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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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A CONTROVÉRSIA EM TORNO DO CONCEITO DE CAPITAL67e::: he­ menos sua inversão. Ou seja, é incontestável - ao menos no círculo daqueles es­..-2 exi­ critores com cuja receptividade em relação a esse argumento se pode contar - que-..:.za<strong>do</strong>;tu<strong>do</strong> o que é capital tem que estar destina<strong>do</strong> a produzir uma renda. Disso não se­~:,!1uni­gue, porém, em absoluto, o inverso, isto é, que tu<strong>do</strong> aquilo que traz renda deva:-:-.enosser capital. Há uma terceira coisa que é lógica e terminologicamente imaginável," -á en­ a saber: que tu<strong>do</strong> o que se chama capital produz renda, mas esta é produzida tam­'~2ssõesbém por outras fontes, que não são "capital". Ora, essa terceira foi a opinião de Adam"JorémSmith, e é precisamente à conhecida palavra desse autor que remonta a origemssa de­da tão discutida "antítese"; 69 esta é, ao menos em parte, a opinião de Marshall, a:::0 tra­ quem Fisher cita 70 antes de qualquer outra em favor <strong>do</strong> destaque "enfático' dessa:::1guaantítese; ele, no entanto, exclui éxplicitamente <strong>do</strong> conceito de capital social a terra. como e outros <strong>do</strong>ns gratuitos da Natureza;?! e, conforme já procurei expor acima, esta éseguramente a conclusão que se tira <strong>do</strong> uso lingüístico, se examina<strong>do</strong> à luz de seu:-:1bémcontexto interno. O simples fato de que, em to<strong>do</strong>s os idiomas, se costuma colocar.:: :10ssa o rendimento ou a renda proveniente <strong>do</strong> capital em oposição ao rendimento prove­..:so \in-niente <strong>do</strong> trabalho e à renda derivante <strong>do</strong>s bens de raiz, parece-me ser uma prova§.J gos­clara de que o uso lingüístico não conhece somente a oposição entre capital e ren­::procada, mas também conhece uma segunda oposição entre o capital e outras fontes::: cisco de renda que não são capital. 72:·:mtro­Entretanto, nem mesmo mediante a afirmada antítese entre o conceito de capi­:::2 resto tal e o de renda Fisher englobaria como capital to<strong>do</strong> e qualquer stock, e particularmentenão os assim chama<strong>do</strong>s "posses de consumo," se além disso não desse também":~em-se­ao conceito de renda uma interpretação mais ampla <strong>do</strong> que a aceita pela maioria:-::esmo<strong>do</strong>s outros autores. Ele agora engloba como renda todas as prestações de serviço::;::reditoderivadas <strong>do</strong>s bens. 73 Não é minha tarefa estender a discussão sobre o conceito de::2US re­:".:es emE JS <strong>do</strong>isE ::e teria09 "That part (of his whole stockl which he expects is to afford him a revenue is called his capitar a Impõe·se aqui notarbem que o termo slock. na boca de Smith, e sobretu<strong>do</strong> nesse contexto. não engloba land [terra] e labour [trabalho].'0 What is <strong>Capital</strong>?, p. 522.71 Principies. 5 a ed., p. 78: ver também adiante.7"2. Penso que a força convincente <strong>do</strong> argumento de Fjsher no tocante à antítese diminui no mesmo grau em que aumentaa clareza com a qual nos obrigamos a analisar individualmente os diversos passos <strong>do</strong> raciocínio que levam <strong>do</strong> ponto departida <strong>do</strong> argumento até sua tese finaL Fisher contenta-se (por exemplo, em What is Capilar, p. 516-517) com uma alegação,um tanto global, da "antítese", sen<strong>do</strong> que os <strong>do</strong>is senti<strong>do</strong>s bem diferentes da antítese acabam por confundir-se, tambémna imaginação <strong>do</strong> leitor: em conseqüência dessa confusão de senti<strong>do</strong>s, o leitor. depois de admitir a premissa fisherianano mais fraco de seus <strong>do</strong>is senti<strong>do</strong>s, e isso sem problema, passa, sem saber, a seguir também os passos mais problemáticosl:estação,L2 FisherêD passo) caso dee não claramente desenvolvi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> raciocínio de Fisher. - Quan<strong>do</strong> Fisher (op. cit., p. 516) expressa a opinião de que~2conhe­o uso lingüístiCO generaliza<strong>do</strong> <strong>do</strong> verbo "capitalizar" é "jnconciliável" com qualquer outra definição que não seja a definiçãoe~'i1inadade capital rewmendada por ele, diria que seria fácil apresentar-lhe dez outras expressões de uso popular comum que tambémsão inconciliáveis com a sua definição: precisamente aqui, ele é omisso em fazer o "exame cruza<strong>do</strong>", tão necessário;::ouco éem se tratan<strong>do</strong> de argumentos tira<strong>do</strong>s <strong>do</strong> uso comum, De resto, acredito que esse exame cruza<strong>do</strong> lhe traria problemas, ?o con­ até em relação à expressão "capitalizar". Nada nos obriga a ver no assim chama<strong>do</strong> "capitalizar" mais <strong>do</strong> que a designaçãode um méto<strong>do</strong> de cálculo que possibilita apurar o montante de um capital em dinheiro que haveria de gerar uma renda:-:1omendegrandeza igual e ao qual se pode, portanto, igualar em valor a fonte <strong>do</strong> montante "capita Iiza<strong>do</strong>". Tampouco se precisaE se deveimputar ao uso lingüístico que com isso queria considerar essa fonte em si mesma como um capital propriamente dito,:;e segueda mesma forma que o emprego da expressão "juros compostos" não precisa ter o senti<strong>do</strong> d e que consideramos semprecomo juros propriamente ditos e juros de juros to<strong>do</strong>s os montantes aos quais aplicamos esse cálculo. Além disso, pode-se13mbém "capitalizar" uma redução da renda, sen<strong>do</strong> que o fator adverso que a causa seguramente não é um "capital" pro­priamente dito: e pode-se também obter pelo méto<strong>do</strong> de capitalização o valor <strong>do</strong> direito a serviços deriva<strong>do</strong>s de bens. bensque só ocorrerão mais tarde; bem entendi<strong>do</strong>: o que é iguala<strong>do</strong> ao capital em dinheiro não é o bem que presta serviços,ê de uma: '" renda.mas apenas o serviço individual que cabe à pessoa que a ele tem direito, portanto um objeto, que segun<strong>do</strong> Fisher nuncar.:Te si no pode ser capital. mas o oposto, diria até o único oposto em relação ao capitaL Naturalmente, se Fisher quisesse - o quex:a a suade forma alguma considero excluí<strong>do</strong> - denominar capital·property e, segun<strong>do</strong> uma passagem de The Nature of Capita/,página 67, até mesmo capita/·good também o direito a um serviço individual e até a um único serviço, que pela definiçãoi .extensãodele é sempre incorne, estaria apenas transferin<strong>do</strong> a inconseqüência para um outro ponto, o qual dificilmente seria menos1:"50, Ora, ,..ísível." "<strong>Capital</strong> is weailh, and income is the service of wealth".a Nalure of <strong>Capital</strong>, p. 52.ca segurot de capi­, "Chama·se capital aquela parte (de to<strong>do</strong> o seu estoque) que em sua espectativa lhe trará uma renda". (N. <strong>do</strong> T)~·.le nessanais nem o -<strong>Capital</strong> é riqueza: renda é a serventia da riqueza". (N. <strong>do</strong> T)

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