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Baixar - Proppi - UFF

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preenchendo espaços vazios de espera e de registro escrito da informação levantada no<br />

‘terreno’.<br />

Quando fomos embora, Diego comentou o importante que era “baixar ao local<br />

dos fatos” – uma expressão que já tinha ouvido muitas vezes na boca de policiais. A<br />

importância, para ele, estava no fato de, naquele momento, surgirem informações que,<br />

de outro modo, não seriam conhecidas. Lembrei das diversas conversas entre as pessoas<br />

presentes, dos intercâmbios ocasionais, dos vizinhos que apareceram por lá pelo fato de<br />

estarem todos reunidos no bairro, enfim, do clima mais descontraído se comparado com<br />

a situação de depoimento em sede judicial. Contudo, para que algum desses aportes<br />

informais pudesse ser utilizado judicialmente no processo, deveria ‘passar’, de forma<br />

escrita e formal, pela UFI.<br />

De fato, umas das informações levantadas ‘no terreno’ foi relativa ao local onde<br />

estaria a moto roubada. O irmão de Santiago disse que, havia alguns dias, estando na<br />

casa de um vizinho, tinha visto, desde o jardim, a moto de Quique na casa do vizinho do<br />

lado do seu amigo – próxima, por sua vez, da casa do Topo. Ele tinha tirado fotos da<br />

moto com seu celular. Naquele mesmo dia, comunicou essas informações para Marconi,<br />

o qual tomou um depoimento escrito sobre aquilo que tinha sido visto, mas sem baixar<br />

as imagens do telefone ao computador. Segundo Sebastián, “o correto teria sido fazer<br />

logo um allanamiento na casa daquele [segundo] vizinho. Mas Marconi não comunicou<br />

a situação para mim e nada foi feito”. Nessa altura, seria necessário incorporar sob<br />

alguma ‘forma’ aquela informação ao processo.<br />

Para isso, o escrevente da polícia tomou, na varanda do quiosque, um novo<br />

depoimento de Quique para que dissesse se, sendo exibida a foto do celular<br />

“reconhecia” aquela moto como a sua. Quique disse que sim por uma série de<br />

particularidades das partes da moto. Sebastián e Diego, por sua vez, duvidavam se<br />

aquelas particularidades identificadas por Quique como próprias não seriam defeitos de<br />

fábrica, mas Quique parecia convencido de se tratar de ‘sua’ moto.<br />

A moto e o “allanamiento”<br />

Com aquela informação, o plano era que, no dia seguinte, bem cedo de manhã,<br />

Marconi e o seu colega de Divisão fizessem o “allanamiento” na casa daquele vizinho,<br />

para ver se a moto ainda estava lá. No dia da “reconstituição”, Sebastián comentou<br />

sobre a informação da moto com Diego. Sua sensação era que, se a moto estivesse<br />

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