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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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228 O VALOR E O PREÇO.,., \"f-.se expressa no valor subjetivo maior <strong>do</strong> que aqueles que a pessoa deu em troca.Se A possui um cavalo e pensa em trocá-lo por 10 baldes de vinho, só poderá fazê­10 e o fará se os 10 baldes de vinho ofereci<strong>do</strong>s tiverem para ele valor maior <strong>do</strong> queseu cavalo. Naturalmente, o outro parceiro da troca também pensa exatamente <strong>do</strong>mesmo mo<strong>do</strong>. Também ele, por sua vez, não quer perder 10 ba'des de vinho seem troca deles não receber um bem que para ele tenha valor maior. Portanto, sótrocará seus 10 baldes de vinho pelo cavalo de A se para ele 10 baldes de vinhotiverem valor menor <strong>do</strong> que o cavalo.Disso segue uma regra importante. Uma troca só é economicamente possívelentre pessoas cuja avaliação da merca<strong>do</strong>ria e <strong>do</strong> meio de troca seja diferente. oumelhor, oposta. O interessa<strong>do</strong> em comprar deve atribuir à merca<strong>do</strong>ria um valor superiorao que atribui ao bem a ser da<strong>do</strong> como preço, e o outro parceiro deve atribuirlheum valor mais baixo. Aliás, o interesse <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is na troca e também o ganhodeles na troca são tanto maiores quanto maior for a diferença entre as duas avaliações;diminuin<strong>do</strong> essa diferença, diminui também o ganho <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is na troca; e, finalmente,se a diferença entre as duas avaliações desaparecer de to<strong>do</strong>, as avaliações<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is são coincidentes, e portanto se torna econom;camente impossível uma trocaentre eles. C'É fácil ver que a pre<strong>do</strong>minância da divisão <strong>do</strong> trabalho necessariamente gerainúmeras oportunidades para avaliações constrastantes e, em conseqüência, inúmerasoportunidades de troca. Com efeito, pelo fato de cada produtor produzir somentealguns poucos artigos, e produzi-los bem além da sua necessidade pessoal. tem excessode seu produto e carência de outros; em razao disso, atribuirá a seu produtoum valor subjetivo menor, aos produtos de outros atribuirá um valor subjetivo relativoalto. Acontece que os produtores destes últimos farão exatamente o inverso: atribuirãoao produto <strong>do</strong> primeiro, que ainda lhes falta, um valor maior, e ao produtodeles, que possuem em excesso, atribuirão valor mais baixo, e com isso temos, namais ampla extensão, a condição de avaliações opostas, favorável à ocorrência detrocas.Acompanhemos as conseqüências de outra idéia, incluída no que ficou dito acimaComo vimos, uma troca só é economicamente possível para um <strong>do</strong>no que visa asua própria vantagem, se este atribuir ao bem a ser adquiri<strong>do</strong> um valor maior <strong>do</strong>que ao bem que ele mesmo possui. Ora, é manifesto que essa situação ocorrerátanto mais facilmente quanto mais baixo for o valor que alguém atribuir à sua própriamerca<strong>do</strong>ria, e quanto maior for o valor que atribuir ao bem <strong>do</strong> outro, a ser pa­. 'il go como preço. O <strong>do</strong>no de um cavalo, para o qual seu cavalo tem um valor subjetivode 50 florins, e um barril de vinho tem um valor subjetivo de 10 florins, tem possibilidadeeconômica muito mais ampla de efetuar uma troca - ou, como queremosdizer sucintamente daqui em diante, uma capacidade de troca muito maior - <strong>do</strong>que outro, que atribui a seu cavalo o valor de 100 florins e ao barril de vinho <strong>do</strong>outro apenas o valor de 5 florins. É evidente que o primeiro ainda tem condiçãode efetuar a troca se lhe oferecerem apenas 6 florins por seu cavalo, ao passo queo segun<strong>do</strong> já teria que renunciar à troca se não lhe oferecessem no mínimo umpouco mais de 20 barris. Se um terceiro atribuísse a seu cavalo o valor de apenas40 florins, e em contrapartida atribuísse a um barril de vinho o valor de 15 florins,é claro que ainda seria economicamente capaz de efetuar uma troca se o preço bai­~) Se. por 12xemplo. f\ avalíar seu ::ava[o em .S barris e B em lS barris. no caso de trocarem o cavalo por 10 barris, cadaum <strong>do</strong>s dOIS sai ganhan<strong>do</strong> um montante de valor de 5 barris dE Vinho. Se A avalíar o cavalo em 8 oarris e B em 12, cadaum ::ios <strong>do</strong>is '3ai ganhan<strong>do</strong> apenas 2 barris em vaiar. FilldJrnente. se os <strong>do</strong>is concordassem em avaliar o cavalo em 12 barrisde \;inho, certanlente B gostaria de adqui:-ir o cavêlJo por la bar:-is cu por qualquer preço abaixo de 12 barris, mas naturalmenteA não quererià fazer a troca. Cf. MENGER GnJndsae~ze der VolksU);rtschaftslehre. p 155 et ~eqs-,- ...=-='

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