12.07.2015 Views

EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

208 o VALOR E O PREÇUtação uma validade apenas bem ampla dessas mfluências de lei, mas de forma algumauma validade exclusiva e absoluta que não padece exceção, e por issopermanecem de pé, mesmo que não permanecesse de pé a validade exclusiva deinfluências puramente he<strong>do</strong>nistas.Alguns autores mais recentes têm tira<strong>do</strong> da indefinição de certos problemas psicológicosbásicos e da independência - reconhecida também por eles - <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>sessenciais da teoria <strong>do</strong> valor econômico em relação a determinada soluçãodesses problemas básicos, uma conseqüência à qual pessoalmente não gostaria deaderir. Querem eles banir totalmente da teoria <strong>do</strong> valor da Ciência Econômica amaior parte da fundamentação psicológica da teoria econômica <strong>do</strong> valor, alegan<strong>do</strong>que ela pertence objetivamente a uma ciência estranha, a Psicologia, e é dispensávelna parte da explicação que compete obrigatoriamente à Economia Política. Assim,CuheF3 quer que a Ciência Econômica pare já na constatação da existência<strong>do</strong> que chama de "desejos de utilização", ou seja, <strong>do</strong>s desejos de utilizar os bens eas forças neles contidas, os pressuponha, juntamente com sua intensidade, como"grandezas preexistentes", não se deven<strong>do</strong>, porém, voltar aos "desejos de bem-estar",<strong>do</strong>s quais derivam os desejos de utilização, ou ao menos não se volte em hipótesealguma aos sentimentos de prazer e de <strong>do</strong>r, que suscitam os desejos de bem-estar,deven<strong>do</strong>-se deixar às ciências confinantes com a Economia a investigação dessascausas mais remotas <strong>do</strong>s desejos de utilização. Numa linha semelhante, tambémSchumpeter 74 quer restringir a parte explicativa que cabe propriamente à EconomiaPolítica teórica,De mo<strong>do</strong> algum quero negar que aqueles fundamentos psicológicos mais profun<strong>do</strong>sque estão à base da avaliação <strong>do</strong>s bens, dentro de uma óptica de camposcientíficos delimita<strong>do</strong>s com rigor, deveriam realmente ser atribuí<strong>do</strong>s materialmenteà Psicologia, e não à Economia Política, Mas por outro la<strong>do</strong> também é verdade quea divisão <strong>do</strong> trabalho entre as ciências não pode existir sem união de forças no trabalho.Não se pode interromper, como que por um corte abrupto, os processos deexplicação exatamente na linha divisória de uma ciência; pelo contrário, deve-se construiruma ponte de ligação por sobre a linha divisória; na maioria <strong>do</strong>s casos a disciplinamais especializada terá de entrar ainda um pouco ou um pouquinho na disciplinaconfinante mais geral, pois dificilmente se pode esperar que a disciplina mais geralestenda seus trabalhos a todas as disciplinas confinantes especializadas. Por essa razãoa Economia Política tem de seguir os processos de avaliação <strong>do</strong>s bens - que,iI certamente são fenômenos econômicos com enraizamento na Psicologia - até sua:: '111 ~. I I~ Ie~: 'I!: Iraiz, até ao ponto em que a explicação apresentada possa tornar-se compreensívelconvincente. Ora, isso não é inteiramente possível sem alguma ultrapassagem dedivisas. .Essa ultrapassagem de divisas entre as ciências poderia permanecer tanto menorquanto mais exata e cuida<strong>do</strong>samente a Psicologia já tivesse, de sua parte, elabora<strong>do</strong>os afluentes de suas explicações que levam ao setor econômico limítrofe eos tivesse adapta<strong>do</strong> para a ligação das explicações especificamente econômicas. Infelizmente,porém, a Psicologia - ao menos até época mais recente - tem facilita<strong>do</strong>muito pouco nossa tarefa nesse senti<strong>do</strong>. Pelo contrário, é um fato conheci<strong>do</strong> eadmiti<strong>do</strong> até pelos psicólogos, que o que ocorre é antes o inverso: foi a Psicologiaque primeiro recebeu o estímulo por parte das ultrapassagens de divisas efetuadas,por necessidade, pelos teóricos da Economia Política que pesquisaram o valor, nointuito de elaborar sistematicamente seu setor confinante com a teoria econômica: ••. --:J-: :;.~':.• _....J- :-.:: ';: _J:.:~-- =::..z •73 Lehre von den Beduerfníssen lnnsoruck, 1907. § 68 et seqs,74 Wesen und Hauptinha/t der theoretischen NationaJoekonomle. passim, por ~xemplo p. 29 et seqs., 76 et seqs.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!