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Baixar - Proppi - UFF

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servirão de contraste com as descrições sobre a etapa escrita da investigação criminal.<br />

Da mesma forma, o caso narrado neste capítulo também me ajuda a introduzir alguns<br />

dos significados vinculados à categoria nativa do “bairro” e como esta aparece neste<br />

conflito em particular. O caso também mostra como o respeito e seguimento da ‘forma’<br />

do processo torna-se fundamental para um certo ‘fundo’ ser considerado válido. Ao<br />

ponto tal, como veremos, de serem forçados procedimentos e regras processuais por<br />

parte dos agentes policiais.<br />

O segundo capítulo muda de tom. Se no primeiro capítulo o leitor pode ter tido<br />

dificuldades em entender alguns aspectos formais do funcionamento do sistema de<br />

justiça criminal na província de Buenos Aires, neste segundo achará uma apresentação<br />

de suas principais características. Busco com isso não só fornecer o “esqueleto” das<br />

histórias relatadas na tese e do âmbito de ação das mesmas, mas também contextualizar<br />

o âmbito social, político e institucional das mesmas. É neste capítulo que o contraste<br />

com a cidade de Buenos Aires e com a justiça federal aparece de forma mais explícita,<br />

pois trata-se também de marcar a passagem que eu mesma fiz de um âmbito de pesquisa<br />

–o federal na cidade de Buenos Aires- a outro – a justiça provincial no conurbano<br />

bonaerense. Nessa contextualização, sem pretensão de exaustividade, ressalto algumas<br />

características da região do conurbano bonaerense enquanto subúrbio metropolitano e<br />

também do processo político e institucional que convergiu, em 1998, em uma reforma<br />

dos sistemas de segurança pública e de justiça criminal da província.<br />

O terceiro capítulo tem uma finalidade semelhante. Busca contextualizar o<br />

âmbito mais específico de minha pesquisa e da narração desta tese: a UFI “K” 14 , onde<br />

realizei a maior parte de minhas observações. Apresento o ambiente e os personagens<br />

que nele trabalham, centrais para o entendimento das formas de tratamento dos casos<br />

relatados ao longo dos outros capítulos. Nesta apresentação também busco entender<br />

minha própria posição nesse campo, as identidades a mim atribuídas e o processo de<br />

interação e aproximação com esses interlocutores.<br />

A partir do quarto capítulo, a tese entra na etnografia dos casos e situações<br />

observados na UFI. No quarto, a narração enfatiza a descrição de um período de tempo<br />

específico do trabalho das promotorias criminais na província: o “turno”. Busco dar um<br />

panorama do tipo de conflitos que chegam à justiça e os primeiros encaminhamentos<br />

adotados. Entre eles, abordo em especial as situações relativas ao momento do<br />

14 As UFIs e defensorias são denominadas com números. Aqui utilizo letras para não identificá-las.<br />

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