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Baixar - Proppi - UFF

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Marconi tentou indagar sobre circunstâncias mais específicas, além dos<br />

“comentários do bairro”. A vizinha esclareceu que “duas pessoas da rua Belgrano<br />

tinham ouvido outras duas pessoas falando sobre o fato”. Abundando nos “comentários<br />

do bairro”, uma terceira testemunha depôs que “outras duas pessoas comentavam que se<br />

[Santiago] não tivesse lançado a garrafa, não teria sido morto”.<br />

Uma quarta vizinha, que naquele dia estava esperando ser atendida no quiosque,<br />

depôs dizendo que teria visto o jovem que disparou. Descreveu-o como um garoto de<br />

1,70 de altura, magro, vestindo calça jeans escura e um casaco com capuz.<br />

Uma outra vizinha depôs ter “ouvido distintos comentários por parte de pessoas<br />

que andam pelo bairro, poderia se dizer, de duvidosa moralidade e de mau viver, sobre<br />

que um dos autores seria um sujeito de nome Jesus, que seria genro de um homem que<br />

mora em Belgrano e San Juan”.<br />

Alguns dias depois, um amigo de Santiago e Quique depôs, perante Marconi.<br />

Disse ter visto, em um comércio de carros, dois sujeitos chegando com a moto de<br />

Quique. Segundo sua lembrança, “o identikit feito por Quique na polícia resultou ser 80<br />

% parecido com um daqueles jovens”.<br />

A linha de investigação sobre o jovem Jesus era aprofundada assim com um<br />

novo depoimento. Além de Jesus, esta última intervenção também apontava outro<br />

jovem, de nome Gerardo, porque este último seria dono de uma moto amarela e preta,<br />

como aquela na qual teriam chegado os dois jovens, para roubar a moto do Quique. Por<br />

último, em outro depoimento, também informava-se que o tal Jesus namorava uma<br />

pessoa que se domiciliava nas ruas Belgrano e San Juan.<br />

Enfim, nesta altura da investigação eram vários os testemunhos que indicavam<br />

um autor: Jesus, genro de outro sujeito, que morava nas ruas tal e tal, namorado de uma<br />

jovem que moraria nas imediações do local do “fato”. Diante dessas informações, foi<br />

“comissionado pessoal policial nas imediações do local onde aconteceram os fatos para<br />

os efeitos de realizar tarefas de inteligência”. Durante esses dias, os policiais<br />

confirmaram os dados dos depoimentos anteriores e somaram algumas informações<br />

mais concretas. Dentre elas, a dona do quiosque voltou a depor e disse que o tal Jesus<br />

seria sobrinho de um sujeito de apelido Sopa, domiciliado nas ruas Belgrano e San Juan.<br />

Outras vizinhas confirmaram essa informação. A filha da dona do quiosque, testemunha<br />

do “fato”, também aportou nova informação sobre o que teria ouvido de um familiar,<br />

dizendo que tinha visto um tal Jesus discutindo com Sopa e que a vestimenta daquele<br />

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