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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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:: C.-\?:Ti\L COMO INSTRUMENTO DE PRODUÇÃOPara finalizar, ainda algumas palavras sobre o caso, anteriormente deixa<strong>do</strong> deja<strong>do</strong>, em que, pela produção de tipos mais duráveis de bens de consumo, se podeconseguir não, ou não somente, uma quantidade maior, mas também um outro tipoou qualidade de serviços. O caso extremo que se poderia aduzir, sob esse aspecto,é aquele em que determina<strong>do</strong> tipo de bens só pode ser produzi<strong>do</strong> na formade tipos duráveis, como, por exedmplo, um a<strong>do</strong>rno de pedras preciosas. A ele acrescemaqueles casos muito numerosos, bem conheci<strong>do</strong>s da experiência, nos quais.para se obter serviços de alta qualidade, se tem de construir os respectivos bens deconsumo de tal mo<strong>do</strong> que ao mesmo tempo lhes esteja assegurada também umedurabilidade maior. Dificilmente se poderá conseguir de outra forma pontes de capacidadede carga elevada e segura, navios adequa<strong>do</strong>s para navegar no mar, casasque protegem com confiabilidade contra todas as intempéries, relógios que funcionamcom precisão, e coisas similares, a não ser a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> um tipo de construçãcque ao mesmo tempo beneficie sua durabilidade. A escolha de um tipo de longeduração é então como que uma conditio sine qua non para se obter bens de boequalidade desejada; quem deseja esta, terá de escolher o tipo de produção de longaduração, mesmo se pouco ou nada lhe importar o efeito secundário de uma dt.:­ração maior.Casos desse gênero também podem ser coloca<strong>do</strong>s em paralelo com certo grt.:­po de "méto<strong>do</strong>s de produção capitalista indiretos", a saber, com aqueles casos erque,como disse acima, a via de produção indireta é a melhor a tal ponto que reprEsentaaté o único caminho que leva ao objetivo, na medida em que determinadc'bens de consumo só podem ser produzi<strong>do</strong>s por vias de produção capitalista indirEtas.7Assim como aqui se coloca, antes de se obter o bem de consumo deseja<strong>do</strong> ­por exemplo, óculos -, a necessidade de conformar-se com a demora decorren:,<strong>do</strong> fato de se a<strong>do</strong>tar uma via de produção indireta, de muitas etapas, da mestreforma lá se coloca, antes de se conseguir casas cômodas, navios seguros, relógicprecisos, a necessidade de aceitar aquele outro tipo de demora que tem de ocorr~inevitavelmente na produção de tipos dura<strong>do</strong>uros - não até o começo de seu dE'frute, mas certamente até o ponto médio <strong>do</strong> perfo<strong>do</strong> de desfrute. Também esse j::raleIo será ainda analisa<strong>do</strong> por nós a seu tempo, quan<strong>do</strong> abordarmos o fenôme:<strong>do</strong>s juros. 8isso fica obscurecida a unidade interna <strong>do</strong>s processos de produção que abarcam mais etapas de tarefas diferentes. :~azo a uma interpretação pouco clara e não totalmente conseqüente d e conceitos importantes {como, por exemplo. ­produção e o <strong>do</strong> consumol, e finalmente se abre a porta para inovações terminológicas de5necessárias e que favor,,:a confusão (por exemplo, no tocante aos termos ""processo de produção" e "perío<strong>do</strong> de produção"; ver também aci ~no Excurso fI)7Ver supra, p. 36.8 A introdução <strong>do</strong>s faros expostos nesra seção na teoria <strong>do</strong> capital é de data bastame recente. Já em 1834 John RaEnou para isso de mane.ira ex.tremamente original, quase poderíamos dizer bizarra. Acontece que essa sugesTão perma:­por várias gerações tão escondida quanto a obra toda na qual ela figurava. Minha abordagem nas Strittigen Fragen ,;­bau primeiro apenas uma parte <strong>do</strong>s fatos pertinentes, e mesmo essa parte de maneira ocasional, s~m bem que c:como me parece. Desde então o tema tem si<strong>do</strong> várias vezes trata<strong>do</strong> - sob a influência da obra de Rae, enfim, nove.descoberta -, mas dificilmente o foi de forma defin itiva; trataram dele sobretu<strong>do</strong> Cassei e landry. Um juízo mais ~só caberá adiante, quan<strong>do</strong> pudermos entender concretamente ta~bém a utilidade prática das idéias aqui apresentac:::;compreensão <strong>do</strong>s juros <strong>do</strong> capital Foi pensan<strong>do</strong> em Rae que em minha demonstração supra tomei por base seu e:·.~clássico da casa com duração de 30. 60 e 120 anos.

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