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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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J C';PlTAL COMO INSTRUMENTO DE PRODUÇÃO;Jrodução indireta - o uso <strong>do</strong> macha<strong>do</strong> de pedra e depois o <strong>do</strong> macha<strong>do</strong> de aço- devem ter provoca<strong>do</strong> uma mudança muito maior na produtividade na obtençãode madeira <strong>do</strong> que as vias de produção indireta posteriores, embora aliadas a aperfeiçoamentosde forma alguma desprezíveis.De resto, se for necessário, esta última impressão pode ser reforçada até à evidênciapor um pequeno exemplo de cálculo. Suponhamos, por exemplo, que umtrabalha<strong>do</strong>r consiga, trabalhan<strong>do</strong> só com uma mão, <strong>do</strong>is metros cúbicos de madeiraem um dia, e com um macha<strong>do</strong> de pedra, cuja feitura custa três dias, possa conseguirdez metros cúbicos; que, portanto, valha a pena a<strong>do</strong>tar a primeira via de produçãoindireta de três dias, pois ela apresenta um acréscimo de rendimento de oitometros por dia de trabalho. Pois bem: é em to<strong>do</strong> caso possível que, <strong>do</strong>bran<strong>do</strong>-sea duração da via de produção indireta de três para seis dias - quiçá dan<strong>do</strong> umacabamento mais cuida<strong>do</strong>so ao macha<strong>do</strong> de pedra -, <strong>do</strong>bre também a quantidadede produto, de oito para dezesseis metros; no entanto. já é pouco provável que umatriplicação da via indireta, para nove dias, ainda possa fazer triplicar o rendimento:e com toda a certeza, alongan<strong>do</strong>-se a via indireta de cem vezes - por exemplo perfuran<strong>do</strong>galerias, das quais somente depois de anos se conseguirá o minério necessáriopara a construção de um macha<strong>do</strong> de aço -, já não se conseguirá centuplicartambém o rendimento, pois isso levaria a supor - o que é praticamente impensável- que um trabalha<strong>do</strong>r conseguiria em um dia 8 000 metros cúbicos de madeiraeis que, a partir de algum ponto - provavelmente muito próximo -, o acréscimode rendimento provavelmente ainda aumente, sim, mas aumente mais lentamente<strong>do</strong> q..ue a duração <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> de produção.E claro que não é possível aqui, em caso algum, indicar um número defini<strong>do</strong>.nem para o ponto a partir <strong>do</strong> qual começa a diminuir o rendimento de prolongamentosulteriores da via de produção indireta, nem para a grandeza <strong>do</strong> acréscimode rendimento devi<strong>do</strong> a determinada duração de via de produção indireta. Pois essesda<strong>do</strong>s diferem de acor<strong>do</strong> com as situações técnicas vigentes, aplicáveis a cadasetor de produção e a cada estágio da tecnologia de produção. Cada nova invençãoaltera esses da<strong>do</strong>s, Por exemplo, a invenção da pólvora abriu de um golpe a possibilidade,inexistente no momento anterior, de aumentar a produtividade da caça, tal,vez pelo <strong>do</strong>bro, e de multiplicar por cem a produtividade <strong>do</strong> processo de extraçãcde pedra. 8 O que, porém, de qualquer forma se pode afirmar com suficiente ce"·teza é a proposição acima formulada de que, via de regra, se pode conseguir resu:­ta<strong>do</strong> maior, prolongan<strong>do</strong> de maneira sábia a via de produção indireta, Pode-se afirma:­com segurança que não há um único setor de produção cuja produtividade nãopossa ser notavelmente aumentada, em confronto com o méto<strong>do</strong> de produção ho'",em uso; isso, sem qualquer invenção nova, mas simplesmente pela inserção de ele::capitalistas intermediários conheci<strong>do</strong>s: aqui, fazen<strong>do</strong> intervir um motor a vapor; ê~por meio de uma transmissão engenhosa; acolá, mediante uma engrenagem art~cial,um sopra<strong>do</strong>r, uma alavanca, um regula<strong>do</strong>r etc. Quão longe está a maioria C~nossas empresas agrícolas e industriais, em seus equipamentos capitalistas, das er.­presas-modelo mais avançadas, e com certeza estas últimas estão por sua vez r.~ =menos longe de uma instrumentação ideal e realmente perfeita. 9..~.i_iiZ 11I'.:-­'8',--­-~ ,_,i ..........~"­>/11I;,....... -­..,. ....­b o significa<strong>do</strong> das assim chamadas invenções está precisamente na descoberta de uma nova via de produção in:.~'::--::e mais longa. Com freqüência - provavelmente na maioria <strong>do</strong>s casos - a via nova é mais longa <strong>do</strong> que o que até ",-?era usual; o aproveitamento da invenção requer então a produção de muitíssimos produtos intermediários, ou, cü~: ~costuma dizer, um forte Investimento de capital; por exemplo, em maquinaria, na construção de ferrovias e similares. J'.~ _""3­\'ezes. porém, uma invenção bem-sucedida pode também descobrir um méto<strong>do</strong> de produção indireto melhor e meno~ :.so. Este é o caso, por exemplo, da fabricação química de certos corantes, em lugar da fabricação pelo processo vege:=-~?or mais complexa que possa ser a -fabricação por processo químico, ela certamente é mUlto mais direta e muitc ;-:-.~- ~;.:emorada <strong>do</strong> que a produção através <strong>do</strong> longo processo <strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong>s vegetais. Os Excursos 1 e 11 que seguE- ­';-:.2\'0 contêm da<strong>do</strong>s mais precisos sobre o assunto,~:::,,'G 5e pergunte aqui. em tom de objeção, p:Jr que motivo entâo nâo se aproveita plenamente essa possibilidade:

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