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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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-rs ­200 o VALOR E O PREÇOo valor <strong>do</strong>s bens se mede pela grandeza <strong>do</strong> ganho que para o bem-estar <strong>do</strong> administra<strong>do</strong>rdepende <strong>do</strong> dispor deles, poden<strong>do</strong>-se explicitar com precisão ainda maioro ganho de bem-estar, dizen<strong>do</strong> que se trata de uma diferença de bem-estar - adiferença de grau de bem-estar, atingível naquelas condições em que a pessoa possuios bens em avaliação, e naquelas condições em que não os possui. 59Vem agora a primeira divisão:A) Na grandíssima maioria <strong>do</strong>s casos o ganho de bem-estar que depende consisteem uma utilidade positiva que advém <strong>do</strong>s bens e por meio da qual estes nospossibilitam uma satisfação de necessidades que sem eles não seria possível. Nessalinha, avaliamos os bens nesse tipo de casos, pela grandeza da utilidade que delesdepende, ou seja, da "utilidade marginal", nos termos em que a explicamos longamente;utilidade marginal esta que, em se tratan<strong>do</strong> de bens que só estão disponíveisem um exemplar, ou em se tratan<strong>do</strong> de conjuntos de bens a serem avalia<strong>do</strong>s comounidade autônoma, pode coincidir com a "utilidade total" deles.B) Em uma minoria de casos, que em minha opinião são pouco numerosose têm pouco significa<strong>do</strong>, o ganho de bem-estar dependente <strong>do</strong>s bens consiste emevitar um sofrimento que é inferior à utilidade marginal positiva, sofrimento este que,se o aceitássemos, poderíamos, conforme a situação <strong>do</strong> caso, conseguir à vontadeo bem e a utilidade marginal maior <strong>do</strong> mesmo, e em to<strong>do</strong> o caso os conseguiríamosna realidade, agin<strong>do</strong> racionalmente. Nessa minoria de casos, aferimos o valor <strong>do</strong>sbens pela grandeza <strong>do</strong> sofrimento que a posse deles nos poupa, ou por seus "custos"em termos de sacrifícios pessoais em sofrimento, incômo<strong>do</strong>s e congêneres. Acabamosde delimitar cuida<strong>do</strong>samente (no item VIII desta seção) o campo de aplicaçãodessa regra parcial, a qual, devi<strong>do</strong> a seu âmbito reduzi<strong>do</strong>, também pode ser contraposta,como "exceção" relativamente rara, à regra A, incomparavelmente mais ampla.Em poucas palavras, o campo de aplicação dessa regra abarca os bens quesão livremente substituíveis, ao preço de sacrifícios pessoais.Dentro da regra principal básica A (avaliação com base em uma utilidade marginal)ocorre, por sua vez, a seguinte divisão:a) Os bens de que dispomos em quantidade determinada e limitada, avaliamoloscom base na utilidade marginal direta da respectiva espécie de bens. Esse critériode aferição é aplicável em geral e permanentemente no caso daqueles bens quenão são multiplicáveis à vontade, portanto em se tratan<strong>do</strong> <strong>do</strong>s assim chama<strong>do</strong>s bensde monopólio ou bens raros; é aplicável também, temporariamente, no caso <strong>do</strong>s• bens multiplicáveis à vontade, quan<strong>do</strong> e na medida em que o suprimento de bens"de reposição fica aquém da demanda e portanto também aquém <strong>do</strong>s "custos".b) Em se tratan<strong>do</strong> da massa <strong>do</strong>s bens multiplicáveis ou substituíveis à vontade,na hipótese de nada obstar à substituição <strong>do</strong>s mesmos em tempo, a avaliação ocorrecom base nos "custos", no senti<strong>do</strong> de que o montante <strong>do</strong>s custos é feito pelo valor<strong>do</strong>s bens a serem sacrifica<strong>do</strong>s à substituição, valor este que, por sua vez, se baseia,através de um número maior ou menor de elos intermediários, em alguma utilidademarginal qualquer. Aqui, portanto, em lugar da avaliação com base na utilidade marginaldireta da respectiva espécie de bens, temos, por meio <strong>do</strong>s "custos", uma avaliaçãoindireta na base da utilidade marginal, isto é, na base da utilidade marginal (e<strong>do</strong> valor) <strong>do</strong>s bens substitutos....tendência de atribuir ao sofrimento <strong>do</strong> trabalho (disutility) uma função bem mais importante no sistema da teoria <strong>do</strong> valor.. <strong>do</strong> que aquela que eu acreditei poder atribuir-lhe, Pelo fato de a apresentação - muito interessante, <strong>do</strong> ponto de vistateórico - dessa variante demandar inevitavelmente mais espaço, vejo-me obriga<strong>do</strong> a transferir sua discussão mais detalha­da para os "Excursos"; ver o "Excurso'" IX.S9 Quanto ao senti<strong>do</strong> da palavra "ganho de bem-estar", ver aliás ainda o item X, 1, abaixo, que trata <strong>do</strong> "he<strong>do</strong>nismo eteoria <strong>do</strong> valor".- - :-=:-::. ,:­--:-~-:~J---- -----':' ,:-': :~-~: ":: _-:Ji=:: Ir.'')-''- -.....L.:_.,.-.,jr'

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