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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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334 o JUROE exatamente o mesmo vale, finalmente, e por motivos perfeitamente iguais,também para o preço <strong>do</strong>s produtos intermediários. Também matérias-primas, ferramentas,em suma, bens de capital, são compra<strong>do</strong>s e vendi<strong>do</strong>s por um preço quepermanece inferior ao montante <strong>do</strong> produto futuro a ser extraí<strong>do</strong> deles. Seria extremamentesimples demonstrar isso com a mesma exatidão com a qual o fizemosem se tratan<strong>do</strong> da formação <strong>do</strong> preço no caso da compra de mão-de-obra. Contu<strong>do</strong>,as duas demonstrações se assemelham tanto que é inteiramente supérfluo repetirem especial a argumentação para os produtos intermediárics.A importância das demonstrações apresentadas não consiste em se ter prova<strong>do</strong>,como fato, que os meios de produção são compra<strong>do</strong>s por um preço inferiora seu proputo futuro - pois esse fato é há muito tempo conheci<strong>do</strong>, tanto a partirda experiencia vital diária quanto a partir da teoria das mais diversas escolas. Entretanto,é um importante resulta<strong>do</strong> de nossas pesquisas que esse fato bem conheci<strong>do</strong>foi prova<strong>do</strong> como decorrência necessária das mesmas causas que fundamentam asuperioridade de valor <strong>do</strong>s bens presentes em relação aos bens futuros.Concordei acima com um traço da teoria socialista <strong>do</strong> juro: o fato de ela explicara mais-valia a partir <strong>do</strong> baixo preço de compra das forças produtivas. Queroagora acrescentar em que ponto ela não tem razão. PrimeiraLlente, no fato de explicaro juro exclusivamente a partir da compra barata <strong>do</strong> trabalho O juro derivatanto da compra barata <strong>do</strong>s usos da terra quanto da compra barata <strong>do</strong> trabalho. Semdúvida, <strong>do</strong> ponto de vista quantitativo pesa muito mais o ganho na compra de trabalho.Quanto ao ganho que se obtém na compra "barata" <strong>do</strong>s produtos intermediários,não preciso mencioná-lo, porque ele pode ser reduzi<strong>do</strong> ao ganho na compradas forças produtivas originárias.Além disso, como já observei anteriormente,42 a compra não é tão barata quantoparece, pois o objeto compra<strong>do</strong> é medi<strong>do</strong> em termos de bens futuros, que valemmenos, ao passo que o preço é medi<strong>do</strong> em bens presentes, que têm seu valor pleno.Finalmente, o preço relativamente baixo da mão-de-obra não é exclusivamenteo resulta<strong>do</strong> da exploração, com a qual os trabalha<strong>do</strong>res, devi<strong>do</strong> à sua necessidade,são obriga<strong>do</strong>s a concordar; ele também correria em algum grau, se bem que provavelmentemenor, mesmo sem nenhuma coação aos trabalha<strong>do</strong>res, no caso de apropriedade ser distribuída de mo<strong>do</strong> quase inteiramente igual entre to<strong>do</strong>s. Para reconhecerisso, tornar-se importante a consideração daquelas condições primitivasque anteriormente interrompi 43 por não se adequarem diretamente à economia nacionalmoderna. Retoman<strong>do</strong> aquela idéia, imaginemos uma sociedade na qual to<strong>do</strong>ssão produtores independentes e proprietários, que fazem seu trabalho rendercom produtividade média, digamos em sistema de produção de <strong>do</strong>is anos. Suponhamosque nessa sociedade, que não é pobre, alguns produtores possuam recursosque lhes permitam ou se manterem a si mesmo durante seis anos, ou se manterema si mesmos e além disso ainda um trabalho durante três anos. Suponhamos queo produto de um ano de trabalho seja: em perío<strong>do</strong> de produção de <strong>do</strong>is anos, 520unidades - por exemplo, f1orins 44 - (10 por semana); em perío<strong>do</strong> de produçãode três anos, 600 unidades; em perío<strong>do</strong> de produção de seis anos, 650. Se o proprietárioempregar o que possui para prolongar seu perío<strong>do</strong> de produção sem contratarum auxiliar, ele apura, trabalhan<strong>do</strong> seis anos, 6 x 650 = 3 900 florins. Secontratar um auxiliar, com o qual trabalha junto em produção de três anos, apura,com seu próprio trabalho, em seis anos, 6 x 600 = 3 600 florins, e o produto <strong>do</strong>42 Ver acima, p. 311.43 Ver acima. p. 31944 Suponho a cifra correspondente ao produto. no caso de perío<strong>do</strong> de seis anos. um pouco mais alta - mas nâo muito- <strong>do</strong> que no caso de perío<strong>do</strong> de três anos. de acor<strong>do</strong> com o fato da experiência. menciona<strong>do</strong> repetidas vezes. de quecom o crescente prolongamento <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> de produção decrescem sempre os aumentos de produto2~.~._- --­~--

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