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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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108 o CAPITAL COMO INSTRUMENTO DE PRODUÇÃOto quiser e puder. Naturalmente, hoje esse tesouro está explora<strong>do</strong> em parte mÍr.:­ma. A grande maioria das manifestaçõs dessa força da Natureza ainda se esvai e'":"combinações que de nosso ponto de vista teleológico-humano são inúteis ou a:iprejudiciais. Os poderosos movimentos das marés, das torrentes e das quedas d'águê.<strong>do</strong>s fenômenos atmosféricos, as gigantescas forças elétricas, magnéticas e de gra\-­tação que <strong>do</strong>rmitam em nosso planeta até hoje só foram aproveita<strong>do</strong>s utilmente e'":".parte mínima. Outras forças, como as de vegetação latentes em nosso solo, já fora'":"aproveitadas em grau maior, porém ainda estamos bem longe <strong>do</strong> aproveitamen::pleno. Os avanços anuais no campo da agronomia e da agricultura não só nos en~nama extrair das condições <strong>do</strong> solo um proveito cada vez maior, mas ao mesm:tempo também nos fazem suspeitar que ainda estamos longe de ter explora<strong>do</strong> toe:o campo disponível para tais progressos.Como se sabe, a escavação desses tesouros da Natureza se faz na medida e'":"Jque, utilizan<strong>do</strong> a segunda parte principal de nossa <strong>do</strong>tação de forças produtivaõ.isto é, nossas forças pessoais, trabalhamos nós mesmos e com habilidade cqmbinêmosestas nossas forças de trabalho com os respectivos processos naturais adequê­1t<strong>do</strong>s. Assim sen<strong>do</strong>, tu<strong>do</strong> o que conseguimos na produção é o resulta<strong>do</strong> de duas ­~e só duas - forças produtivas elementares: a Natureza e o trabalho. Temosaq ~um <strong>do</strong>s conceitos mais seguros da teoria da produção. A humanidade encontrê.como um da<strong>do</strong> preexistente, uma imensidade de processos naturais, e a eles asseciqO exercício de suas próprias forças; o que a Natureza faz por si mesma, e o qc:"o homem faz para que isso aconteça, ais a dupla fonte da qual provêm e têm :::"provir to<strong>do</strong>s os nossos bens; já não há lugar para uma terceira fonte elementar, ê:la<strong>do</strong> dessas duas.Em contrapartida, dentro desses <strong>do</strong>is elementos que, <strong>do</strong> ponto de vista técnic:fornecem tu<strong>do</strong> para a produção, tem-se de fazer ainda uma outra distinção impc:­tante, <strong>do</strong> ponto de vista da Economia. Na larga corrente <strong>do</strong>s eventos naturais, q:.r.:proporciona ao homem a base para as combinações produtivas que este opera. risobretu<strong>do</strong> uma parte que atrai particularmente o interesse da Economia. São aqc.élesrecursos úteis dq Natureza que estão à nossa disposição apenas em quantida::xlimitada e escassa. E verdade que de per si não há falta de materiais nem de forlpenergéticas: o carbono e o nitrogênio, o oxigênio e o hidrogênio, e até a maio:-,a<strong>do</strong>s "elementos" não são de per si menos abundantes <strong>do</strong> que o são de per si ~forças da gravitação, as energias elétricas, magnéticas ou químicas. Todavia, podE~ser relativamente raras certas combinações espontâneas oriundas desses elementc'5.as quais satisfazem de mo<strong>do</strong> particularmente feliz as necessidades <strong>do</strong> homem ­como, por exemplo, plantas úteis, águas capazes de gerar energia, solo fértil, mi:-.éraisúteis. Tais <strong>do</strong>ns e recursos raros da Natureza adquirem para nós um significa.:}:propriamente econômico. Se não formos insensatos, temos de pautar-nos pelo p:-.....­cípio da economicidade. Podemos utilizar ou até esbanjar, quanto quisermos, e~1'1'mentos técnicos da produção disponíveis em abundância, como ar atmosférico, á!:>~ou luz solar, sem com isso ressentir-nos <strong>do</strong>s efeitos negativos nos resulta<strong>do</strong>s proc_­tivos. Quanto aos elementos técnicos raros, porém, temos que economizá-Jc'5.aproveitá-los integralmente: em suma, eles constituem, dentro da <strong>do</strong>tação técn:::i..mais ampla e geral que a Natureza nos oferece, a <strong>do</strong>tação natural especificame:-_i:econômica <strong>do</strong> homem. Uma vez que to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>ns e recursos da Natureza - :'1.quase to<strong>do</strong>s - estão liga<strong>do</strong>s ao solo, podemos, sem erro significativo, afirmar s_-­I'cintamente que a terra - para usar o termo mais comum, os recursos da terra ­,ié a representação da <strong>do</strong>tação natural econômica. 22 Se a população for escassa, naturalmente é possível que também os recursos <strong>do</strong> solo, ou pelo menos alguns dele5 :kJrexemplo as florestas, podem ser bem gratuitos disponíveis em superabundância; nas nossas economias modernas, ;:::-~:- é naturalmente na situação destas que reflito preferencialmente na exposição -, os recursos <strong>do</strong> solo são gera;:-:-,~-.:bens econômicos (com exceção <strong>do</strong> soja deserto).

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