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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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270 O JUROVivemos no presente, mas nosso futuro não nos é nada indiferente: nossos de­dc.sejos sensatos estão volta<strong>do</strong>s para um bem-estar vital permanente, que abarca o pre­e c::~~sente e o futuro. Se damos também a nossa economia o objetivo mais amplo dem::--.:~.=cuidar de nosso bem-estar presente e futuro, isso não passa de uma conseqüênciadessa máxima geral de vida. Na realidade, o futuro ocupa grande espaçq. em nossaCcç:=-:::preocupação econômica, um espaço maior <strong>do</strong> que se costuma pensar. E uma ver­Le:dade, em si banal, e no entanto raramente representada em to<strong>do</strong> seu alcance, que, cc " -::a rigor, economizamos só em pequena medida para o presente, e economizamos S2~ ::para o futuro decididamente em longa medida."Economizar para o futuro". Procuremos ver claramente o que isso quer dizer..•• c:Quer dizer que no presente cuidamos para que no futuro disponhamos de meiospara atender a necessidades que só ocorrerão no futuro. Em outras palavras, quer-...... _,::- -­dizer que já agora nos deixamos determinar por sentimentos de alegria ou sofrimentoque só sentiremos efetivamente no futuro, no senti<strong>do</strong> de preparar bens ou serviçosê.~' .... ­de utilidade que, também eles, manifestarão seu efeito de utilidade somente no fu­ ­turo. Ora, como é possível que sentimentos ainda não experimenta<strong>do</strong>s, portanto~''::-_-3':'_--:-:não experimenta<strong>do</strong>s, acionem nossa vontade e nosso agir, como causas motoras?Dar a essa pergunta uma resposta correta em to<strong>do</strong>s os detalhes não é de forma~C; = _::..alguma tarefa fácil; a própria Psicologia especializada de mo<strong>do</strong> algum cumpriu plenamenteessa tarefa até hoje. Felizmente, porém, parece-nos haver certeza empíricasuficientemente confiável ao menos sobre certos fatos básicos, nos quais em to<strong>do</strong> 52':. ,,5501caso nossa resposta pode se basear. 3 Com efeito, embora dificilmente possuamos 1.:2.:: :-2- ao contrário <strong>do</strong> que quis supor uma concepção vigente em psicólogos e economistasmais antigos - o <strong>do</strong>m de sentir antecipadamente, no senti<strong>do</strong> literal, as emor.l':.~:: sções que experimentaremos no futuro, com certeza temos o outro <strong>do</strong>m, a saber, o ::_" ªde imaginá-las antecipadamente. De duas, uma: ou já experimentamos, no passaeas ~':.::="mente, devo observar que cheguei a minhas concepções sobre esse tema de mo<strong>do</strong> totalmente independente e sem sofrernenhuma influência da parte de Jevons - e muito menos. obviamente, da parte de autores posteriores a ele. Só traveiconhecímento com os escritos de Jevons em 1883, bem pouco antes da ir.1pressão de minha Geschichte und Kritik derKapitalzinztheorien, pelo fato de querer ainda complementar o material histórico-<strong>do</strong>utrinai, elabora<strong>do</strong> nesta obra, com l'lda~,,""iliteratura inglesa mais recente. Os traços básicos de minha própria teoria <strong>do</strong> capital eu já os havia defini<strong>do</strong> em 1876. Naque­ rr,2~.:" ~le ano consignei-os pela primeira vez em um trabalho de juventude, que não chegou a ser publica<strong>do</strong>. Em minhas publica­de ':.:,,:-::ções posteriores espalhei muitas referências claras - se cem que ainda reticentes - a minhas idéias diretrizes (por exemplo,emme::..'::::=Rechre und Verhaeitnisse vom Standpunkte der volksw. Gueler/ehre, 1881. p. 68, nota 6, sobre o fenômeno <strong>do</strong> "des­gaste" ver adiante, Seção 11, 3? caso principal, p 76 et seqs., sobre a computação da uIlJidade futura sobretu<strong>do</strong> p. 109,\.'e:-.'::::: ::.115, nota 11, p. 152 et seq.; Geschichte und Kntik der Kapita/zinztheorien, P ed., p. 306 el seqs., 323 el seqs., 393 ei<strong>do</strong> ::_-:0seqs., 409 el seqs. e sobretu<strong>do</strong> 495. onde formulei o programa de minha teoria positiva na linha de que o juro <strong>do</strong> capitaldeve ser explica<strong>do</strong> a partir da influência que o tempo exerce sobre a avaliação humana <strong>do</strong>s bens). O tom reserva<strong>do</strong> que~::.:Jainda dei, propositadamente, a essas referências foi motiva<strong>do</strong> pelo ~eguinte: não queria comprometer as idéias que me qUê.;õ :.?ocorriam com uma formulação prematura. imatura ou incompleta. Não queria apresentá-Ias ao público antes de poderestar em condições de apresentá-las na forma de um conjunto acaba<strong>do</strong> e harmonicamente inseri<strong>do</strong> em um sistema <strong>do</strong>utritira::'. ~ (nal básico e bem estrutura<strong>do</strong> de Economia Política. Por isso preferi trabalhar durante dez anos na fundamentação de minha pare-." .neces~:-,cor.::'.::.ãtâr.c:':. jdes:: :-::2teoria, elaboran<strong>do</strong> a <strong>do</strong>utrina sobre os bens (1881), a crítica <strong>do</strong> capitai (1884) e a teoria <strong>do</strong> vaiar (1886), em vez de ­como facilmente teria podi<strong>do</strong> fazer -, já um decênio antes, ir em busca <strong>do</strong> título de ser o primeiro, publican<strong>do</strong> idéias origi·nais, sim. mas ainda não amadurecidas. De resto, minha teoria, embora em alguns pontos se cruze com a <strong>do</strong>utrina deJevons, de mo<strong>do</strong> algum coincide com esta última na sua essência; precisamente nos ponto~ mais importantes, como nocaso da explicação <strong>do</strong> juro <strong>do</strong> capital, minha posiçâo é decididamente oposta à de Jevons..1 Para esta parte da fundamentação psicológica <strong>do</strong>s fenômenos relaciona<strong>do</strong>s com o valor econômico vale, em grau párticularmenteeleva<strong>do</strong>, o que em certo grau tivemos que dizer de to<strong>do</strong> o embasamento psicológico <strong>do</strong> valor, a saber, essa já é [=-.,fundamentação de mo<strong>do</strong> aigum foi fornecida pela Psicologia especializada aos estudiosos de Economia Política em umun:::-~ -.esta<strong>do</strong> em que pudesse ser utilizada, razão pela qual estes foram obriga<strong>do</strong>s a pesquisar independentemente os respectivosfundamentos empíricos e a tentar encontrar uma saída. ..os estudiosos de Economia ta~vez sejam beneficia<strong>do</strong>s pelo fatome~.==--:de a casuística <strong>do</strong>s fenômenos relaciona<strong>do</strong>s com o valor econômico os obrigar formalmente a perceber e valorizar plena­de e:-?;imente certos detalhes <strong>do</strong>s fatos, que no caso são particularmente sutis. e que facilmente poderiam escapar à observaçãoev::?: -.:~<strong>do</strong>s psicólogos, menos minuciosa e voltada para os objetivos mais gerais. No texto - da mesma forma como fiz nas ediçõesanteriores - limito· me a expor o que me pareceu empiricamente seguro, simplesmente em est~lo de apresentação. Diver­ ao ~.-2:-:sos detalhes, adequa<strong>do</strong>s para esclarecer e fundamentar a minha concepção em face de outras, e que também permitemnós :::.31ver com mais clareza os limites entre o que é certo e o que é problemático, deverão encontrar seu lugar adiante. no "Excurso"Xl que ;::~

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