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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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A COI\TKOVÉRSIA EM TORNO DO CONCEITO DE CAPITAL77'--~õ :-:::::: em capital~ :-2 subsistência_-2~ ~:-=ústria, sem::-:- c "?opical, tem-:--2 - sá\'eis, repre­-2 -2 ~~ :T1ente uma-~_-~::::J uma con­':::.:: 2 2:T1preender:::2:-"::J<strong>do</strong> interme­.- :::: se dispuser-2:O:-2::::al os meios'" ~ Õ:::'" só aparece;-.:=. ::: ::"':1eça a exis·':;:-:-:: ..c.s. fábricas.-:-i:- ::. se os traba­:' c:..::-dantes que",.' c:-:-:e:lte perma­::::: ~2 :::CJmendável.:~ :: :::Jpressão de: _:::~:J:':' contradiz,- c. ~:-.:eliz <strong>do</strong> que~:::c c:erto àqueles--2 :::::-c.m a existir I::: ~ == o conceito,~: :-:-:-.c. em instru­::::::: :: -2 s expressivas-2:'.~ :0:::2 -:tes na obra;= :2 c:.:nente uma~::: ::: :-:-: ::;anhada das:: -2 :::a;:lita] que see:-. -2 =os objetivos'..::::.:.:z::a para esse:_ .-:'~, cc-me a esse. ::. -,::~-2::o da postura__ ""- :: -: -.. §.: genuína dec'Õ : _::.-:: :nais baratos-::.: : ;. . -: - : :: ~.ar dizer isso.t'.:-=. ::-::.-:::. :: ~rimeiro <strong>do</strong>s::~.--:-:.: :om o objeto~ -==:::. ::: - : ~\'ons radica~ :-':-:-: :~:_:5. que lhe s2io• ~,- .0-:-elt8. o capital:::: :::: - ~-i:-:'). os sdl6.rios:- ':-::~.:Jmmomen­:2 _ .:.~: =.:-.,õ:; ora. foi isso:. - ~ -.:' ~::>licação que-:-.::.::eres pre:nie­: _ - =:é!-ias-primas).Antecipo que, no meu entender, Menger descobriu com tato muito feliz o e]e­:nento característico ao qual o uso da língua popular associa o termo capital, e designouesse elemento característico de maneira essecialmente acertada, com algumasexceções a serem ainda discutidas. Na verdade, a linguagem popular - ressalvadasas exceções que acabamos de enunciar - liga a palavra capital a objetos que pro­::uzem renda, objetos estes que ou consistem em dinheiro ou são representa<strong>do</strong>s em:ermos de dinheiro. Mas a representação em forma de dinheiro é uma coisa mera­:T1ente subjetiva, que depende de impressões casuais e subjetivas. Assim é que <strong>do</strong>isCJbjetos de riqueza, embora <strong>do</strong> ponto de vista objetivo sejam perfeitamente iguais,e embora também sejam utiliza<strong>do</strong>s de forma perfeitamente igual, podem sob esseaspecto ser objeto de julgamento subjetivo mais diversifica<strong>do</strong>. Uma quinta, por exem­;:llo, que é propriedade de uma sociedade anônima que conta determina<strong>do</strong> mon­:ante em dinheiro na folha de balanço dessa sociedade, seguramente é representadaem forma de dinheiro e é contada como "capital" da sociedade. Se essa mesma quinta!:ver si<strong>do</strong> recentemente comprada por um particular, é altamente provável que aiembrança <strong>do</strong> capital em dinheiro "enterra<strong>do</strong>" nela provoque a mesma forma de re­;:lresentação. Inversamente, se ela tiver si<strong>do</strong> herdada <strong>do</strong>s antepassa<strong>do</strong>s em sucessãoie posse longa e ininterrupta, sen<strong>do</strong> que durante muito tempo não houve nela operaçõesde venda nem de compra, é provável que ela não seja representada comocapital em dinheiro: o proprietário atual que a her<strong>do</strong>u não se sentirá como "capita·::sta", mas como "<strong>do</strong>no de terra". Exceção ocorrerá se uma circunstância especial fai..orecero mo<strong>do</strong> de representação oposto; se, por exemplo, para fins de repartição:la herança, for necessário fazer uma avaliação em dinheiro, ou se o <strong>do</strong>no da terra~á pouco houver recebi<strong>do</strong> uma oferta em dinheiro pela sua quinta. Essas ocorrên­:ias - que, por sua vez, também podem ter reações subjetivas inteiramente dife­,entes - podem casualmente deixar na lembrança e na imaginação <strong>do</strong> <strong>do</strong>no dacerra uma impressão que ele associa à representação <strong>do</strong> imóvel como o valor deleem dinheiro. imaginan<strong>do</strong> o montante da renda que na quinta proporcionaria comoporcentagem <strong>do</strong> valor dela etc. Em suma, a concepção popular e o mo<strong>do</strong> de falar','ariam de acor<strong>do</strong> com as reações subjetivas. Eles nem sempre aplicam o nome ca'pital a determinada categoria real de bens com alguma distinção objetiva; pelo contrário,confundem as categorias reais a fim de pôr na classificação um elementopuramente interno, que ao observa<strong>do</strong>r externo nem sequer sobressai, nem sói ma­:lifestar efeitos práticos, e que na sua própria ocorrência pode ser tão inconstantee Lllternante quanto possam ser as manifestações da capacidade imaginativa e da:antasia <strong>do</strong> homem 95Ora, pergunta-se: que interesse a teoria econômica tem num conceito basea<strong>do</strong>sobre um fundamento tão oscilante? Creio que não tem interesse algum, Em fun­'- Que a concepçao popular não atribui a denominação de capital com conseqüência lógic8 rigorosa. senão que deixa':'::lpla margem para impressões subjetivas oscil,:mtes. reconhece-o também Menger, na media em que. por exemplo. desta­:3 expressamente ;op. cit.. p. 41 et seq.,l que vários agricultores "inclu€r.1 no cálculo em termos de dinheiro apenas uma::arte de sua riqueza produtiva", digamos somente sua riqueza representada pelos implementas e móquina.s dgrícolas. ao=~sso que seu patrimõnio imobiliário (eventualmente herda<strong>do</strong>) é para eles, sim, riqueza produtiva, mas não capital, en­:·Janto. ao cO:'ltrário, para outros agricultores, que já vêem também nos seus imóveis investime:1tos de capital, existiria essa-':'~JOSição. Se Menger. no caso. fizer questão de dizer que essa concepção oscilante representa apenas um estágio de transi­.::âo. peculiar à época da passagerr. da empresa de economia sem dinheiro para a empreSll de economia com dinheiro,~'t':tho quI;:;' concordar sem mais com Isso, porém tenho que acrescentar dLas observações: primeiro, que é exatamente ago­-3 que nos encontramos nesse estágio de transição e. portanto, em se tratan<strong>do</strong> da q:.Jestão se a ciência deve colocar como::-asc SUo própria classificaç<strong>do</strong> o uso lingüístico popular, precisamente só entra em questão o uso lingüístico da época atua!:=!nda onera<strong>do</strong> com as citadas oscilaç6es: e segun<strong>do</strong>, que, após a superação desse estágio de trans:ção, após a aceitação'niversal <strong>do</strong> cálculo em dinheiro, essa oscilação é eliminada, mas em compensação ficará totalmente despida de toda a~~Ja força marcante aquela característica <strong>do</strong> conceito. em cuja ênfase assenta toda a peculiaridade <strong>do</strong> conceito popular de:apltaJ. e o próprio conceito será rebaixa<strong>do</strong> a um slffiple:> sinônimo de outro conceito, cuja confusão co:n o conce1to de:3pital ninguém impugnou com mais vigor <strong>do</strong> que o próprio Menger. (Op. cit.. p. 5 el seqs.) Trata-se <strong>do</strong> conceito de riqueza::,~odutiva Pois se já não houver nenhuma riqueza ;:Jrodutiva não calculaud em dinheiro, o conceito de riqueza produtiva:alculada em dinheiro. (<strong>do</strong>mínio especial <strong>do</strong> hodierno conceito popular de capital) será idêntlco ao de riqueza produti\'a:J:Jra e simples

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