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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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174 o VALOR F O PREÇOmaga<strong>do</strong>ra maioria tem por objeto unidades individuais de bens ou outras quantidadesparciais mínimas de bens. Por isso também pre<strong>do</strong>mina de muito a avaliaçãocom base na utilidade marginal da unidade. De qualquer forma, existe também umaminoria de casos nos quais pela situação somos leva<strong>do</strong>s ou até obriga<strong>do</strong>s a ter comoobjeto de nossas ponderações econômicas grandes quantidades de bens ou atéa totalidade de bens de determinada espécie como unidade; e essa minoria englobajustamente também casos bem importantes e interessantes. Por isso, não podia deixarde desenvolver aqui a casuística da utilidade marginal até à medida necessáriapara se ter a chave que permita compreender esses casos. 26Há várias outras complicações casuísticas que posso deixar definitivamente dela<strong>do</strong>, porque não têm importância para os fins específicos deta obra;27 há ainda outrasque deixo de la<strong>do</strong> apenas momentaneamente, justamente pelo motivo oposto:porque revestem uma importância grande demais para nossas finalidades, requeren<strong>do</strong>por isso uma exposição tão detalhada que para elas sou obriga<strong>do</strong> a abrir seçõesespeciais. Aqui volto agora novamente à l~i fundamental e simples <strong>do</strong> valor<strong>do</strong>s bens, que ainda precisa de certa complementação sob determina<strong>do</strong> aspecto.Até agora explicamos a grandeza <strong>do</strong> valor <strong>do</strong>s bens a partir da grandeza da utilidademarginal. Podemos, porém. dar um passo além na pesquisa das causas dagrandeza <strong>do</strong> valor <strong>do</strong>s bens, perguntan<strong>do</strong> de que circunstâncias depende, por suavez, a grandeza da utilidade marginal. Aqui temos de mencionar a relação entre ademanda e os meios para satisfazê-Ia. A maneira como esses <strong>do</strong>is fatores influenciama grandeza da utilidade marginal já foi tantas vezes abordada, e de perto, nasexposições que antecederam, que aqui posso dispensar qualquer outra explicaçãolimitan<strong>do</strong>-me a formular sucintamente a regra pertinente. Ela reza assim: quanto maisampla e interna for a demanda - ou seja, quanto maior for o número de necessidadesque demandam satisfação e quanto mais importantes elas forem - e, poroutro la<strong>do</strong>, quanto menor for a quantidade de bens disponíveis para esse fim, tantomais alto será o ponto na escala de necessidades em que já se terá de interrompera satisfação, tanto mais alta permanecerá, portanto, a utilidade marginal. Inversamente,quanto menor for o número de necessidades a satisfazer e quanto menosimportantes elas forem, e quanto maior for o número de exemplares disponíveispara esse fim, tanto mais se descerá na satisfação de necessidades menos importantese tanto mais baixos serão a utilidade marginal e o valor. Pode-se exprimir aproximadamentea mesma coisa, apenas com um pouco menos de precisão, dizen<strong>do</strong>que a utilidade e a raridade <strong>do</strong>s bens são as razões últimas que determinam seuvalor. Com efeito, na medida em que o grau da utilidade de um bem indica se,pela sua espécie, ele é capaz de satisfazer necessidades mais importantes ou menospode ir a utilidade marginal no caso mais extremo. Quanto à raridade, ela decide,. até que ponto a utilidade marginal chega realmente, no caso concreto. 2826 Talvez não deixe de ser interessanLe chamar Cltenção para o fato ele que a conhecida força de pressão das greves sebaseia essencialmente no aumento progressivo da totalutility <strong>do</strong>s traoalha<strong>do</strong>res individuais. A compreensão teónca dessescasos e seu enquadramento correto nas leis gerais que regem o valor <strong>do</strong>s bens se torna tanto mais importante, quantomais sobressai na vida econômica moderna a tendência de Juntar sempre mais pessoas e bens em massas compactas. pormeio de associações organizadas.27 Por exemplo. a casuística das diferenças de qualidade existentes entre bens. detalhadamente tratada por MENGER. Grund~saetze, p. 114 et seqs.; Quanto a isso, ver também a exposição perspicaz. mas hipersutil e vazada em formas de ex~ressãooizarra. de C!...ARK. Dístribution of Wealth, p. 231 el seqs.. sobretu<strong>do</strong> p. 238 et seqs. De mo<strong>do</strong> algum consegui convencermede que essas formas b:zarras de representação sejatT'. indispensáveis para se chegar a uma teoría correta <strong>do</strong> preço, comonão me convenci de que, segun<strong>do</strong> a teoria <strong>do</strong> valor e <strong>do</strong> preço qual é habitualmente formulada pelos "economistas austríacos",artigos de Qualidade devenam aparecer com preços três e até dez vezes superiores aos que na vida realmente se pc:ga.(Cli\RK. Op. ci!.. [l 213-219.) Provavelmente também aqui há equívocos da parte de Clark28 Penso não Ser necessário retornar aqui a uma polêmica que travei nas eJições anteriores, nesse contexto, contra Scharling("Werttheorie und Wertgesetze" In: Jahrbuecher de CQIlrad. Nova série, v. 16), pois esse excelente erudito nesse meio

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