12.07.2015 Views

EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

342 o JURO"capitalização". Como é sabi<strong>do</strong>, a bens que nos proporcionam um rendimento maisou menos durável atribuímos. com respeito a esse rendimento. certo "valor de capital";aliás, atribuímos-lhes um valor igual a um capital em dinheiro capaz de. à taxade juros vigente no país. produzir uma de valor idêntico. Assim. avaliamos uma casa,que anualmente dá uma renda líquida de 5 000 florins. à taxa de juros de 5%.em 100 000 florins. e a 4% de juros. em 125 000 florins: ou então, como acima.avaliamos uma máquina que anualmente rende, durante 6 anos, 100 florins brutose determinadas importâncias descrescentes líquidas, em algo mais que 500 florins.Por que lhes damos esta e não outra avaliação? - A explicação vulgar é esta:porque esses bens produzem certo rendimento líqui<strong>do</strong>. temos que equipará-los auma soma em dinheiro, que produz o mesmo rendimento líqui<strong>do</strong>. Mas isso é erra<strong>do</strong>.Ou melhor, não é uma explicação. mas um círculo vicioso. A presença de umrendimento líqui<strong>do</strong> não é o fato primário que se poderia aduzir como causa de determinadaavaliação <strong>do</strong> bem porta<strong>do</strong>r de uso, mas o que ocorre é exatamente oinverso: já deue existir determinada aualiação <strong>do</strong> bem porta<strong>do</strong>r de uso. para quepossa haver esse rendimento líqui<strong>do</strong> como tal. Se. no nosso exemplo. se tivesse avalia<strong>do</strong>em 600 florins a máquina que em seis anos proporciona um total de 600 florins,evidentemente toda a sua renda estaria absorvida pela "cota de desgaste" e nadapermaneceria de líqui<strong>do</strong>. Somente porque se lhe deu uma avaliação mais baixa porse tê-Ia avalia<strong>do</strong> em apenas pouco mais de 500 florins. pode ainda sobrar um jurolíqui<strong>do</strong>, após deduzir a cota de desgaste. E exatamente a mesma coisa acontece como rendimento e o valor de capital de casas. terrenos etc.. como exporei mais adiante.num contexto diferente.A única concepção correta e que fornece uma explicação real <strong>do</strong> fenômenoé antes a expressa em minha exposição supra. O fato verdadeiramente primário éo valor inferior de bens e a prestação de serviços futuros: daí vem. em primeiro lugar.o fato de um bem porta<strong>do</strong>r de serviços futuros receber uma avaliação inferiorà daquele que será representa<strong>do</strong> pelas prestações de serviços que amadurecem progressivamente;e daí deriva também o outro fenômeno conseqüente, a saber, queo montante da "substância de capital" a amortizar é menor <strong>do</strong> que o montante queas prestações de serviços produzem no decorrer <strong>do</strong> tempo. portanto a razão de umexcedente líqui<strong>do</strong> proveniente <strong>do</strong> rendimento corrente. O fato de no caso o valor<strong>do</strong> bem porta<strong>do</strong>r de uso, de um la<strong>do</strong>. e seu produto líqui<strong>do</strong>, de outro, serem calcula<strong>do</strong>sexatamente de maneira que aquele pode ser equipara<strong>do</strong> a um capital em dinheiro.que à taxa de juros vigente acarreta justamente a mesma renda líquida, constituiuma coincidência cuja causa também já esclareci anteriormente,ss E finalmente, devi<strong>do</strong>a essa coincidência, é compreensível e justo que, na prática econômica - quesempre encontra e assume como fatos consuma<strong>do</strong>s as coisas cuja explicação aindaestamos procuran<strong>do</strong> -, se veja no rendimento líqui<strong>do</strong> <strong>do</strong>s bens o fundamento dasoperações de avaliação: eis um procedimento abrevia<strong>do</strong> s6 perfeitamente adequa<strong>do</strong>na prática, mas que sem dúvida justamente inverte a relação entre causa e efeito.Prossigamos. O fenômeno <strong>do</strong> juro <strong>do</strong> capital, que acabamos de explicar, é peculiara to<strong>do</strong>s os bens duráveis, tanto aos de consumo quanto aos bens de produção.No caso destes últimos, porém. acresce mais um elemento, cuja influênciaprecisamos investigar. No caso deles. com efeito. não são apenas as prestações deóS Ver p. 339 el seqs"'11) Também C Menger. em seu tempo objetou à teoria vigentE'. em seus vaHosíssll1l0S estu<strong>do</strong>s ''Zur Theone eles Kapitales'Jahrbuechn de Conrad. 1.'. 17. p. 4í et seqs) que. COlli :'leu conceito "iobr ..? a capitaJizaçào não resolveu os ["espectivosproblemas. mas apenas os contornou.serviço" : _:preSen:ê" 2<strong>do</strong> pele ::Jconhec::: "jetivo fir~::de atra\ê ,,:;o início C~o consu:-:-.:para.3 V'::ô'te, para e:­<strong>do</strong> ano ;::::5anos, e e"5jção de Sê:.­isso acar.':::1dução SO~:03compense;;juros ai!"':::cesso de :::buí<strong>do</strong>s a,': ~investi<strong>do</strong>. =(corporac:"I1ust!"ê:-::anos e c_~rins, vale. 5-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!