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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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274 O JUROa ser forneci<strong>do</strong> em julho <strong>do</strong> próximo verão, com igual certeza também não medirá<strong>do</strong> qc::-::o valor <strong>do</strong> gelo de verão com base na abundância reinante no momento <strong>do</strong> fecha-.dessa _:_1mento <strong>do</strong> contrato, mas com base na escassez que se prevê no verão. 6 letra C2 : ~Com muita freqüência, porém, nossa avaliação de bens futuros e/ou interme­to, fe:--.::---:;diários é modificada pela adição de um elemento que nos leva a avaliá-los um pou­ uma c::: :co ou mesmo consideravelmente abaixo de sua utilidade marginal futura. Mas quero chanc2: ;acrescentar de imediato que esse elemento não tem nexo algum com a origem <strong>do</strong> ces sé :::­fenômeno <strong>do</strong> juro. O elemento a que me refiro é a incerteza. Efetivamente, nada<strong>do</strong> que é futuro é absolutamente certo para nós. Mesmo que no presente tenhamosqual a _:jestabeleci<strong>do</strong> uma relação, por mais firme que seja, da qual esperamos que no futu­ ra fica~ 2:"1ro surjam certos bens ou estejam à nossa disposição, a concretização real de nossa miadc ~;:expectativa nunca é certa na acepção rigorosa da palavra. O máximo que se pode terá \a.. c:dizer sempre é que é mais ou menos provável. Sem dúvida, muitas vezes a probabi­ nenh..:~ :lidade é tão grande que praticamente pode equivaler a certeza: por exemplo, a ex­neo C';2 '"pectativa de que uma letra de câmbio en<strong>do</strong>ssada pela Casa Rothschild ou por J. aplic~, 2 :P. Morgan será paga. Em tais casos desprezamos a parte infinitamente pequena que exatos S2falta para a certeza plena, e na avaliação da soma futura não fazemos nenhuma vinha(~ ::dedução a título de incerteza. Todavia, muitas vezes a probabilidade fica considera­come· _::­velmente aquém da certeza: por exemplo, em se tratan<strong>do</strong> da expectativa da safra,de al~,;-spara cuja consecução o agricultor fez, sim, tu<strong>do</strong> o que estava em suas forças, aran­para e a::..<strong>do</strong>, aduban<strong>do</strong>, semean<strong>do</strong> etc., a qual, porém, pode ser destruída totalm,ente ou emocorre 2"':'1parte pelo granizo, pela seca, pelas enchentes, por ataques de insetos. As vezes até to<strong>do</strong>s. 2 ~a probabilidade desce ao nível de uma simples possibilidade bem remota: por exemplo,A::::::ía probabilidade de sucesso ligada à posse de um único "bilhete" entre cem numaprese-:2 sloteria que paga um único prêmio de 1 000 florins.també::- ':Nesses casos as pessoas que economizam sentem certo embaraço. Deverão avaliarmuite ::~'?somas de bens futuros e incertos exatamente como avaliariam se fossem certas? im­ veis e::-. ::1possível! Pois neste caso se teriam que avaliar em 1 000 florins sem dedução algu­ der a _ ~:--.ma to<strong>do</strong> bilhete de loteria com o qual se esperasse ganhar 1 000 florins. E toda base ,,:- :obrigação financeira, mesmo a mais duvi<strong>do</strong>sa, deveria ser avaliada pelo seu valor semp~2 ::jnominal pleno. A prática de avaliação baseada nesse princípio obviamente teria queguim2 :::-Jlevar à bancarrota, em perío<strong>do</strong> curtíssimo, qualquer pessoas que a a<strong>do</strong>tasse commaio" cccoerência. Ou se deverá simplesmente deixar de avaliar as somas de bens futuros tidade ~incertos, não lhes atribuin<strong>do</strong> absolutamente nenhuma importância para o nosso bem­ troce cc ~estar? Seria uma atitude igualmente impossível e igualmente funesta! Pois nesse ca­mais ::cso não se poderia pagar o mínimo que fosse por um bilhete de loteria ao qual sequar.:cc:liga uma esperança incerta de ganho, e nem mesmo por 999 entre 1 000 bilhetesemiti<strong>do</strong>s, como também não se teria o direito de fazer o mínimo sacrifício que fosse 7 Ess,:: ~~=-:-_.,: :zig. :~~~ -::para a semeadura em vista de uma colheita incerta! Só há uma saída para esse diledeles::-. "ma: atribuir uma importância, para nosso bem-estar, também a somas de bens futu­ de a:.-::-.:cõ ::apare:~- ~~;ros incertos, mas exprimin<strong>do</strong> a incerteza de realizar nossos projetos de acor<strong>do</strong> comde U'-:-õ , 0,-'a graduação dessa incerteza. Ora, na prática isso só é exeqüível transferin<strong>do</strong> o incer­3 Cf c'o_ ,seto, de lá onde ele está, mas não é possível exprimi-lo - isto é, <strong>do</strong> grau da probabili­um 0::::_:- =-:::1q Ta~.-::~- -:dade - para onde ele não está, mas só ali pode ser expresso, isto é, à grandezatandc :'" :..;:-~da utilidade esperada. Assim fazen<strong>do</strong>, colocamos uma utilidade maior, mas menos 10 E\::, -:0-.,p.95·: .,- Tprovável, a par de uma menor, porém mais provável, e as duas, por sua vez, a parjuro cr:: :::: -_~de uma utilidade ainda menor, porém plenamente certa. Em resumo, toda possibili­ essa :2~"; - - :dade de utilidade é primeiro convertida em certeza; e então, pela compensação, tu- opin~ê.: :.=. -=teor. ~_::::--'Ij11 A : 'c,' _.,porc:·.2:-::':~6 Cf. MENGER Grundsaetze, p. 124 el seqs ficas C,õ :=:-~:-

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