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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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SEÇÃO Io Homem e a Natureza. As Condições Básicas da Produçãode Bens MateriaisDificilmente existe um sistema ou um manual de Economia Política que emalguma parte não apresente exposições de conteú<strong>do</strong> pertinente às Ciências Naturais.Costumeiramente é no capítulo da produção que se encontram exposições dessegênero. Ali nos é ensina<strong>do</strong> que gerar novos bens não significa gerar matérias novas,pois a matéria nos é dada e não é multiplicável; é-nos ensina<strong>do</strong> que matérias e forçasa natureza oferece para o nosso trabalho de produção; o que realizam as forçasda natureza: as mecânicas, as químicas, as orgânicas; aprendemos que importânciatêm, para o desenvolvimento da produção, o clima, o calor, a umidade; em quepressupostos físicos e técnicos se baseia o funcionamento das máquinas; e muitasoutras coisas semelhantes.Nenhum entendi<strong>do</strong> há de censurar o princípio desse costume. Ele representaa forma de, consciente ou inconscientemente, reconhecer um <strong>do</strong>s princípios maisimportantes <strong>do</strong> nosso conhecimento, o da unidade de toda a ciência. Como sabemosdesde Baco, não há nem uma única disciplina que, isolada, aplique até o fimos fatos com os quais se ocupa, senão que cada uma pára no meioda explicação,deixan<strong>do</strong> que esta seja levada avante por outra ciência irmã, de sorte que a explicaçãototal só se consegue mediante o conjunto de todas as ciências. Se, portanto,se quiser apresentar aos leitores não simples fragmentos estéreis, é mister apresentarà exposição estritamente científica, no mínimo, engrenagens capazes de engrenarcom o mecanismo de explicação das ciências complementares, indican<strong>do</strong> dessaforma o caminho pelo qual se possa chegar a uma conclusão para as explicaçõesobtidas.Contu<strong>do</strong>, seria orgulho muito fora de propósito pensarmos, nós os teóricos, quea introdução de tais verdades-limite - como se pode denominá-las com propriedade- serve somente aos fins da exposição e <strong>do</strong>s leitores: se bem maneja<strong>do</strong>, essecostume beneficia em grau ainda maior nossa própria pesquisa. Ele pode e deve,sim, servir para um autocontrole eficaz no senti<strong>do</strong> de que não construamos comleviandade, no ar, o nosso edifício <strong>do</strong>utrinai inteiro ou partes dele, no senti<strong>do</strong> deque não afirmemos inopinadamente, em nome da Economia Política, o que seriaum absur<strong>do</strong> <strong>do</strong> ponto de vista das Ciências Naturais ou da Psicologia. Quero serbem entendi<strong>do</strong>: não sou absolutamente da opinião de que a Economia Política devaassumir uma identidade que lhe é estranha, e que se transforme em uma ciência29

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