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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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EXTRATO DO PREFÁCIO À PRIMEIRA EDIÇÃO 23~8.alme para isso. Estou convicto de que não existe nenhum méto<strong>do</strong> de pesquisa que:.::er­se possa canonizar com exclusividade, senão que é bom to<strong>do</strong> méto<strong>do</strong> que no caso3';ésconcreto leve a atingir o objetivo <strong>do</strong> conhecimento. Ora, de acor<strong>do</strong> com a natureza;~';eisdiversa <strong>do</strong>s problemas individuais com que nos deparamos, o méto<strong>do</strong> bom pode-:zarser ora este, ora aquele. De minha parte, acredito ter utiliza<strong>do</strong> aquele méto<strong>do</strong> de....HOpesquisa que é o mais adequa<strong>do</strong> à natureza especial <strong>do</strong>s problemas teóricos relati­~ JUvosao capital: abstrato na forma, porém empírico na sua natureza; aliás, assim me.a-parece, empírico em senti<strong>do</strong> mais verdadeiro <strong>do</strong> que pretendem vê-lo as investigaçõesda Escola Histórica orientadas para atingir o mesmO' objetivo.:·:hiE agora uma segunda observação..:2 a As idéias básicas de minha teoria sobre os juros parecem-me ser extraordinaria­~::; a. mente simples e naturais. Se me tivesse Umita<strong>do</strong> a expor de forma concentrada apenas~aestesconceitos básicos, uns ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong>s outros, evitan<strong>do</strong> todas as explicitações ca­Ja!'asuísticas de detalhe, teria apresenta<strong>do</strong> uma teoria que, por ser pouco extensa, teria2roda<strong>do</strong> a impressão de uma grande simplicidade, beiran<strong>do</strong> a evidência. Sem dúvida,5~laisso representaria uma vantagem para efeito de convencer os leitores. Renunciei aasessa vantagem a contragosto, mas após madura reflexão. Precisamente na teoriapor<strong>do</strong> capital, com relação à qual já foram apresentadas tantas opiniões com grandeê:aaparência de verdade - e que no entanto posteriormente se demonstraram falsas:'":)S-, tenho de esperar encontrar um público muito crítico; diria até que os meus leito­:ôSres melhores e mais cuida<strong>do</strong>sos serão provavelmente os mais críticos. Em tais con­'"-, ­,::,dições, pareceu-me ainda mais importante construir o edifício da minha <strong>do</strong>utrina":2­ de mo<strong>do</strong> que ele seja antes seguro, e depois fácil e agradável. Eis por que decididaa.mente preferi onerar o meu texto com numerosas demonstrações que descem aos2Sdetalhes, com um grande número de exposições exatas de números e similares, a.:Odeixar margem a dúvidas e equívocos em pontos críticos.Há sobretu<strong>do</strong> uma circunstância que me fez optar por esta via. Em toda teoriaC::õde certo porte e de certo grau de dificuldade existem pontos cuja explicação, devi<strong>do</strong>";:::.,::r-"­a certas peculiaridades casuísticas, não é muito fácil dar nem mesmo quan<strong>do</strong> já éceconheci<strong>do</strong> o princípio geral que leva à sua solução. Ora, casualmente são bastante::2 numerosos tais pontos nas teorias <strong>do</strong> valor e <strong>do</strong> capital, tão aparentadas entre si.L- Exatamente na teoria <strong>do</strong> valor eu havia feito a experiência para saber até que pontoL> questões não esclarecidas desse gênero podem interpor-se como obstáculos à acei­:c tação da teoria geral mais bem fundamentada; com efeito, estou convenci<strong>do</strong> de quec­ se deixou de aceitar por tanto tempo as opiniões corretas sobre a natureza e as leis2­ <strong>do</strong> valor <strong>do</strong>s bens somente porque se deparou com vários fatos salientes que pare­25 ciam, a uma análise sumária, contradizer essas opiniões, quan<strong>do</strong> na verdade estasv::eram apenas casuisticamente complexas. Para não expor à mesma sorte a minha~,~teoria <strong>do</strong> capital, procurei responder de antemão a objeções desse gênero, recor­"- ren<strong>do</strong> a excursos apropria<strong>do</strong>s. Obviamente não fiz isso com todas as objeções imaegináveis, mas somente com aquelas cujo aparecimento me parecia provável em set­ tratan<strong>do</strong> de leitores críticos, e que ao mesmo tempo se me afiguravam suficiente­Emente difíceis, a ponto de postularem um esclarecimento especial; de qualquer forma,esta oportunidade de desviar a atenção para os detalhes se me apresentou maisrica <strong>do</strong> que gostaria para a exposição corrente da minha teoria.Por tu<strong>do</strong> isso minha teoria teve que aceitar uma conseqüência que soa tão para<strong>do</strong>xalquanto é natural: precisamente devi<strong>do</strong> ao esforço que fiz para eliminar asdificuldades, minha teoria acabou apresentan<strong>do</strong>-se com certa aparência de complexidade.Muitos <strong>do</strong>s meus leitores decerto teriam passa<strong>do</strong> desapercebidamente e, por­:anto, sem preocupação ao la<strong>do</strong> de tantos escolhos difíceis; na medida, porém, emJue eu mesmo assinalo esses escolhos e procuro contorná-los por um caminho se­;uro mas trabalhoso, inegavelmente to<strong>do</strong> o meu itinerário de conhecimento se tor­

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