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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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250 () VALOR E O PREÇOde marginal direta, mas pela utilidade marginal de bens de outra espécie, que podem ser utiliza<strong>do</strong>s para substituir outros. Um caso muito importante desse gêneroé o da substituição por troca. Na ocasião, afirmei que, na hipótese de um merca<strong>do</strong>aberto, avaliamos nosso único casaco de inverno não pela utilidade marginal direta- - muito maior - que ele acarreta para a conservação de nossa vida e de nossasaúde, mas - se contarmos com a certeza de a to<strong>do</strong> momento podermos comprarum exemplar substituto por 40 florins - justamente em apenas 40 florins, ou seja,pela utilidade marginal que tem para nós o preço de compra de 40 florins que temos que pagar. 27 Será que essa <strong>do</strong>utrina não nos envolve em uma explicação queimplica círculo vicioso? Aqui estamos explican<strong>do</strong> o preço de merca<strong>do</strong> partin<strong>do</strong> dasavaliações subjetivas <strong>do</strong>s concorrentes presentes no merca<strong>do</strong>, ao passo que naquelaocasião explicamos - ao menos para uma parcela considerável de casos - aavaliação subjetiva das pessoas a partir da grandeza <strong>do</strong> preço de merca<strong>do</strong>; não seráisso um círculo vicioso?Não há nenhum círculo vicioso no caso, simplesmente porque a avaliação combase em "custos de aquisição" não é empregada incondicionalmente e sem exceção,mas somente se houver determina<strong>do</strong>s pressupostos; e também porque esse tipo deavaliação justamente não é utiliza<strong>do</strong> no próprio merca<strong>do</strong>, por faltarem essas condições.Vistas globalmente, as coisas se apresentam da seguinte forma.Quem, na firme esperança de poder em qualquer hipótese comprar um casacode inverno por 40 florins, em vez de comprá-lo por sua utilidade marginal, que talvezseria dez vezes maior. o avalia apenas pelos custos de aquisição previsíveis ­portanto por 40 florins -; baseia essa sua avaliação ,?m uma pressuposição provisória,que ainda precisa concretizar-se no merca<strong>do</strong>. E evidente que, com isso, elase transforma em uma avaliação hipotética, que se concretizará ou não, conformefor ou não correto. se se concretiza ou não o pressuposto em que ela se baseia.Não obstante essa condicionalidade, tal avaliação provisória é perfeitamente racionale adequada nas mais diversas situações econômicas que podem levar-nos a fazerum juízo de valor - com exceção de urna situação, a saber, aquela em quejustamente se trata da concretização da própria pressuposição. Seria um contra-sensopressupor concretizada uma coisa que ainda não se concretizou.Ora, tal situação é a que existe de fato no merca<strong>do</strong>: Ls para conseguir o casacode inverno, não posso já contar com ele, comportan<strong>do</strong>-me como se já o tivesse.Seria um contra-senso eu querer aferir a medida <strong>do</strong>s esforços e <strong>do</strong> sacrifício queem caso de necessidade me deci<strong>do</strong> a fazer no merca<strong>do</strong> para adquirir o casaco deinverno, toman<strong>do</strong> por base não o esta<strong>do</strong> da minha necessidade antes da aquisiçãodele, mas o esta<strong>do</strong> da necessidade depois de sua aquisição. Em outras palavras,como interessa<strong>do</strong> em comprar no merca<strong>do</strong> não posso utilizar aquela avaliação condicionada,baseada nos custos de aquisição e que pressupõe já feita a aquisição pordetermina<strong>do</strong> preço, senão que tenho de utilizar a única avaliação racional aqui existente,isto é, a que se baseia na utilidade marginal direta: tenho de orientar a intensidadede minha procura, minha perseverança nela, pelo seguinte: até que ponto estariacomprometi<strong>do</strong> meu bem-estar se não conseguisse adquirir o casaco de inverno deque necessito? Aqui aparecerá, então, como elemento decisivo, a ponderação da2i Ver supm. p. 176 el seqs. e também p. 200 el seqs.23 Um segun<strong>do</strong> caso <strong>do</strong> mesmo tipo ocorre quan<strong>do</strong> se teni Je tomor a dedsão, se :lel..'emos dar à SUbstJtUlçao <strong>do</strong> casacoce inverno a preferência em face de outras necessidade:;, a serer.l atendidas com o mesmo gasto de bens. Também aquIseria um contra-senso atribuir de antE:mao ao casaco rle inverno apenas a lmpcrtância menor das necessidades d ~eremdesalojadas pur ele. O CLlsaco só as pode cesalojar se tiver importância maior <strong>do</strong> que elas, e entâu ele faz isso por essarazão. E essa é a import~n(ia r:laior que necessariar.lente decide, na tomada de decis<strong>do</strong>, a favor dele e contri'l as outrasnecess:dacJps. Aliás. esse caso apresenta exatamente a '11esma estrutura lóglca que aqu8!e que i'lpresentel em detalhe naprimeira metooe de rreu "Excursó' VIU. Por isso, peço aU leitor que consulte tambpm O que está dito no refer~<strong>do</strong> ensaio.co:-o~uC:'~mc,:: ~tar'. o.eXE~::nãc ::ÇO C:­.pO~c~COr.-.:: ::peri::: :CO :2 :a e\=-õ::<strong>do</strong> é:--:-,qua: :: :;,obc'" .]com:: ... ::nal ==-õ=ago:i: =,'dade :-:-::co ce-·,segu:- :::plesr.-. -ê "'1da UT:_:::é o rE S_ ~a fo:~:::que ª.-',na u:' :::C ::­sacio 2-:-'pode: ::'fatos :-.: :seqüe:-:emerce: :te, se~ ::,tética ~',:e não =,-õ ...nar ta:-=-:~casa ;;"'­direta-~'. ~de Ur.-. --:-"insiste- - ~<strong>do</strong> mE~:-=:uma:::-=-:J29 Pa~~ :'oÕ.---.deseJ~: == - ~~eusJ~~~_- ~~~~:Nesse:~:-<strong>do</strong> bu,,~_.

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