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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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322 O JUROqualquer hipótese tivessem um valor de troca subjetivo maior <strong>do</strong> que bens futuros.Parece-me, porém, mais correta outra interpretação. Não se pode nem tomar o juropor empréstimo como fato consuma<strong>do</strong> e a partir dele querer explicar o ganho deriva<strong>do</strong><strong>do</strong> capital; inversamente, não se pode tomar este último como fato consuma<strong>do</strong>e a partir dele querer explicar o juro por empréstimo. A verdade é que o merca<strong>do</strong>de empréstimos e o merca<strong>do</strong> de trabalho são <strong>do</strong>is merca<strong>do</strong>s, um ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> outro,nos quais se oferece e se procura a mesma merca<strong>do</strong>ria, a saber, bens presentes.Nos <strong>do</strong>is merca<strong>do</strong>s deseja-se adquirir meios de subsistência para se poder trabalharmais produtivamente em perío<strong>do</strong>s de produção mais longos; somente que se desejaadquiri-los em circunstâncias secundárias diferentes. O trabalho assalaria<strong>do</strong> dá,em troca <strong>do</strong>s bens presentes que recebe, o produto futuro indetermina<strong>do</strong> que seutrabalho produzirá, e o dá totalmente; o deve<strong>do</strong>r envolven<strong>do</strong> crédito para a produção- o crédito para consumo é muito menos importante e de resto exerce tambémele seus efeitos, ao final, na mesma direção -- dá em troca determina<strong>do</strong> quantumde produtos futuros, poden<strong>do</strong>, se o produto efetivo for diferente desse quantum,ter lucro ou prejuízo. Assim sen<strong>do</strong>, os trabalha<strong>do</strong>res assalaria<strong>do</strong>s e os interessa<strong>do</strong>s. em crédito constituem <strong>do</strong>is ramos da mesma procura, reforçan<strong>do</strong> mutuamente suaação e ajudan<strong>do</strong> conjuntamente a formar a resultante de preço. Somente na aparênciaexterna há <strong>do</strong>is merca<strong>do</strong>s separa<strong>do</strong>s, pois na realidade um está engrena<strong>do</strong>no outro, o preço de merca<strong>do</strong> <strong>do</strong>s bens presentes é o resulta<strong>do</strong> comum de sua açãoconjunta.Para entendermos, pois, o fun<strong>do</strong> da coisa, precisamos passar da análise de merca<strong>do</strong>sparciais isola<strong>do</strong>s para a análise global daquele merca<strong>do</strong> total para adiantamentode meios de subsistência que, basea<strong>do</strong> em numerosos merca<strong>do</strong>s parciaiscomunicantes, existe em cada economia.- ,- ==!.-::; - ::...~D. O merca<strong>do</strong> geral de meios de subsistênciaE aqui tu<strong>do</strong> se compreende a partir de uma verdade tão simples quanto fundamental:a oferta de meios de subsistência numa economia nacional é representada,com uma exceção insignificante, pela soma total da riqueza nela existente - comexclusão da terra. A função dessa riqueza consiste em manter o povo, durante operío<strong>do</strong> intermediário que vai da entrada em ação de suas forças produtivas originaisà consecução <strong>do</strong>s frutos destas, pronto para o consumo - portanto duranteo perío<strong>do</strong> médio de produção da sociedade; e o perío<strong>do</strong> de produção da sociedade... pode ser tanto mais longo quanto maior for a riqueza acumulada.fTodas as três proposições parciais estão a tal ponto engrenadas entre si que possoadequadamente designá-las como uma única proposição. Do mesmo mo<strong>do</strong> tambéma explicação e a comprovação se prendem a um mesmo raciocínio.Se examinarmos os destinos da riqueza acumulada num país - a terra temde ficar fora de consideração aqui - observamos o quadro seguinte. Alguns poucospossui<strong>do</strong>res de riqueza consomem eles mesmos o principal, por necessidadeou por mania de esbanjar. Alguns outros possui<strong>do</strong>res de riqueza, que em escalamenor produzem por conta própria, provêem a si mesmos os adiantamentos necessáriospara sua sllbsistência durante a duração de seu perío<strong>do</strong> de produção. Todaa riqueza restante - e isso representa de longe a maior quantidade - é de umaforma ou de outra levada como oferta ao grande merca<strong>do</strong> de adiantamentos demeios de subsistência. Efetivamente, de duas, uma: ou o possui<strong>do</strong>r de riqueza aaplica num empreendimento conduzi<strong>do</strong> por ele mesmo ou a empresta a outras pessoas.Se a aplicar em sua própria empresa, serão utiliza<strong>do</strong>s, direta ou indiretamente,como adiantamentos <strong>do</strong>s meios de subsistência para trabalha<strong>do</strong>res. Digo:-.-: s:- =.:~___ . _ .J"- - :: --::-,- -; ';=-~-~~ ::- '::-_::1

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