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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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A CONTROVÉRSIA EM TORNO DO CONCEITO DE CAPITAL 47i~:::-:le­ção produzi<strong>do</strong>s nem sequer se demonstrar realmente idêntico aos estoques de bensque constituem, para um povo, capital gera<strong>do</strong>r de renda. Efetivamente, é indiscutíc:on­vel que a economia de um povo aufere renda também de bens de fruição que são, : :10­ empresta<strong>do</strong>s ao exterior com juros. Na medida em que se notou expressamentec :omessa incongruência, e no entanto se continuou tranqüilamente a definir o capital de-.:: que economia pública como um conjunto de meios de produção, deu-se a entender de~:;touforma drástica que ainda havia interesse por ele apenas devi<strong>do</strong> à sua relação comcente a produção, e não mais devi<strong>do</strong> à propriedade que o mesmo também tinha - mas,: i:]ue apenas casualmente - de ser fonte de juros para a economia pública. Resumin<strong>do</strong>::: ::ens no capital de economia pública, a propriedade de ser fonte de juros para a nação!=). ti­ só figurou no primeiro plano por certo tempo - mas por tempo suficientemente::; le- longo para atribuir-lhe a denominação de "capital". Tão logo isso aconteceu, a tôni­.:eoriaca deslocou-se para a relação desse capital com a produção, e desde então essec2:l<strong>do</strong>capital deve ser considera<strong>do</strong>, quanto ao conteú<strong>do</strong>, um conceito independente, intei­:: em ramente estranho a seu homônimo, o capital de economia privada.~~::",-Ta:Se hoje, porém, o historia<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s <strong>do</strong>gmas consegue identificar com tanta clare­;~an­za essas relações tão complexas, o mesmo não aconteceu naquela época, nem dut~.~Jm rante um perío<strong>do</strong> longo que se lhe seguiu. Diria que no próprio Adam Smith a coisa~:::c.véspermaneceu em uma nebulosidade embrional. Seus conceitos estão ainda tão pou­~:-.:eveco defini<strong>do</strong>s que ocasionalmente lhes impõe deslocamentos totalmente estranhosl~ ,en­ e que de forma alguma se ajustam à concepção básica. Uma delas é, por exemplo,l :"Jntea extensão <strong>do</strong> conceito de capital de economia pública, a várias qualidades pes­:e:1ô­soais, talentos, habilidades e similares, as quais, de maneira bastante estranha, ser:,,' deapresentam como parte integrante de um stock e que, à guisa de espíritos desaten­:5 ?ro­ tamente esconjura<strong>do</strong>s, tinham que manter a teoria <strong>do</strong> capital em esta<strong>do</strong> de instabilic::aodade ainda por muito tempo. Mas isso é apenas um episódio secundário. O principal; ::..:ros é que também os sucessores de Adam Smith não só não conseguiram sair da nebulosidadeem que este havia deixa<strong>do</strong> o conceito de capital, mas também, ao contrá­L :ria­rio, consagraram positivamente uma das piores confusões. Com efeito, não notaram:: que que naquilo que Adam Smith e eles mesmos chamavam de "capital" se escondiam-.:e di­<strong>do</strong>is conceitos basicamente distintos, e consideraram o capital, <strong>do</strong> qual falavam na~ que <strong>do</strong>utrina sobre a produção, idêntico ao capital que é fonte de juros. Smith, como:: -::on­ sabemos, havia de fato percebi<strong>do</strong> que há certa diferença no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> termo capi­:2JOS.tal, e que, por exemplo, casas alugadas, móveis ou trajes para baile de mascara<strong>do</strong>s,:: aca­ são capital em certo senti<strong>do</strong>, mas não são em outro. Também não se deixou de trans­C2 demitir adiante com fidelidade essa observação. Mas é manifesto que não se lhe deu__ ::-nia nenhuma importância - aliás, por que se haveria de fazer tanto alarde em tornot:: dede uma distinção que dizia respeito apenas a alguns trajes empresta<strong>do</strong>s para baile,,::ual de mascara<strong>do</strong>s similares? - e se continuou a manter firme o costume de conside­:~:-:lOSrar o fator de produção capital também como porta<strong>do</strong>r de juros de capital. Comr:":1toisso, uma confusão acabou levan<strong>do</strong> à outra. Haviam-se confundi<strong>do</strong> os conceitos,! 2CO- passou-se agora a confundir também os fenômenos e os problemas. O capital pro­.::a1.duz e rende juros. Que haveria de mais lógico <strong>do</strong> que dizer simplesmente: ele rende~ue juros pelo fato de produzir? E assim surgiu - introduzida e possibilitada pela confu­,:-:lal são no conceito de capital - aquela teoria ingênua e preconcebida da produtividai.:çãode <strong>do</strong> 'capital, que desde Say até mais ou menos os nossos dias manteve a ciência

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