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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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258 o VALOR E O PREÇOte, por sua vez, necessariamente provoca, em virtude da lei da oferta e da procura,um aumento <strong>do</strong> preço de merca<strong>do</strong>,A lei <strong>do</strong>s custos está presa num sem-número de detalhes teóricos,J6 mas as finalidadesque visamos permitem deixá-los totalmente de la<strong>do</strong>. To<strong>do</strong> nosso interesseconcentra-se nesta única pergunta: que posição ocupa, no sistema da teoria <strong>do</strong> preço,a lei <strong>do</strong>s custos, que tem uma base empírica tão sólida? Ela contradiz ou nãoa nossa lei <strong>do</strong>s pares limite?Não contradiz. Contradiz exatamente tão pouco quanto, na teoria <strong>do</strong> valor subjetivo,não encontramos nenhuma contradição entre o princípio de que a utilidademarginal determina a grandeza <strong>do</strong> valor subjetivo e o outro princípio, de que os custosfazem o mesmo. Os raciocínios que lá e aqui levam à solução da aparente contradiçãoigualam-se em tu<strong>do</strong>, com uma única diferença: o elemento de troca é agorainterposto, e to<strong>do</strong> o fenômeno é transferi<strong>do</strong> de uma economia individual para a sociedade,e a cada elo <strong>do</strong> raciocínio se juntam aspectos de maior complexidade. Queroa seguir tentar, da maneira mais breve e mais clara que me é possível, descrevero encadeamento entre o valor, o preço e os custos: aliás, acredito não exagerar seafirmar que a conscientização clara deste nexo significa conhecer praticamente a metadeda Economia Política.A formação <strong>do</strong> valor e <strong>do</strong> preço tem seu ponto de partida nas avaliações subjetivas<strong>do</strong>s produtos acaba<strong>do</strong>s por parte <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res. São elas que determinama procura desses produtos, e essa demanda é confrontada no início pelos estoquesde merca<strong>do</strong>ria acabada <strong>do</strong>s produtores. O ponto de encontro das avaliações <strong>do</strong>s<strong>do</strong>is la<strong>do</strong>s, a avaliação <strong>do</strong>s "pares limite", determina o preço - da forma que conhecemos- naturalmente, para cada tipo de produto em particular. Assim, porexemplo, o preço de trilhos de ferro é determina<strong>do</strong> pela relação oferta-procura detrilhos, o preço de pregos de ferro é determina<strong>do</strong> pela relação oferta-procura de pregos,da mesma forma como o preço de to<strong>do</strong>s os demais produtos fabrica<strong>do</strong>s da matériaprimaferro, tais como pás, relhas de ara<strong>do</strong>, martelos, chapas de aço, caldeiras, máquinasetc., é determina<strong>do</strong> pela relação oferta-procura existente no tocante aos tiposespecíficos de produtos menciona<strong>do</strong>s. Para ilustrar isto bem claramente,suponhamos que as condições a respeito das necessidades e <strong>do</strong>s estoques disponíveisde diferentes produtos de ferro sejam bem diferentes e, portanto, também ospreços iniciais desses produtos, e suponhamos uma quantidade das várias merca<strong>do</strong>riasque requerem determinada unidade de matéria-prima 37 - 100 quilos de ferro- varie entre um florim, no caso <strong>do</strong> tipo de produto mais barato e dez florins,no caso <strong>do</strong> tipo mais caro.Esses preços são o resulta<strong>do</strong> da situação <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> no momento, sen<strong>do</strong> queinicialmente consideramos como uma grandeza determinada os estoques de produtosque constituem a oferta. Acontece que esses preços são uma grandeza determinadasó momentaneamente, pois no decurso <strong>do</strong> tempo, devi<strong>do</strong> aos acréscimos deaprovisionamento que recebem da produção, constituem uma grandeza variável.Acompanhemos as condições dessa produção. Para fabricar produtos de ferro osprodutores precisam de ferro brut0 38 . Na economia especializada baseada na divisãode trabalho, têm que comprar esse ferro no merca<strong>do</strong>. Nesse merca<strong>do</strong> os produtoresrepresentam a procura. No que concerne à extensão desta, é claro que cadaprodutor quererá comprar tanto ferro quanto necessita para produzir aquela quanti­~= =- =5::=.= = :-:::: - --"',2':: J",2. :::~2:-...-J===:-:036 Assim, por exemplo, a questão de se o decisivo são os custos de produção ou de reprodução. e se, no caso de umadiversidade <strong>do</strong>s custos, o que decide sobre quais elementos devem ser incluí<strong>do</strong>s no cálculo <strong>do</strong>s custos é o custo mais alto,o mais baixo, ou um custo médio; e questões congêneres.37 Para simpHficar, quero por ora abstrair da colaboração de outros meios de produção complementares.38 Para simplificar, também aqui faç0 abstração <strong>do</strong>s demais requisitos da produção.::::- -:: ::=: - -: :Ji,

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