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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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A ORIGEM DO JURO 323::-ô futuros.: -.ar o juro:::a:-.ho deri­:::;,nsuma­: "lerca<strong>do</strong>: ia outro,:::resentes.2 ~ :~abalhar_2 se dese­~:a~a<strong>do</strong> dá,:: que seu~a a produ­2:·.-2~Ce tam­: :.uantum: '..:antum ,:-:;; ~essa<strong>do</strong>sa:-:--.ente sua:"".:2 na apa­2 -.grena<strong>do</strong>:" sua ação~:ô2 de mer­": adianta­: õ parciaisia:-::J funda­~.=·2sentada,:~:2 - com: i'Jrante o!:"::'os origi­7':: durante'c 5sciedadeS-. '::·.le pOSSO:-:--.:::80 tama:erra tem~:;'jns poue.2:essidade2 2:-:1 escala?- ::s neces­=_:ão. Toda- ~ de uma1::-:--.2ntos de:,;: ::queza a:~:ras pes­_ :ndireta­:r25. Digo:direta ou indiretamente. Com efeito, devi<strong>do</strong> à divisão <strong>do</strong> trabalho aqui a diversificação<strong>do</strong> trabalho unifica<strong>do</strong> de produção numa série de estágios de produção autonômosacarreta uma importante diferença de forma, mas que na verdade não afetaa essência. Se to<strong>do</strong>s os diversos estágios de uma e mesma produção estivessemjuntos na mão de um mesmo empresário, este não compraria nenhum pré-produto,mas faria com que to<strong>do</strong>s os pré-produtos e produtos intermediários de 51ue carecefossem fabrica<strong>do</strong>s desde o início por trabalha<strong>do</strong>res por ele contrata<strong>do</strong>s. E claro quenesse caso to<strong>do</strong> o seu "capital de giro" seria utiliza<strong>do</strong> diretamente para adiantar meiosde subsistência a trabalha<strong>do</strong>res. Ao contrário, na vigência da divisão <strong>do</strong> trabalho elefaz com que os pré-produtos de que necessita sejam fabrica<strong>do</strong>s por intermédio deoutros empresários e depois disso os compra destes. Em outras palavras, medianteo pagamento <strong>do</strong> preço de compra assume o ônus de adiantar meios de subsistência,até agora feitos por eles. Com isso possibilita a estes custearem, por sua vez,os adiantamentos necessários para o próximo estágio de produção. A seguir faz comque os pré-produtos e os produtos intermediários compra<strong>do</strong>s sejam ulteriormenteprocessa<strong>do</strong>s por trabalha<strong>do</strong>res auxiliares diretamente contrata<strong>do</strong>s por ele. Dessa maneira,portanto, o empresário dá diretamente a um turno de trabalha<strong>do</strong>res, medianteo pagamento de seus salários. o adiantamento de sua subsistência e dá,indiretamente, o adiantamento da subsistência a uma série de outros turnos de trabalha<strong>do</strong>resocupa<strong>do</strong>s nos estágios de produção anteriores; faz isso mediante seus"empréstimos de capital". 29Finalmente, se o possui<strong>do</strong>r de riqueza a emprestar a outrem, isso pode ocorrerna forma de crédito ao consumi<strong>do</strong>r ou na forma de crédito ao produtor. Se o fizerna forma de crédito ao consumi<strong>do</strong>r, o que é empresta<strong>do</strong> se transforma diretamenteem adiantamento <strong>do</strong>s meios de subsistência para o deve<strong>do</strong>r; se o fizer na formade crédito ao produtor, então o empresário que se torna o deve<strong>do</strong>r faz adiantamentos<strong>do</strong>s meios de subsistência para os trabalha<strong>do</strong>res da forma que acabamos de escrever.Por conseguinte, na realidade acaba sen<strong>do</strong> colocada no merca<strong>do</strong>, como ofertade adiantamentos <strong>do</strong>s meios de subsistência, toda a riqueza acumulada pela sociedade- excetua<strong>do</strong>s aqueles itens insignificantes da riqueza que são consumi<strong>do</strong>s pelospróprios <strong>do</strong>nos. 3oEntretanto, objetar-se-á o seguinte: como é possível oferecer toda a riqueza comoadiantamentos <strong>do</strong>s meios de subsistência se, como é sabi<strong>do</strong>, ela só em parte- digo até em parte bem reduzida - consiste em meios de subsistência real, como29 Talvez se objete que as somas provenientes da compra que os empresários <strong>do</strong>s estágios anteriores recebem não contêmsomente um substituto <strong>do</strong>s meios de subsistência pagos por eles a trabalha<strong>do</strong>res, mas muitas vezes também um substitutode usos da terra consumi<strong>do</strong>s. e em to<strong>do</strong> caso algum ganho de capital. O fato é verdadeiro, mas nada altera nas conclusõesque penso em tirar de minhas afirmações supra. A necessidade de remunerar adiantadamente usos da terra cujo produtoamadurecerá para o consumo somente após longos processos indiretos de produção, atua sobre a relação de preço entrebens presentes madurG':" para o consumo e forças produtivas originárias. exatamente da mesma forma que a necessidadede remunerar adiantadamente as prestações de trabalho. É que o merca<strong>do</strong> de usos da terra é, ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> decrédito e <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de trabalho, apenas um terceiro merca<strong>do</strong> parcial, no qual da mesma forma se vendem bens presentespor merca<strong>do</strong>ria futura (ver acima, p. 385 et seq.); e por isso sua procura de bens presentes se reforça mutuamente coma procura <strong>do</strong>s outros merca<strong>do</strong>s parciais, também em seu efeito sobre o preço, conforme se tornará ainda mais claro adiante.Finalmente, aqui devo fazer abstração <strong>do</strong>s ganhos de capital <strong>do</strong>s empresários, para não cair numa petitio principii. A existênciadeles é apenas o resulta<strong>do</strong> de certa situação no merca<strong>do</strong> de meios de subsistência, e por isso ainda não pode serpressuposta. Não é porque os ganhos de capital <strong>do</strong>s empresários absorvam uma parte <strong>do</strong>s meios de subsistência disponíveisque conseguem um ágio em relação aos bens de produção; a verdade é antes esta: pelo fato de, independentemente. <strong>do</strong>s ganhos de capital. a oferta de meios de subsistência ser insuficiente, os meios de subsistência conseguem um ágio,e os empresários, que os adiantam, recebem um ganho de capital. Aliás, é fácil ver que, ao eliminar os ganhos de capital<strong>do</strong>s pressupostos <strong>do</strong>s quais parto no texto, não facilito mas dificulto a consecução <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> final, a saber, a proVa deque sobre os meios de subsistência incide um ágio. Efetivamente, como pressuponho, se se dispõe <strong>do</strong> estoque total <strong>do</strong>smeios de subsistência para dar adiantamentos aos trabalha<strong>do</strong>res, essa oferta maior em to<strong>do</strong> caso só pode ser sobrepujadacom mais dificuldade pela procura <strong>do</strong> que se uma parte da oferta já for de antemão reservada para ganhos de capitai.30 O consumo, muito mais importante. de renda de capital, não faz parte desse contexto; como acabo de expor na últimanota. ele é apenas uma conseqüência da insuficiência <strong>do</strong> estoque de bens ofereci<strong>do</strong>, em comparação com a procura.

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