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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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352 o JUROOu como imaginar que, no Esta<strong>do</strong> socialista, se equipare em valor um brotinho recentede carvalho, que só dentro de 200 anos será um valioso tronco de carvalho,a um vigoroso tronco de carvalho presente? Também a economia nacional centralizadaque dirige a produção nacional tem de basear todas as suas medidas numaavaliação diferente <strong>do</strong>s bens presentes e <strong>do</strong>s bens futuros, se as medidas não quiseremser totalmente erradas e monstruosas. Com efeito, se não desse valor menora bens futuros, teria de considerar mais compensa<strong>do</strong>ra uma produção que prometeum número maior de unidades de produtos em futuro remoto <strong>do</strong> que uma produçãoque proporciona um número menor de unidades no presente ou no futuro próximo,e por isso sempre teria de dirigir as forças produtivas existentes para as metasde produção tecnicamente mais produtivas e desmedidamente remotas. Naturalmente,com isso - analogamente ao que descrevemos acima 69 - se teria no presente situaçãode necessidade e carestia e a direção da economia nada teria de fazer commais urgência <strong>do</strong> que anular a providência errada que tomara no senti<strong>do</strong> de darà minoria <strong>do</strong>s bens presentes a preferência diante <strong>do</strong> excesso de bens futuros, e conseqüentementefornecer a prova de que a diferença entre bens presentes e bensfuturos é um fenômeno econômico elementar que independe de todas as instituiçõeshumanas.Estan<strong>do</strong> prova<strong>do</strong> que também no Esta<strong>do</strong> socialista é normal atribuir valor maioraos bens presentes, também se compreende automaticamente que. se houver trocaentre uns e outros, esta não pode ocorrer em pé de igualdade, senão que, exatamentecomo acontece na organização econômica atual, os bens presentes, que têmmais valor, têm direito a um ágio e o recebem efetivamente. O aparecimento <strong>do</strong>ágio - e, portanto, o aparecimento <strong>do</strong> juro em sua forma mais autêntica - só poderiaser coibi<strong>do</strong>, suprimin<strong>do</strong> toda e qualquer oportunidade que leve a ele: em outraspalavras, erradican<strong>do</strong> pura e simplesmente a venda de bens presentes por bensfuturos.Isso certamente se tentaria fazer no Esta<strong>do</strong> socialista, em extensão bastante ampla.Na medida em que aqui está excluída toda posse privada de meios de produção,também seria excluída toda produção por conta de indivíduos, e conseqüentementese eliminaria além disso a oportunidade de pessoas privadas compraremas merca<strong>do</strong>rias futuras trabalho. usos da terra, bens <strong>do</strong> capitaL e já que em qualquerhipótese se proibiria também o empréstimo a juros, estariam com sucesso estancadasas duas fontes principais de que hoje derivam juros para pessoas privadas.Mas permaneceriam ainda abertas algumas oportunidades, a não ser que se queirachegar ao ponto de proibir pura e simplesmente qualquer troca entre pessoas privadas.Por exemplo, caso se admita livre troca com bens de uso de longa duração,imediatamente o ágio e o juro entram sorrateiramente pela portinhola traseira queficou aberta. Se. por exemplo, um bem durar 100 anos e se o serviço anual porele presta<strong>do</strong> (o presente) valer 1 000 florins, ninguém quererá pagar por esse bemum preço atual de 100 000, preço no qual seria paga com nada menos de 1 000florins atuais também a centésima prestação de serviço. que talvez só beneficiariaos netos ou os bisnetos. No momento, porém, em que o preço de compra for calcula<strong>do</strong>em menos de 100 000 florins, o <strong>do</strong>no recebe com o correr <strong>do</strong> tempo um rendimentoque ultrapassa o valor de compra e embolsa o excedente como autêntico juro.Todavia, muito mais importante <strong>do</strong> que tais recebimentos esporádicos de jurospor parte de pessoas privadas é o fato de que no Esta<strong>do</strong> socialista a própria economiacoletiva aplicaria e teria de aplicar, em relação aos membros <strong>do</strong> povo, o princípio<strong>do</strong> juro. a prática de fazer uma dedução <strong>do</strong> produto <strong>do</strong> trabalho, hoje censuradacomo "exploração". Com efeito, o Esta<strong>do</strong> socialista, que possui to<strong>do</strong>s os meios de69Ver p. 332 el seqs.produçãc '~um salár:c :J<strong>do</strong>ria fUT'ci~:;"- por me::'.te a obje::.:Jum grupo :::"só daqui c. .2que outro ~

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