibição para o plantio <strong>de</strong> roças foi<br />

modificando a cultura alimentar da população, que além do impacto econômico, tem causando consequências e<br />

impactos negativos na saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>.<br />

“Hoje nós compra na cida<strong>de</strong>, há 40 anos atrás nós não comprava. Era tudo aqui da terra. Nós tinha feijão, nós<br />

tinha milho, nós tinha farinha <strong>de</strong> mandioca, nós tinha batata doce, nós tinha a laranja, nós tinha o café, nós<br />

tinha o açúcar , nós só ia pra cida<strong>de</strong> comprar o sal. Daí pegava as coisas aqui e levava pra cida<strong>de</strong>, vendia nos<br />

armazéns, e comia aqui também. A gente só comia as coisas aqui da roça, a gente tinha outra saú<strong>de</strong>. Não era<br />

essa galinha <strong>de</strong> granja, porco suíno não era essas coisas ruins, era bom, não sentia dor nas costas, não tinha<br />

dor na coluna, podia correr, podia saltar, você não tinha nada. Agora você come a comida <strong>de</strong> tar<strong>de</strong> a barriga<br />

já incha, parece que vai explodir, é só soro”.<br />

A produção e venda <strong>de</strong> artesanato também é uma prática <strong>de</strong>senvolvida em um dos Quilombos e constitui-se em<br />

possibilida<strong>de</strong> a ser potencializada, na perspectiva <strong>de</strong> agregar renda às famílias, tendo em vista serem produtos<br />

que são comercializados com os turistas que visitam as comunida<strong>de</strong>s.<br />

“A gente ven<strong>de</strong> artesanatos <strong>de</strong> palhas <strong>de</strong> coco, banana”.<br />

“O artesanato para ven<strong>de</strong>r para o turista. Tem gente que está ven<strong>de</strong>ndo. Antes fazia para usar, fazia o<br />

chapéu, o cesto, a vassoura, tudo para o uso da gente, agora faz para ven<strong>de</strong>r. Tem que se preparar para<br />

receber o turista. Antes não tinha muita venda <strong>de</strong>stas coisas, era na base da troca”.<br />

O turismo ecológico e cultural nas comunida<strong>de</strong>s quilombolas é uma das possibilida<strong>de</strong>s a ser potencializada e<br />

explorada, po<strong>de</strong>ndo tornar-se progressivamente em importante fonte <strong>de</strong> renda para as comunida<strong>de</strong>s, assim<br />

como para outros segmentos turísticos, uma vez que é possível tornar-se um atrativo turístico <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong> e<br />

região, tendo em vista a sua riqueza cultural e pelo fato <strong>de</strong> estarem localizadas em parques, junto à belos rios,<br />

cachoeiras e matas preservadas.<br />

A qualificação e sua organização para o turismo é diferenciada entre as comunida<strong>de</strong>s quilombolas entrevistadas.<br />

Enquanto uma <strong>de</strong>las já tem o turismo um pouco mais estruturado, outra encontra-se em fase <strong>de</strong> organização e a<br />

terceira ainda não tem nenhum tipo <strong>de</strong> receptivo ou atrativo organizado, ainda que este também seja o <strong>de</strong>sejo<br />

<strong>de</strong>sta comunida<strong>de</strong>. On<strong>de</strong> o turismo já é um pouco mais organizado, já se constitui na principal fonte <strong>de</strong> renda<br />

para as famílias.<br />

“Turismo ecológico – projeto <strong>de</strong> trazer turista interessado em integrar com a natureza; preservar a cultura<br />

local, como a dos quilombos. Manter preservado e também gerar renda para a comunida<strong>de</strong> local”.<br />

“O ecoturismo aqui hoje ele é bastante presente, a gente trabalha com grupos organizados que gera renda<br />

pra muitas famílias. A gente teve um curso <strong>de</strong> capacitação em 2003 uma parceria com a Souza Cruz, CPI -<br />

comissão pra índia, Parque Estadual Serra do Mar.. a gente fez a capacitação <strong>de</strong> monitores ambientais e a<br />

gente bolou os roteiros, os quilombos vieram e também fizeram um roteiro da casa <strong>de</strong> farinha ...”<br />

“Eu falo que é eco cultural (o turismo). É um ecoturismo e eco cultural. A gente recebe cerca <strong>de</strong> 30 a 50<br />

universida<strong>de</strong>s todos os anos”

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!