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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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o PRESENTE E O FUTURO NA ECONOMIA 271-=~~=,~ deeconservamos firmemente uma recordação dela em nosso espírito, ou então, no<strong>do</strong>, uma ou muitas vezes a mesma necessidade cuja ocorrência futura esperamos,~=:: J pre­::-:-:):0 de mínimo, já experimentamos necessidades ou sentimentos que apresentam certa semelhançacom o sentimento futuro espera<strong>do</strong>, e nesse caso, partin<strong>do</strong> de tais recor­:~:::':2ncia. dações análogas, construímos para nós uma imagem de fantasia, mais ou menos~ -:-. :-"ossa: _ -:-. 3. ver­ fiel. Em tais imagens da recordação e da fantasia baseamos nosso cálculo econômi­"':- =~. que, co e nossas decisões econômicas. "Uma base incerta e ilusóri?!", poderão objetar..: -:-.:amos Sem dúvida' E no entanto ela é quase a única que utilizamos. E um caso excepcionalraro basearmos uma avaliação de bens ou uma decisão econômica em um sofri­: _~~ dizer. mento experimenta<strong>do</strong> diretamente no mesmo instante. Com efeito, um <strong>do</strong>s traços: :: ~ '11eios característicos de uma economia sadia e civilizada consiste em fazer provisões para:'.-:-::~. quer as necessidades com antecedência, e em não deixar que floresça plenamente o sofrimentoadvin<strong>do</strong> da privação, ao qual levaria o não atendimento da necessidade.~: :':-.'11ento:_ ~,:',viçosNão começamos a preparar nossas refeições somente no instante em que a fome,-:~ :lO fu­ atingiu o ponto alto <strong>do</strong> incômo<strong>do</strong> que ela acarreta; não esperamos até que as águas; =J:tanto saídas <strong>do</strong> leito de um rio inundem nossa casa e nossas terras, para somente então; - ::oras? pensarmos na construção de diques de proteção; não esperamos que a casa pegue§ =.~ forma fogo para só então adquirir um extintor de incêndio. No momento em que decidimosexecutar atos econômicos, quase sempre as necessidades em vista das quais~=:-:u plea<strong>do</strong>tamosessas decisões estão ainda no futuro, e portanto, por mais próximo queê. ~ '11pírica'~ ,:' '11 to<strong>do</strong> seja esse futuro, elas não atuam em nós como sentimentos reais, mas apenas por,,:ss:..:amosmeio de uma simples representação. Quantos há que nunca chegaram a sentir ple­::: namente, nem mesmo no passa<strong>do</strong>, a força dessas necessidades que nos fazem esti­~ ,:'conomaros bens que utilizamos em nosso dia-a-dia! Quantas pessoas ricas só sabemL ::.s em0­~_ ::. saber,o que é uma fome séria e <strong>do</strong>lorosa por terem ouvi<strong>do</strong> falar dela!- - passa- Uma coisa é evidente: por mais ilusório que possa ser esse <strong>do</strong>m de imaginar,e por mais que ele nos possa realmente enganar, no caso individual, temos todasas razões para agradecer ao destino, de coração, o fato de o termos. Pois se não~-~ .:; 3'::;:-:1 sofrer=. .::.:; 35 travei tivéssemos esse <strong>do</strong>m, naturalmente também não poderíamos mais cuidar antecipa­, _-: .c:,·tik derdamente <strong>do</strong> atendimento de necessidades futuras, que não seriam sentidas atual­~-=- : :~:;.. com a,. ~,-c :\aque­ mente nem poderiam ser prenunciadas por uma representação antecipada: o ato- - - c, ~ublica­ de atendimento sempre só poderia ocorrer depois de sobrevir a carência, e com~ :: ~ 2~empl0,medidas momentâneas infrutíferas e atrasadas, e estaríamos fada<strong>do</strong>s a continuar viven<strong>do</strong>de um dia para o outro, levan<strong>do</strong> uma existência insegura, numa situação pior:-,-: jo "des­:r.'-_:: p. 109,i!C " c, . 393 et <strong>do</strong> que a <strong>do</strong>s mais míseros bárbaros.: _,:' 00 capital.Todavia, para administrar não basta simplesmente pensar nas necessidades das'''~,.a<strong>do</strong> que: ':~'::3 que me quais se tem de cuidar. Assim como toda administração provém da insuficiência quan­:::_--~~ :ie podertitativa <strong>do</strong>s meios de cobertura em face das necessidades, da mesma forma é inse­~ ~-~ -:-:a <strong>do</strong>utri­:::::=.; ~: ':e minha parável da administração uma escolha contínua, uma constante seleção daquelas~- ".ez de ­ necessidades que se pode e se deve atender e daquelas outras às quais não temos-.:: :éias origi­:- :: ::: :·....:trina dea--.;;;.:; :omo nocondição de prover. Naturalmente, a seleção resulta de uma comparação da importânciada urgência, respectivamente da intensidade <strong>do</strong>s sentimentos de prazer e dedesprazer que se ligam às diversas necessidades e ao atendimento das mesmas. Se.:: - ;:-au partijáé raro sentirmos atualmente, no momento de uma decisão econômica, aquela:r :: :::=.~er, essa=: "-:::: em um única necessidade que é afetada por nossa decisão, muito mais raro ainda é experi­E .: ~ ~25Dectivos=~::3 ;elo fatomentarmos como sentimentos atuais, no mesmo momento, to<strong>do</strong>s aqueles sentimentos." :,.:~r plena­ de alegria e sofrimento entre os quais temos que escolher, para concretizá-los ou2::- ~ : :servação; -.: -evitá-los. Ao contrário, nossas comparações têm que ser feitas - quase sempre.=~ ediçõesao menos em parte, e muitas vezes, inteiramente com base na representação que;.;'-:::::§.'), Diver­:-:-::- :2!'mitem nós fazemos em relação a sentimentos futuros. Isso nos leva a constatar um fato:..-. -: - - -Excurquegostaria de destacar com ênfase: os sentimentos que imaginamos ter no futuro

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