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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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E. no entanto, é certo que a casa lhe traz a cada ano umjuro fie capital de 1 000 florins por astúcia ou extorsão?A primeira vista pareceria que o que melhor se coaduna com esse fenômeno<strong>do</strong> juro seria a "teoria <strong>do</strong> uso". pois indubitavelmente ela tira seu próprio fundamentojusto no fenômeno <strong>do</strong> uso durável de bens não consumíveis. 53 Mas também elanão consegue atingir mais <strong>do</strong> que uma aparência de explicação. Ela se emaranhanos artificialismos de um uso "mais amplo- e "mais restrito", de um uso "bruto" e umuso "líqui<strong>do</strong>" (expressões que - diga-se de passagem - podem ser muito oportunascomo clichês para denominar certos fenômenos, mas que não se baseiam emconceitos claros e precisões) e em to<strong>do</strong> caso não fornece nenhuma explicação paraa natureza das relações existentes entre o valor <strong>do</strong> uso líqui<strong>do</strong>, o valor <strong>do</strong> uso bruto,o valor <strong>do</strong> bem objeto de uso e a grandeza <strong>do</strong> desgaste que gera a perda de valor.Nos escritos de um Hermann, de um Knies. de um Shaeffle sentir-se-á falta de qualquerpesquisa que procure clareza sobre os itens que seguem: o juro líqui<strong>do</strong> é eleva<strong>do</strong>porque é eleva<strong>do</strong> o valor <strong>do</strong> capital. ou o valor <strong>do</strong> capital é eleva<strong>do</strong> porqueo juro líqui<strong>do</strong> é eleva<strong>do</strong>? A grandeza <strong>do</strong> juro bruto é causa ou efeito <strong>do</strong> valor dasduas outras grandezas? E por essa razão falta nesses autores qualquer explicaçãoreal <strong>do</strong> fenômeno. Nossa teoria dá uma resposta concludente a todas essas questões:o valor das prestações de serviços (uso bruto) constitui o ponto de partida dacorrente causal, o valor <strong>do</strong> bem porta<strong>do</strong>r de serviço é a soma <strong>do</strong>s valores individuaisdas prestações de serviços, o desgaste é uma conseqüência da diminuição<strong>do</strong>s serviços ainda inerentes ao bem e. devi<strong>do</strong> ao avanço temporal das prestaçõesde serviços posteriores, não é igual nem ao valor da prestação de serviços utilizadano ano de uso, nem corresponde ao grau <strong>do</strong> desgaste físico 54 (que, no caso deuma duração de seis anos, representa 1/6 de to<strong>do</strong> o conteú<strong>do</strong> de uso <strong>do</strong> bem),mas é apenas igual ao valor da prestação de serviços que é cada vez a última, amais remota; e a mesma razão faz com que haja um aumento de valor das prestaçõesde serviços posteriores, e esse aumento. por sua vez, dá origem a um ganholíqui<strong>do</strong>, o juro proveniente <strong>do</strong> capital.As mesmas considerações que nos esclareceram sobre a causa <strong>do</strong>s juros provenientesde bens duráveis projetam ao mesmo tempo uma clara luz sobre outro fenômeno,tão conheci<strong>do</strong> quanto geralmente entendi<strong>do</strong> erroneamente: o processo da53 Ver minha Geschite lmd Kritik. p. 236 el seq .. sobretu<strong>do</strong> 280 el seqs (2" ed.. 241 e 284 el seqs: 4" ed .. p. 179 esobretu<strong>do</strong> 211 el seqs.).54 Fato muito notável. ~O qual a teoria vigente até aqUI não tem da<strong>do</strong> atenção nem explicação alguma! Já chamei atençãoa ele em meu estu<strong>do</strong> Rechle und Verhaeltnisse (18811. p. 68. nota 6. Quanto à existência reai <strong>do</strong> fato de que a desvalorizaçâosucessiva que um bem sofre com seu desgaste progressivo. não caminha em paralelo com o grau <strong>do</strong> desgaste físico:pelo contrário. na início é mais lenta <strong>do</strong> que este. e mais tarde caminha mais rapidamente <strong>do</strong> que este, e disso não podehaver dúvida alguma. O fato aparece com a máxima nitidez - pois pode ser observa<strong>do</strong> sem erro decorrente de imprecisõesou arbitrariedades subjetivas - na avaliação <strong>do</strong> \"alor de iítulos de crédito que durante determina<strong>do</strong> número de anos rendem um "benefício monetário" anual fixo. Por exemplo. um carnê de renda que garante ao proprietário o direito de receber10 rendas anuais de 1 000 florins cada uma e que :a:Ji:car.<strong>do</strong>-se 5% de juros compostos) possui inicialmente um valorde curso de 7 722 florins (tabelas de Spitzer. p 274, ~âo ,2 desvaloriza uniformemente de 772.2 florins em cada um<strong>do</strong>s dez anos de duração de seu uso, embora em cadê :.HT: desses a:1OS perca exatamente 1/10 de seu conteú<strong>do</strong> útil. senãoque a desvalorização é a seguinte: no primelro ano. apenas de 614 florins; no segun<strong>do</strong>, de 645 florins: no terceiro, de677 florins, e assim por diante. aumentan<strong>do</strong>: de 710. 747 7.~3. 823. 864. 907 florins. e finalmente. no décimo ano. <strong>do</strong>súltimos 952 florins. que ainda valia no lI1ício deste úlTImo ano. (Tabelas de Spitzer. op. cit). Mas também em to<strong>do</strong>s osoutros tipos de bens duráveis pode-se constatar o mesmo andamento <strong>do</strong> "desgaste" com suficiente certeza, sem bem que,por motivos óbvios, raramente o possamos demonstrar com tanta precisão matemática: mais adiante ainda terei oportunidadede citar casos desse gênero. Ora, não encontrei em toda a Hteratura que conheço. uma única tentativa de explicaresse fato, que é notável e precisa de explicação. Esta simplesmente não é possível com a teoria vigente até agora e particularmentecom a "teoria <strong>do</strong> uso". ao passo que partin<strong>do</strong> de minha teoria a explicaçao é perfeitamente natural.

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