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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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286 o JUROuma e mesma pessoa, em um e mesmo momento, sempre tem também valor maior:qualquer que seja o valor absoluto de 1 bushel ou de 1 florim, uma coisa ao menosé certa, em qualquer hipótese: para mim 2 florins ou 2 bushels que possuo hojetêm mais valor que 1 florim ou 1 bushel que possuo hoje. Exatamente a mesmacoisa acontece em nossa comparação entre o valor de uma quaptidade de meiosprodutivos que está disponível no presente e o de uma futura. E possível que as470 unidades <strong>do</strong> produto que se poderia fabricar para o ano de 1916 com um mêsde trabalho disponível em 1910 valham menos <strong>do</strong> que as 350 unidades que comele se pode conseguir para o ano de 1913, e que essas 350 unidades. apesar deseu número menor, sejam o produto de maior valor que se possa fabricar com ummês de trabalho disponível em 1910. Em qualquer hipótese, porém, nesse caso as400 unidades que se pode conseguir para o ano de 1913 com um mês de trabalhodisponível no ano de 1909 têm ainda mais valor, e portanto fica de pé a superioridadeda quantidade mais antiga (a presente) de meios produtivos - aqui e sempre,qualquer que sejam as variações que se introduzam no exemplo.Para que nada falte, em termos de clareza, à exposição desse princípio - queestá destina<strong>do</strong> a ser um pilar básico para minha teoria <strong>do</strong> juro -, não queremospoupar-nos o trabalho de estender à utilidade marginal e ao valor <strong>do</strong>s meios produtivosa comparação em forma de tabela, que acabamos de efetuar para a produtividadetécnica de meios produtivos de anos diferentes. O trabalho que com isso tivermosde qualquer forma não será perdi<strong>do</strong>, pois noSso itinerário nos propiciará uma compreensãoocasional de certas situações às quais raramente ou nunca se prestou atenção,e no entanto não deixam de ter importância para uma compreensão completae em profundidade <strong>do</strong> to<strong>do</strong>.Como já sabemos,3o a utilidade marginal e o valor <strong>do</strong>s meios produtivos dependeda utilidade marginal e <strong>do</strong> valor previsíveis <strong>do</strong> produto deles. Ocorre que,conforme investirmos nosso meio produtivo "mês de trabalho" em uma produçãoque dura apenas um momento ou em um perío<strong>do</strong> de produção que leva um, <strong>do</strong>is,três ou dez anos, podemos conseguir uma quantidade muito diferente de produto:de 100, 200, 280, 350 unidades etc.: qual destas quantidades de produto será aque decide? Também para isso já temos pronta a resposta, nas considerações feitasacima. No caso de bens que admitem empregos alternativos diferentes, com utilidadesmarginais de grandeza diferente, a utilidade marginal decisiva é a maior dentreelas; em nosso caso concreto, portanto, é aquele produto que constitui o maior montantede ua/or. 31 Nem de longe esse produto tem necessariamente de coincidir comaquele produto que contém o maior número de unidades; pelo contrário, raramenteou nunca coincide com ele, pois o número máximo de unidades seria obti<strong>do</strong> medianteum processo de produção desmedidamente longo, que talvez duraria 100ou 200 anos; ora, bens que só estarão disponíveis na época de nossos bisnetos outrinetos, em nossa avaliação de hoje não têm praticamente valor algum.Para determinar qual <strong>do</strong>s diversos produtos possíveis tem para nós o maior valor,interessam propriamente <strong>do</strong>is fatores, que acabamos de expor. Primeiramente,o esta<strong>do</strong> presumível de nosso suprimento nos diversos perío<strong>do</strong>s. Se, por exemplo,30Ver acima, p. 189 et seqs.31Ver acima, p. 179 et seqs. Afastan<strong>do</strong> um equívoco muito facilmente sugeri<strong>do</strong> pelo som das paiavras, declaro aqui denovo expressamente que o princípio enuncia<strong>do</strong> no texto não contradiz ao princípio básico expresso na página 194, deque no caso de bens produtivos é decisivo o valor <strong>do</strong> menos ualioso de seus produtos, a saber. o <strong>do</strong> "produto marginal".Com efeito, o produto marginal é o último dentre vários produtos que ainda podem ser fabrica<strong>do</strong>s um ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> outro,com os meios produtivos existentes. Em nosso caso presente. porém, nâo se tratEl de utilizar um mês de trabalho ao mesmotempo em uma produção de duração de um ano e em uma de <strong>do</strong>is anos etc" mas de ut:!izá-lo em uma produçâo daduração de ~m ano ou em uma de <strong>do</strong>is ou de vários anos. Ora, é natural que dentre esses empregos a/ternatiuos, tema primazia o mais importante deles.~: :1,...: ~:: "":"'S:4lI'~,....â;'.'''ffiiit11"'".. '"cll:~'1:II,iiIlUICZR,-';';" -~.:t,..:i:-'.•,...-,.,.,:li!li"'iiTt'",'::;!:,,:)

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