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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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138 o CAPITAL COMO INSTRUMENTO DE PRODUÇÃOAté agora apresentamos a formação <strong>do</strong> capital de uma nação de uma formase a nação conduzisse uma única economia, guiada por uma vontade única. Ora,não é isso que acontece. Resta, portanto, ainda mostrar como se cumprem efetivamente,na economia nacional que comporta muitas cabeças, as disposições que levamà formação <strong>do</strong> capital, e examinar se elas pressupõem "poupanças", como seafirma. Já que - não sem razão - se exige que as verdades mais gerais sejamdemonstradas não somente na organização social histórica <strong>do</strong> momento, mas emqualquer organização social, quero, em minha investigação, levar em conta tantoa forma econômica real, que é pre<strong>do</strong>minantemente individualista, quanto a formade economia socialista, que é em to<strong>do</strong> caso imaginável. Começo com esta última,pois ela representa a forma mais simples parq o problema em pauta.Em um país socialista, no qual o capital e a iniciativa priva<strong>do</strong>s estariam extirpa<strong>do</strong>se toda a produção nacional seria organizada pelo Esta<strong>do</strong>, também a formação<strong>do</strong> capital e a necessária poupança prévia de forças produtivas seriam comandadaspelo Esta<strong>do</strong>. Simplesmente da seguinte maneira: os trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> país são destina<strong>do</strong>sà formação de capital, produção de longa duração, numa proporção bemmaior <strong>do</strong> que aquela em que os produtos consumíveis de tais produções no passa<strong>do</strong>estão disponíveis para o consumo no presente. Simplesmente se empregam relativamentemuitos trabalha<strong>do</strong>res em mineração, na construção de ferrovias, naregulagem de rios, na fabricação de máquinas e similares, e relativamente poucosna viticultura, na sericicultura, na fabricação de rendas, na fabricação de cerveja,na fabricação de teci<strong>do</strong>s etc. O povo é assim acostuma<strong>do</strong> de cima para baixo, ecompulsoriamente, a fazer poupança, pois a produção nacional guiada pelo Esta<strong>do</strong>coloca à sua disposição, a cada ano. relativamente poucos bens de consumo, menos<strong>do</strong> que a quantidade que se poderia anualmente fabricar e consumir se fosseo caso de manter o estoque de capital no nível anterior. As forças produtivas quedessa forma sobram são investidas em vias de produção capitalista indiretasUm pouco mais complexo, mas sempre. em princípio, fácil de se entender, éo sistema dentro de uma organização social de tipo individualista, tal como ele existeefetivamente em nossa situação. Aqui são os empresários que em primeira linhadecidem sobre o emprego das forças produtivas novas que advêm anualmente, portantosobre a direção da produção nacional. Mas eles não decidem sem motivos,senão que seguem os impulsos que provêm <strong>do</strong>s preços <strong>do</strong>s produtos. Onde a forteprocura oferece preços remunera<strong>do</strong>res, ali ampliam a produção, limitan<strong>do</strong>-a no ca­" ' so daqueles tipos de bens nos quais a procura fraca não mais se equilibra com aoferta e já não consegue manter os preços em um patamar compensa<strong>do</strong>r: a ampliaçãoe a limitação da oferta se prolongam até que a produção se equilibre com aprecura <strong>do</strong>s diversos tipos de merca<strong>do</strong>rias. Em última análise, portanto, não são osempresários que decidem sobre a orientação da produção nacional, mas os consumi<strong>do</strong>res,o "público". Tu<strong>do</strong> depende <strong>do</strong> que os consumi<strong>do</strong>res desejam gastar coma renda que têm.A renda de uma nação é a longo prazo idêntica ao produto da sua produção.Um círculo anual da renda de uma nação coincide aproximadamente 7 com o produtode um círculo anual de suas forças produtivas. Se cada indivíduo da naçãoconsumisse exatamente sua renda anual em bens de consumo, desenvolver-se-ia7 Aqui não tenho tempo nem vontade para entrar em distinções sutis, para as quais há bastante campo. Colocações interessantessobre a relação entre o produto nacional e a renda nacional - se bem que não possa en<strong>do</strong>ssá~las plenamente- encontram-se em MEYER, R. Op. cit.. p. 5 et seqs.. 84 et seqs, Ver também o estu<strong>do</strong> de LEXIS "Ueber gewisse Wertge·sarnthein und deren Bezjehu ngen zum Geldwert-. In: Tuebinger Zeitschrift. Ano 44, fase. 2, p. 221 et seqs. Nele tambéra "'soma de consumo", a "'soma de produção" e a "'soma primária de renda~ anuais são tratadas como grandezas "quasecoincidentes <strong>do</strong> ponto de vista quantitativo".. ­~ li..:l3II­....~'115:­.:.",....rc:l:!:r::i.:5lirJ::J!'I::Ri!!:c:a!!iem.Ii:al.iiillJlilIlTtlil!"1II!!IiI:Del­'CRIJ.DJi'iiUI

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