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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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132 o CAPITAL COMO [NSmUMENTO DE PRODUÇÃOdiário, empregar no mínimo uma para renovar suas armas de caça, e no máximopoderá dedicar nove horas diárias à coleta de frutos e à caça. Em formulação devalidade geral: para conservar o capital no esta<strong>do</strong> em que se encontra, da somadas forças produtivas <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> em curso se deve destinar no mínimo tanto a serviço<strong>do</strong> futuro, quanto se consumiu, no perío<strong>do</strong> corrente, <strong>do</strong> produto de forças produtivasmais antigas. 4 Ou então, em formulação diferente: no perío<strong>do</strong> em cursopode-se consumir o produto de no máximo tantas forças produtivas - engloban<strong>do</strong>as presentes e as passadas - quantas são as novas forças produtivas advenientesno perío<strong>do</strong> em curso.Finalmente, se quisermos que seja possível um aumento <strong>do</strong> capital, evidentementeé preciso subtrair ao consumo no presente uma cota ainda maior de forçasprodutivas disponíveis no perío<strong>do</strong> corrente, sen<strong>do</strong> que essa cota deve ser destinadaa servir o futuro: nosso Robinson deve, de suas dez horas diárias de trabalho, trabalharuma na renovação das armas de caça, e deverá trabalhar menos de nove horasem colher frutos e matar animais selvagens, se quiser produzir, no restante livre deseu tempo de trabalho, os objetos de capital de que necessita para atender a seusnovos desejos. Em formulação geral: deve reduzir o consumo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> em cursoaté o ponto em que esse perío<strong>do</strong> consuma o produto de uma soma de forças pro·dutivas (passadas e presentes) menor <strong>do</strong> que o montante de forças produtivas no·vas advenientes no mesmo perío<strong>do</strong>; em uma palavra, tem de poupar forçasprodutivas.Tu<strong>do</strong> isso é claro e simples; para nossos objetivos, até um pouco simples demais.A história <strong>do</strong> Robinson e descrições <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> primitivo são coisa muito boapara destacar com clareza os aspectos típicos mais simples, digamos, o esqueleto<strong>do</strong>s processos econômicos. Sob esse aspecto, espero que também nossa história<strong>do</strong> Robinson tenha presta<strong>do</strong> seus bons serviços; mas é claro que elas não são suficientespara nos dar uma idéia adequada das formas peculiares e desenvolvidas deque se revestem as linhas <strong>do</strong> esqueleto na realidade viva de uma eonomia nacionalmoderna. Ora, exatamente aqui é para mim de muitíssima importância introduzirna formulação abstrata conteú<strong>do</strong>s plásticos e fiéis à realidade. Precisamos, portantofazer uma mudança de cenário: da praia solitária de nosso Robinson para o meca·nismo da economia de uma grande nação com muitos milhões de habitantes.Imaginemos um organismo social de 10 milhões de pessoas aptas para o trabalho.A <strong>do</strong>tação anual de forças produtivas originárias dessa nação consiste, portanto,além <strong>do</strong>s recursos correntes, <strong>do</strong> solo - <strong>do</strong>s quais prescin<strong>do</strong> aqui, para não alongardemais a exposição -, 100 milhões de anos-trabalho. Suponhamos que o estoquEde capital por ela acumula<strong>do</strong> até agora represente o fruto de 30 milhões de anos-trabalho(e de uma quantidade correspondente de recursos <strong>do</strong> solo), que em anoseconômicos anteriores foram investi<strong>do</strong>s em produtos intermediários. Analisemos mai:de perto a estrutura desse estoque de capital.Por sua natureza, to<strong>do</strong> capital se compõe de uma massa de produtos intermediárioscujo objetivo comum é amadurecerem como meios desfrutáveis, isto é, bemde consumo. Atingem esse objetivo pela continuação <strong>do</strong> processo de produção, er..cujo decurso eles mesmos se originaram. To<strong>do</strong>s eles estão como que a caminhe<strong>do</strong> objetivo de amadurecimento para o consumo. Mas é diferente o caminho qUê.::­::.-'::,...:~;.:,t --__-.=:-:~ - :-:E.- =., - ­.:: -- --­=- :.,~.~=-:,~:_- ­::_. ê :':-:'=-";~".I";-~

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