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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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332 O JUROde 20 florins, e guardará para si o considerável ganho de 4 florins que lhe sobrade cada semana de trabalho. E com isso já temos a "mais-valia", o ganho de capital.Se não houvesse ganho de capital, também o salário <strong>do</strong> trabalho deveria tersubi<strong>do</strong> de 20 para 24 florins. Mas isso não é possível. Pois isoladamente em umúnico setor - desde que não se pressuponham qualificações particularmente pessoais- o salário não pode subir de forma permanente em razão das conhecidastendências ao nivelamento, pois no setor excepcionalmente remunera<strong>do</strong>r logo ocorreriaum afluxo maior de trabalha<strong>do</strong>res proveniente <strong>do</strong>s setores que remuneram menos.Um aumento generaliza<strong>do</strong> <strong>do</strong> salário para 24 florins também não é possível, poisa riqueza acumulada existente só é suficiente para um perío<strong>do</strong> médio de dez anos;por isso o prolongamento para quinze anos só poderá ocorrer isoladamente; a massa<strong>do</strong>s setores de produçao tem de ater-se ao processo de produção de dez anose que só rende 20 florins por semana de trabalho; e por isso naturalmente tambémnão pode pagar um salário superior a 20 florins.Por outro la<strong>do</strong>, é claro que acontecerá algo diferente. Tão espertos quanto oempresário A, que com dinheiro empresta<strong>do</strong> sem juros consegue lucrar uma boamais-valia de 4 florins por semana de trabalho, serão também o empresário B. C,O, E. Generalizar-se-á o desejo de prolongar o perío<strong>do</strong> de produção, e conseqüentementetambém o desejo de conseguir adiantamentos maiores de meios de subsistência;esse desejo maior já não poderá ser atendi<strong>do</strong> pelo fun<strong>do</strong> de subsistência,que é limita<strong>do</strong>; finalmente se terá de fazer, mediante a luta de preço, a seleção entreos concorrentes. Com isto retoma novamente o ágio ao preço de merca<strong>do</strong> universal<strong>do</strong>s bens presentes, <strong>do</strong> qual nossa hipótese o havia expulso por um momento.Esse resulta<strong>do</strong> é tão salutar quan<strong>do</strong> necessário para o suprimento regular e verdadeiramenteeconômico da sociedade. Pois a possibilidade de conseguir meios desubsistência sem pagar ágio necessariamente estimularia os empresários a aumentarsem medida os perío<strong>do</strong>s de produção. Se isso só ocorrer unilateralmente emalguns setores de produção, é natural que <strong>do</strong> estoque de meios de subsistência, queé limita<strong>do</strong>, sobre tanto menos para os demais setores de produção; estes são obriga<strong>do</strong>sa encurtar, de maneira não-natural, seu perío<strong>do</strong> de produção, e disso surge umadeficiência no suprimento da nação, que é maior <strong>do</strong> que o aumento de produtoque ocorre nos setores favoreci<strong>do</strong>s pelo prolongamento excessivo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> deprodução. 4ü Se, porém, esse prolongamento excessivo acontecer em to<strong>do</strong>s os setores,o estoque de meios de subsistência da nação termina antes de se tornaremconsumíveis os frutos provenientes da produção estruturada em perío<strong>do</strong> excessivamentelongo, originan<strong>do</strong>-se então uma lacuna no suprimento, carência e necessidade;somente os preços de emergência conseguirão fazer com que as forças produtivas,erroneamente aplicadas, sejam novamente chamadas a atender ao precário suprimento<strong>do</strong> momento presente, o que só pode acontecer com perturbações, custose perdas onerosas.A presença constante <strong>do</strong> ágio em bens presentes age sobre o desejo de prolongar o perío<strong>do</strong> de produção como um freio automático: sem coibir de uma vez, eledificulta, e dificulta com tanto mais força quanto maior for a duração que se quisereô'_~~ :IT.2·· :":peô":

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