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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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~':156 ü VALOR E O PREÇOem senti<strong>do</strong> relativo. isto é, em comparação com a demanda de bens da respectivaespécie. Para ser mais preciso: os bens adquirem valor quan<strong>do</strong> o estoque total debens dessa espécie é tão pequeno que não é suficiente para satisfazer as necessidadesque precisam ser satisfeitas com eles, ou é tão escasso que já não seria suficientesem aquelas unidades <strong>do</strong>s respectivos bens de cUJa apreciação se trata precisamenteno caso. Ao contrário, não têm valor os bens que estão disponíveis em tanta quantidadeque não somente satisfazem plenamente todas as necessidades a que estãoaptos, mas também deixam um excedente que já não encontra necessidade a satisfazer;excedente que ao mesmo tempo é suficientemente grande, a ponto de se poderdispensar também os bens ou quantidades de bens engloba<strong>do</strong>s na questão daapreciação. sem que com isso esteja comprometida a satisfação de qualquer necessidade.Não será difícil demonstrar essas proposições, depois <strong>do</strong> que já antecipamossobre a natureza <strong>do</strong> valor. Quan<strong>do</strong> bens estão disponíveis em quantidade insuficientede mo<strong>do</strong> que tem de permanecer sem satisfação uma parte das respectivasnecessidades, é claro que a falta já de uma só unidade acarreta a não-satisfaçãode uma necessidade, que ainda teria si<strong>do</strong> possível se tal falta não houvesse, Emcontrapartida, o acréscimo de uma unidade possibilita a satisfação de uma necessidade.à qual <strong>do</strong> contrário não se teria podi<strong>do</strong> satisfazer. Portanto, da presença dessebem depende um pouco de prazer ou bem-estar. Vice-versa, é igualmente claro que,haven<strong>do</strong> superabundância de um tipo de bens, por um la<strong>do</strong> a perda de uma unidadenão traz prejuízo algum, pois essa perda pode ser logo coberta com o excedente,e por outro la<strong>do</strong> o acréscimo de nova unidade não tem nenhuma utilidade, poisnão existe uma aplicação útil para ele. Suponhamos, por exemplo, que um agricultor,para to<strong>do</strong>s os fins para os quais a água lhe possa ser útil - portanto, para ele,sua família e seus cria<strong>do</strong>s beberem, para dar a seu ga<strong>do</strong>, para serviços de limpezaetc. -, precise diariamente de dez hectolitros, e que a única fonte de que dispõelhe forneça apenas oito hectolitros: nesse caso é evidente que ele não poderia perdernem um só hectolitro desse seu estoque de água, sem que sofra prejuízo maisou menos sensível nas necessidades e objetivos de sua administração. Cada hectoiitroé aqui condição de determinada esfera de emprego útil. A situação permaneceriaainda a mesma se a reserva diária de água fosse exatamente de dez hectolitros.Mas, se sua fonte lhe trouxesse diariamente vinte hectolitros, é manifesto que a perdade um hectolitro não acarretaria o mínimo prejuízo a nosso agricultor. Pelo fator; "1, 'I,de ele só ter aplicação útil para dez hectolitros, tem de deixar correr os dez outros'!' 'hectolitros sem utilizá-los. Nessa hipótese, se se perder um hectolitro, ele é reposto.,j..'i'pelo excedente, e o único efeito é que agora o excedente não utilizável se reduz• de dez para nove hectolitros.!Uma vez que bens existentes em quantidade insuficiente, ou em quantidadeestritamente suficiente, coincidem com aqueles em relação a cuja aquisição e manutençãoas pessoas se vêm obrigadas a ter uma preocupação econômica, ao pas­. so que os bens disponíveis em excesso costumam estar à disposição de to<strong>do</strong>s, de.'.."",....'1',j":'graça, podemos exprimir sucintamente as proposições acima também na formulaçãoseguinte: to<strong>do</strong>s os bens econômicos têm valor, e to<strong>do</strong>s os bens livres são destituí<strong>do</strong>sde valor. Em to<strong>do</strong> caso, uma coisa é certa: o que decide se algum bem temapenas capacidade para ser útil, ou também é condição de uma utilidade para nós,são as relações de quantidadeSOs numerosos autores que, como por exemplo Scharling (Jahrbuecher, de Conrad, \' 16, p. 417 et seqs. e 513 et seqs.,sobretu<strong>do</strong> à p. 424. 430 et seqs., 551 et seqs.), colocam cõmo critério decisivo <strong>do</strong>s bens "econômico:::;" e "valiosos" a riíficuldadede sua obtençao, a nec€!:l!:liuade de um emprego de trcbalho e slmíl2res, assinalam um critério determinante secundá­

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