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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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CAPITAL SOCIAL E CAPITAL PRIVADO 113Tanto o fato de que o prolongamento das vias de produção indireta conduz a--a.iores resulta<strong>do</strong>s, quanto o fato de que esses resulta<strong>do</strong>s maiores costumam dimi­_ir a partir de determina<strong>do</strong> ponto, já foram anota<strong>do</strong>s e reconheci<strong>do</strong>s no âmbito:3 Economia Política ~ na maioria <strong>do</strong>s casos dentro de um mo<strong>do</strong> de falar diferenc.inspira<strong>do</strong> na gíria da "teoria da produtividade". Quem, em seu tempo, assinalou:ôses fatos com maior imparcialidade foi Thünen ao ensinar que, aumentan<strong>do</strong> cons­'::ttemente o capital, o capital superveniente ainda ajuda certamente a aumentarproduto <strong>do</strong> trabalho, mas em grau sempre menor. 10 Ele mesmo construiu sobre"ôsa base real a conhecida <strong>do</strong>utrina de que o montante <strong>do</strong>s juros de capital está,,:11 função da produtividade da última parcela de capital empatada no emprego menos-2n<strong>do</strong>so, e foi na esteira dessa <strong>do</strong>utrina que esses conhecimentos reais ganharam':. adesão <strong>do</strong>s círculos mais vastos. 11 Acontece que esses conhecimentos ~ de acor­:::0 com a moda então vigente ~ foram forçadamente traduzi<strong>do</strong>s nas maneiras de.er e de expressar da teoria da produtividade, o que teve como resulta<strong>do</strong> os mais3.mentáveis equívocos e confusões. 12 Ao empenhar-me, também aqui, em resta­=elecer novamente os fatos em toda a sua simplicidade, fi-lo atenden<strong>do</strong> à tarefa que--:1e propus nesta seção.No fun<strong>do</strong>, é evidente que a produção capitalista de bens de consumo, também=Juan<strong>do</strong> é praticada por vias indiretas atravessan<strong>do</strong> várias etapas, nem por isso dei­.;a de ser um processo de produção único, composto de etapas internamente liga­:ias entre si. Tanto o trabalho que produz os produtos intermediários ~ queremos:ienominá-lo, com Rodbertus,13 trabalho indireto ~ quanto o trabalho que <strong>do</strong>s e:::om os produtos intermediários produz o bem de consumo deseja<strong>do</strong> (o trabalhodireto) constituem uma parte da produção <strong>do</strong> bem de consumo. Da produção demadeira faz parte não somente o trabalho de cortar a madeira no mato, mas tambémo <strong>do</strong> metalúrgico que fabrica o macha<strong>do</strong>, o <strong>do</strong> carpinteiro que lhe prepara ocabo, o <strong>do</strong> mineiro que extrai o minério com o qual é fabrica<strong>do</strong> o aço <strong>do</strong> macha<strong>do</strong>,e assim por diante. Não há dúvida de que nosso moderno sistema de ocupaçõesespecializadas separa, na aparência externa, o processo da produção, que é uno,em um sem-número de unidades aparentemente independentes entre si; mas b teóricoque quiser compreender o processo de produção econômcio-social em sua unidadereal, evidentemente não pode deixar-se enganar pela aparência e precisa recompornovamente em seu espírito a unidade da obra de produção, obscurecida pela divisão<strong>do</strong> trabalho. Um <strong>do</strong>s méritos básicos de Rodbertus é ter feito isso de maneiramagistral. 14recida pelo nosso conhecimento técnico atual. para incremEJJ::a:-:: :-esulTa<strong>do</strong> técnico. A explicação corrente é esta: por faltade capital. Com efeito, com a quantidade limitada de capita: de :;'J€ c!spomos só podemos aproveitar. dentre as infinitasoportunidades de aplicação que compensam, as mais COmpe:l5ê:''::Jras. deven<strong>do</strong> ficar para trás a multidão de apiicaçõesmenos compensa<strong>do</strong>ras, mas que mesmo assim não deixam de corr.pensar. Essa explicação não é plenamente exata. masé correta ao menos no principal. Por isso, podemos contentar-nos com ela at,~ adquirirmos - o que acontecerá em outrocontexto - uma compreensão plenamente exata dessa situação10 Der isolierte Staat. 3 a ed., Parte Segunda, Seção I, p. 97 et seqs.. ver sobretu<strong>do</strong> a tabela. à p. 101 e a reimpressão daúltima edição precedente (Sammlung sozialwissenschaftlicher Meister. v. XIII). 2' ed Jenc. 1921. Parte Segunda. p 501et seqs. (aqui. sobretu<strong>do</strong> Tabela A da p. 507).11 Por exemplo, ROSCHER Grundlagen. § 183; MANGOLDT VolkswirtschaftslehIC' 1808. p. 432 et seq.; MITHOFF Manualde Schoenberg. 2" ed., p. 663; e muitos outros Jevons (Theor~J of Political Economy 2' ed.. p. 277) chegou porconta própria a teses bem parecidas12 Sobretu<strong>do</strong> a "produtividade técnica" ou "física", baseada na realidade - isto é, o fato de que. com o auxíiio de capital,se pode produzir mais produtos <strong>do</strong> que sem ele -, foi preconceituosamente confundida com uma Wertproduktivitaet <strong>do</strong>capital, isto é, com uma suposta força <strong>do</strong> capital, de produzir mais valor <strong>do</strong> que o que ele mesmo possui Ver minha Geschichteund Kritik. 2" ed., p. 130 et seqs., 156 et seqs., e 4" ed., p. 96 et seqs.. 125 et seqs.13 Das Kapital. p_ 236 et seqs14 Em época mais recente foi especialmente J. B. C lark que com vigor e plasticidade dificilmente superáveis ilustrou osnexos internos que interligam as diversas etapas que compõem o processo de produção econômica nacional estruturadano sistema de divisão <strong>do</strong> trabalho; ver sua Distribution of Wealth, 1899. passml. Valho-me de bom gra<strong>do</strong> desta oportunidadepara expressar o alto reconhecimento e admiração que tenho pela obra científica desse exímio autor, mesmo ten<strong>do</strong>que opor-me com toda a decisão a determinadas opiniões por ele expressas. Ao contrário, tenho de qualificar como lamentávelpasso atrás na. análise o fato de ultima~ente Cassei haver deliberada e conscientemente coloca<strong>do</strong> de novo as etapas

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