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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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56 CONCEITO E NATUREZA DO CAPITAL- como, por exemplo, casas de moradia utilizadas pelo respectivo proprietário (asquais, por isso, Marshall também inclui no conceito de capital social), mas não osmóveis e as roupas. 46Em uma terceira acepção, ainda mais ampla, Marshall enumera como capitalnão somente "bens externos", mas também a personal wealth, ou seja, as energias,capacidades e qualidades pessoais, enquanto promovem a sua eficiência industrial,bem como suas relações comerciais. Constroem elas o personal capital. Quanto aeste, quan<strong>do</strong> Marshall emprega o termo "capital" sem especificação, declara não quererincluí-lo; todavia, em senti<strong>do</strong> mais amplo de capital (broad use of term), o personalcapital pode ser incluí<strong>do</strong> "sem problema", e o é efetivamente repetidas vezes. 472. Minha proposta positivaOs nossos eruditos normalmente não nos têm amimalha<strong>do</strong> com a unanimidadede suas definições; todavia, quan<strong>do</strong> as opiniões divergem tão desmesuradamente,deve haver algo de muito especial com o objeto da controvérsia. Penso que Kniesemitiu um parecer muito correto sobre a situação, ao dizer"que no caso o que se verifica é algo diferente daquilo que outrora nas ciências se denominavacontrovérsia sobre uma definição bem ou mal-sucedida, ou até sobre uma definiçãocorreta ou falsa". 48O objeto da controvérsia não é uma definição, mas a coisa, ou, como eu prefeririadizer, a terminologia. As definições divergem tão profundamente, não tanto porquea coisa a ser definida se apresenta a cada um sob luz diferente, mas antes porquecada um define uma coisa completamente diferente, sen<strong>do</strong> que as definições nãoobjetivas só conflitam entre si pelo fato de cada qual reivindicar o termo capital como~tiqueta para designar o objeto por ele defini<strong>do</strong>.E manifesto que essa circunstância é tão adequada para explicar a surpreendentee profunda divergência de opiniões quanto o é, infelizmente, também paradificultar sua solução. Com efeito, em se tratan<strong>do</strong> de questões de nomenclatura,a rigor ninguém está certo nem erra<strong>do</strong>, e portanto também não há lugar para umapersuasão propriamente cogente, mas apenas para um apelo a uma conveniênciamaior ou menor acerca da qual até certo ponto sempre é possível continuar pensan<strong>do</strong>de outro mo<strong>do</strong>. E no entanto, é claro que a nossa controvérsia precisa deuma solução. A ciência não pode reconhecer aos seus representantes, para to<strong>do</strong>o sempre, a liberdade de designar com o mesmo nome dez ou <strong>do</strong>ze coisas basicamentediferentes; ela precisa de idéias claras, e para isso precisa antes de conceitosclaros e de uma linguagem clara. Portanto, é preciso atingir um acor<strong>do</strong>. E este seráefetivamente atingi<strong>do</strong>, da mesma forma como a ele se chegou - e se continua constantementea chegar - em se tratan<strong>do</strong> das inumeráveis disputas incessantementeocasionadas pela nomenclatura das Ciências Naturais descritivas, a Zoologia, a Botânica,a Mineralogia, a Geografia. A maioria acaba concordan<strong>do</strong> e se passa então,lenta mas seguramente, para a ordem <strong>do</strong> dia, passan<strong>do</strong> por cima <strong>do</strong>s discordantes.Sobre qual das numerosas interpretações <strong>do</strong> nosso conceito de capital pode-se46 3~ ed., p. 152 et seq.; concorda na essência com a redação que se encontra na ~ ed., p. 78, pois na enumeração <strong>do</strong>selementos que compõem o capital social há até concordância verbal.'17 3~ ed., p. 154 et seq., 745 et seq. Na 5~ ed. omitiu-se a passagem ~cima, que introduz expressamente o conceito <strong>do</strong>capital pessoal; esse conceito desapareceu também <strong>do</strong> índice analítico, mas no contexto de sua obra Marshall continuaa fazer uso dele: ver. por exemplo, 5" ed.. p. 660.48 Das Geld, p. 5....-:;a:r;::JllIlll''l!!!!:!Iai...'i!!lE!I:::lI::!1l!!II!Ia$í'.~i!"'t,1lIRiI:~'!lIIli!"'an?!!I!!- '11I­'E~~..:m. 1'lIiI!'I!!~ ~""'IIi!!IG=­...]liE:JIaa::..~-.::i-..~:::uil~~:i&1:::lllIIII2....'HmII!Ill~,1lCJII

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