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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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364 O JUROPara substituir o ponto fixo que se perde pelo fato de o próprio emprego <strong>do</strong>trabalho ainda ser incerto, há outra grandeza fixa que nos outros casos costuma serindeterminada, a saber, as quantidades negociadas. Efetivamente, é de antemão certoque se venderá tanto to<strong>do</strong> o trabalho ofereci<strong>do</strong> quanto toda a soma <strong>do</strong>s bens presentesofereci<strong>do</strong>s. Essa certeza baseia-se num fato peculiar. Exatamente da mesmaforma que, como se sabe, qualquer soma de dinheiro, grande ou pequena, é suficientepara cumprir a tarefa de circulação na economia da nação, assim tambémqualquer soma de bens presentes, grande ou pequena, é suficiente para comprare pagar toda a oferta de trabalho assalaria<strong>do</strong> existente na economia da nação. Aúnica coisa que se tem de fazer é encurtar ou alongar correspondentemente o perío<strong>do</strong>de produção. Se tivermos 10 milhões de trabalha<strong>do</strong>res assalaria<strong>do</strong>s e 15 bilhõesde capital, esse estoque de capital é suficiente para pagar aos 10 milhões detrabalha<strong>do</strong>res 300 florins anuais num perío<strong>do</strong> de produção de 10 anos. 13 Se tivermosapenas 5 bilhões de florins, nem por isso algum trabalha<strong>do</strong>r precisa ficar desocupa<strong>do</strong>;só que naturalmente já não se pode adiantar-lhes os meios de subsistênciapara 10 anos; mas conservan<strong>do</strong> o mesmo nível salarial de 300 florins, apenas 31/3 anos; deve-se, portanto, abreviar a duração média <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> para 3 1/3 anos.E ainda que só tivéssemos 500 milhões de florins, mesmo então ainda poderíamoscomprar toda a mão-de-obra, mas apenas para 1/3 ano; mediante uma abreviaçãoainda maior <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> de produção, teríamos de cuidar que o pequeno estoquede bens presentes fosse renova<strong>do</strong> com os novos frutos da produção já depois daquel~curto prazo.E, pois, sempre possível, com estoque de bens disponível, comprar toda a mãode-obra;razões poderqsas que zelam para que essa possibilidade sempre se transformeem realidade. 14 E que entre capitalistas e trabalha<strong>do</strong>res - salvo exceções extremamenteraras - as condições econômicas para a realização de uma troca sãoextraordinariamente favoráveis. Os trabalha<strong>do</strong>res precisam de bens presentes comurgência, e com seu trabalho nada ou quase nada podem fazer por conta própria:por isso, até o último homem, preferirão vender barato seu trabalho a não vendê-lode forma alguma. Coisa semelhante vale também para os capitalistas. Conformesuas próprias condições de necessidade e de cobertura, para eles seus bens presensuaprodução em certo esquema bem determína<strong>do</strong> e em to<strong>do</strong> caso opera nesse perío<strong>do</strong> de produção, correspondentea esse esquema igualmente determino<strong>do</strong>. A reaHdade não é assim. Mesmo que os contornos externos da empresa. as instalações,o número e o tipo de auxiliares e similares sejam fixos e bastante duráveis, dentro desse quadro fixo são possíveisuma série de alterações pouco visíveis, com as quais também o perío<strong>do</strong> de produção se altera Significativamente Por exemplo,na mais simples oficinD de sapateiro a cumpra de um novo instrumento feito a máquina, a compra de peças de couromanufaturadas em grande quantidade ou, em to<strong>do</strong> caso, a compra de máquinas que economizam trabalho. taIs como máquinasde costura e similares, significam um proiongamento expressivo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> de produção. É verdade que na própriaoficina <strong>do</strong> sapateiro nada ~e nota que a produção <strong>do</strong>s sapatos agora se tornou mais demorada. Mas isso é nota<strong>do</strong> tantomais naqueles estágios preparatórios da produção nos quais, devi<strong>do</strong> à procura <strong>do</strong> sapateiro - naturalmente não <strong>do</strong> sapateiroindividual, mas certamente de muitos deles -, agora se tem de investir a longo prazo forças produtivas origináriasna construção de máquinas, nas fundações de fábricas e similares. Portanto, o sapateiro pode, atenden<strong>do</strong> à sua necessidadede meios operacionais desta ou daquela maneira, causar na realidade um prolongamento ou uma abrev:ação <strong>do</strong> perío<strong>do</strong>global de produção: naturalmente, ele a<strong>do</strong>ta aquela opção que. conforme a situação, lhe for economicamente maisvantajosa. Se, por exemplo, o salário <strong>do</strong> trabalho for muito eleva<strong>do</strong>. preferirá couro processa<strong>do</strong> a máquina, instalar emsua própria oficina uma máquina de costura, e assim por diante; em outras palavras, bem conforme aquilo que está descritono texto, preferirá prolongar o perío<strong>do</strong> de produção, ao passo que, se ° salário <strong>do</strong> trabalho estiver baixo, ele preferirá empregardiretamente o trabalho manual barato, ou seja. no que depender deie. manter curto o perío<strong>do</strong> de produção13 Na pressuposição de uma produção organizada em estágios. na qual, como se expõe na página 399 er seqs. e no "Excurso"XIV, o fun<strong>do</strong> inicial só precisa conter a subsistência para meio perío<strong>do</strong> de produção. 5a Iz, Beitraege lur Geschichteund Kritik der Lohnfondstheorie (1905), p. 180 et seqs.. entenoe erroneamente a passagem <strong>do</strong> texto acima de uma formatão estranha quanto expressamente contrária à minha teoria, como se com um encurtamento <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> de produçãose pudesse assegurar não somente a compra de toda a oferta de trabalho, mas ao mesmo tempo também sempre uma"grandeza desejodd' <strong>do</strong> salário, suficiente para as necessidades <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res: será que Salz não leu as páginas seguintesde meu texto?14 Por certa observação feita em sua crítica, op.cit., p. 181, Salz deve ter passa<strong>do</strong> por Cima também dessa frase.tes - que :2uma some. _::..1preferirão ::-:lnhar algur ~forma cor: irealmente ·.ecembora se:~ -2tre estoque :.zas se cor;:!desempreç::.:'~tação <strong>do</strong> q":2a isso - e. (,:1der de cor.::!país mais ;:::Jo mesmo ::':':1sempre se :2',nização. CL:e :1é a produç~=<strong>do</strong> trabalhePoder.:: ~.a oferta de ~~passa a hc·. ,,:­para a grc::.:€compra<strong>do</strong>. C:.dução ta! q:..esuficiente. ex.Jtoda a quar_::cmais curto ::;já não se :::'1resulta<strong>do</strong> ~e:-:aque não p:.:.Mas cc:-:-. ise atende, r~com muif.~~::-:capital ind':::.:::sistência dL::-~lho for alro c ~pode-se pc;::':ou com ur.: Seanual de 6'=':500 florif'~ :.realidade) :~-:;~mação de ;:"­15 Se, por e:-.-::-: :anuais - e :' ::~:: ~:,:de <strong>do</strong>is milt-~~, :~ ,a<strong>do</strong>tar um ;'2:-"":: ~três anos. sé 3-': :;:r1/2 milhão :~ :-"-"'sua vez, e cc-:- _­trabalha<strong>do</strong>r",;: : _-;:­mente, tam}:: -:­

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