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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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A CONTROVÉRSIA EM TORNO DO CONCEITO DE CAPITAL73:;-em se.c:-::ente,OXpUcan­'C.:e. que":::-abalho~ :-:1elhorê::,mpa­=.::a hol=.:::enãor:-2~ecem...:c:a for­::;. :1a fre­C':~ como~ ::e ficar~ ~argunê... ::0 cus­.: :álereso: 2 igual:::::: rraba­Z:c.:Tlente:.;:;:""'.:os se­~~esenta­-,: :-:'.zação,líqui­~_~:sf:-2:""' :ien<strong>do</strong>jz:oi exco­:""'.:0 médiob:ha<strong>do</strong>res:eoria <strong>do</strong>s::2')(a para.es apenas?:Jitalismo...lá1 brotam:""'.ão passa::e interna!-2x:ste uma:""'.:amentos2:""'.te longe:-:iente ins­: e o rigorê:1<strong>do</strong> o tracren<strong>do</strong>ao~: acumula­<strong>do</strong>". Mas a analogia não vai ao fun<strong>do</strong> da questão, especialmente não no caso daanalogia entre salários <strong>do</strong> trabalho e juros <strong>do</strong> capital. O fato de o capital gerar umganho assenta sobre um fundamento to<strong>do</strong> peculiar que não atua no caso <strong>do</strong> trabalhoa não ser por exceção. Isso se constatará, com toda a clareza, como espero, nanossa exposição sobre a teoria <strong>do</strong>s juros <strong>do</strong> capital. Mas já podemos dizer, no mínimo,que é uma inversão totalmente estranha prentender esclarecer a natureza <strong>do</strong>salário <strong>do</strong> trabalho basean<strong>do</strong>-se no fenômeno <strong>do</strong>s juros <strong>do</strong> capital. Dos <strong>do</strong>is fenômenos.o <strong>do</strong> salário é de longe o mais simples e o mais claro. Uma pessoa forneceo valioso bem que é o trabalho e a outra lhe dá em troca um preço. Não é fácilimaginar coisa mais simples. Que o capital produz um ganho, nem de longe é tãosimples: testemunhas disso são as numerosas teorias com as quais tivemos de nosocupar na primeira parte da presente obra e que, a despeito de seu número eleva<strong>do</strong>,não conseguiram explicar satisfatoriamente a natureza daquele fenômeno. Quererexplicar o fenômeno simples que é o salário pelo trabalho, traduzin<strong>do</strong> nele ascomplicações de fenômeno muito mais intrinca<strong>do</strong> e obscuro que são os juros <strong>do</strong>capital, equivale verdadeiramente a pôr o carro diante <strong>do</strong>s bois. O valor dessas interpretaçõesextravagantes se ilustra de forma drástica pelo fato de que numerososautores, como sabemos, empenham-se ao mesmo tempo em fazer o inverso, a saber,fazer a natureza <strong>do</strong> juro <strong>do</strong> capital mais inteligível declaran<strong>do</strong> ser ele uma espéciepeculiar de salário: portanto, onde aquelas enxergam o enigma, estes vêem asolução, e onde aqueles procuram a solução, estes enxergam o enigma! Que graude confusão se revela involuntariamente nessas apalpadelas <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is grupos em tornodesses problemas a resolver!85Façamos um resumo. Incluir o trabalho no conceito de capital é, na hipótesemais favorável, um uso inadequa<strong>do</strong>. e na hipótese mais desfavorável - que infelizmentehoje se concretizou - é um uso pernicioso, apropria<strong>do</strong> para eternizar a confusãoterminológica, abrir de par em par a porta para analogias falsas e perturbara clareza <strong>do</strong> pensamento, exatamente naquelas questões que são ao mesmo tempoas mais difíceis e as mais importantes da Ciência Social. Por isso, decidir-nas-emascom toda a energia - e como espero, também com a adesão de to<strong>do</strong>s - contraa inclusão <strong>do</strong>s meios pessoais de ganho no conceito de capital. 86A próxima etapa da controvérsia nos coloca face à questão de saber se somen­~J É muito significativo que nenhum <strong>do</strong>s autores que explicam o salário <strong>do</strong> trabalho a partir <strong>do</strong>s juros <strong>do</strong> capital faça uma:entativa de explicar ulteriormente o juro <strong>do</strong> capital. Aceitam-no simplesmente como fato consuma<strong>do</strong> - com exceção de:.1cCulloc~. que o explica novamente a partir <strong>do</strong> salário <strong>do</strong> trabalho, repetin<strong>do</strong> de novo o artifício de trás para frente, comJma ingenuidade desconcertante. Alegra-me muito que ta.mbém Schaffle rejeite as teorias criticadas, apesar de a tendência~olítico-social delas certamente estar na linha dele. (Tuebinger Zeitschrift. v. 41. p. 225 et seqs.);;t:I Ver as respectivas exposições, convergentes no resulta<strong>do</strong>, em SCHMOLLER, "Lehre vom Einkommen in ihrem Zusam­:nenhang mit den Grundprinzipien der Steuerlehre In Tuebinger Zeitschrift. 1863. p. 24 et seqs.: KNIES. Das Geld. p15-22: RICCA-SALERNO Op. cito p. 28 et seqs.. e caSSA "La Nozione dei <strong>Capital</strong>e". In: Saggi di Economia Politica,1878. p. 163 et seqs, Contra a mania de estender ao infinito o conceito de capital foi sobretu<strong>do</strong> Cossa que escreveu pala·',:ras que são verdadeiramen te de ouro. Salienta ele que muitas vezes se tem a necessidade de operar com uma palavra.-::jue de maneira inequívoca designa exatamente os produtos que servem diretamente para a produção, e continua então:·Se il conceito dei capitale si aIlarga di troppo. comprenden<strong>do</strong>vi altri pro<strong>do</strong>lti. o altri faltori deIla produzione. esso o sfuma=iel tutto, o non ha piú la sua raglone di essere. Si costruisce, per dir la cosa in altro mo<strong>do</strong>. uno strumento od imperfettoJ superfluo. il quale o non serue punto, o non serve bene, E tali categorie debbonsi senz'altro espellere, e non già moltiplica­-;e nelJe investigazioni economiche, se Don vogliamo che la scienza si Isterilisca in polemiche oziose e puramente nominalL aOp ci!.. P 168 et seq )'::'; c "o. Freiburg,:=- _~d Normaler­--::.;:::-.nzip des Ar·v~-schen. 1883.'Se ampliarmos excessivamente o conceito de capitaL engloban<strong>do</strong> nele outros produtos. ou outros fatores da produção,,

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