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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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, 11::rl238 o VALOR E O PREÇOto<strong>do</strong>s os pares de interessa<strong>do</strong>s cuja capacidade de troca supera a <strong>do</strong> par limIte teriamainda condição de efetuar troca a preços mais altos ou mais baixos, e somenteo destino <strong>do</strong> último par, o par limite, depende de o preço atingir exatamente determina<strong>do</strong>montante, nem maior nem menor. E finalmente, assIm como no primeiroa importância da última necessidade dependente deu ao bem o valor deste, devi<strong>do</strong>à relação de dependência, da mesma forma no último caso as circunstâncias econômicas<strong>do</strong> último par dependente de interessa<strong>do</strong>s dão o preço à merca<strong>do</strong>ria -­novamente, devi<strong>do</strong> à relação de dependência que existe.Contu<strong>do</strong>, as relações entre o preço e o valor subjetivo não se esgotam nessaanalogia. Ainda mais importante <strong>do</strong> que isso é que o-preço, <strong>do</strong> começo até o fim,é o produto de avaliações subjetivas. Pensemos retroativamente: é a relação entrea avaliação subjetiva da merca<strong>do</strong>ria e a <strong>do</strong> bem a ser da<strong>do</strong> como preço por ela quedecide já sobre quem pode sequer pensar em competir na troca <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is bens, quemtem sequer "capacidade de troca"; a mesma relação decide sobre o grau da capacidadede troca de cada concorrente. Essa relação determina, para cada um deles,com rigor implacável, o ponto até o qual a vantagem dele manda continuar a fazeroferta, bem como o ponto-limite no qual ele é obriga<strong>do</strong> a retirar-se como competi<strong>do</strong>rvenci<strong>do</strong> e excluí<strong>do</strong>. Essa relação decide, além disso, quem, na série <strong>do</strong>s competi<strong>do</strong>resde "maior capacidade de troca", chega efetivamente a efetuar a troca: eladecide a quem cabe o papel de par limite, e em conseqüência decide também, enfim,sobre o preço pelo qual a venda se realiza no merca<strong>do</strong>. Assim, na realidade,em to<strong>do</strong> o decurso <strong>do</strong> processo de formação <strong>do</strong> preço - na medida em que estese faz com base em motivos puramente egoístas - não há uma única fase, um únicotraço que não se possa reduzir totalmente às avaliações subjetivas como sen<strong>do</strong>a sua causa. Isso no fun<strong>do</strong> é perfeitamente natural. Pois já que, como sabemos,são as avaliações subjetivas que indicam se algo - e se for o caso, se pouco oumuito e quanto - depende, no tocante ao nosso bem-estar econômico, de um bem,essas avaliações subjetivas, sempre que simplesmente adquirimos ou nos desfazemosde bens em função <strong>do</strong> nosso bem-estar, constituem a medida natural - e atéa única possível - <strong>do</strong>s nossos atos. Em conseqüência, podemos de pleno direitodizer que o preço é o resultante das avaliações que se fazem da merca<strong>do</strong>ria e <strong>do</strong>bem a ser pago como preço, aualiações essas que se defrontam no merca<strong>do</strong>. 17Aliás, trata-se de uma resultante peculiar. A grandeza <strong>do</strong> preço resulta não simplesmenteda soma ou da média de todas as avaliações que se defrontam, senãoque estas têm uma parcela de responsabilidade bem diversificada na formação <strong>do</strong>preço resultante. Parte delas nem sequer atua: são as avaliações <strong>do</strong>s concorrentesexcluí<strong>do</strong>s, excetua<strong>do</strong>, dentre estes, o par que tem a maior capacidade de troca. Todasestas poderiam tanto estar totalmente ausentes <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> quanto estar presentesem número dez vezes maior, sem com isso alterar em nada o resulta<strong>do</strong>. Emnosso exemplo, podem estar presentes ou não no merca<strong>do</strong> os concorrentes excluí<strong>do</strong>sà compra - A 7 até AIO -: a categoria <strong>do</strong>s "concorrentes excluí<strong>do</strong>s" pode serrepresentada só por estes ou talvez por cem outros concorrentes, to<strong>do</strong>s sem condiçãode oferecer mais <strong>do</strong> que, no máximo, 200 florins por um cavalo. Em qualquercaso o preço resultante sempre estará entre os limites de 210 e 215 florins. Os concorrentesexcluí<strong>do</strong>s podem engrossar a multidão no merca<strong>do</strong>, mas não são um fator:~, =.-.~;_2:.17 Sax, o quaL a grosso mo<strong>do</strong>, no que [auge à teoria <strong>do</strong> valor e <strong>do</strong> prpçc. SE fundamenta na mesma base criada por Mengerocaracteriza repetidamente e com ênfasp o preço de mercaco como uma "médi3 <strong>do</strong>s valores individuais" (TheoretischeGrulldlcgullg der Stnotswirtschafl. p 27õ e' seqs et passJm) Essa caracterização. se for dada se:n cument6ric. é altamenteinfeliz e até induz em erro Com efeito, COrTO resulta da exposiçao que seyue ao texto ucima (e mais eXi'ltamente. da exposiçãofeJa em mEUS Grund'll1ege, p 522 et seqs.l, o que acontece é (> contrário (J resul:ante de preço se caracteriza pornão ser uma "média" no acepção comum desse termo

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