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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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26 INTRODUÇ,'\'Opossa parecer, encerra um preconceito que impede, a to<strong>do</strong> aquele que o en<strong>do</strong>ssar,de analisar com objetividade os problemas <strong>do</strong> capital. Se não outra coisa, ao menoso fato de que a palavra capital nem sequer é empregada exatamente na lJlesmaacepção nas dups séries de fenômenos deveria pôr-nos de sobreaviso, Sem dúvida,to<strong>do</strong> 'capital" que serve como meio de produção é também capaz de produzit~,urosde capitaL mas não é verdadeiro o inverso, Uma casa residencial, um cavalo Pêtraaluguel. uma biblioteca cuja finalidade é emprestar romances para leitura, rendemjuros de capital ao proprietário, e no entanto nada têm a ver com a produção denovos bens, Se, pois, o conceito de capital da <strong>do</strong>utrina sobre os rendimentos abrangeobjetos que de forma alguma constituem capital no senti<strong>do</strong> de fator de produção,isso já indica que o fato de render juros não pode sem mais nem menos seruma manifestação da força produtiva <strong>do</strong> capital. Num caso e no outro, não nos defrontamosaquicom uma única força motriz que apenas produziria seus efeitos emdireções diferentes: nem sequer podemos falar, no caso, de <strong>do</strong>is grupos de fenômenosque estariam tão intimamente uni<strong>do</strong>s entre si que a explicação de um passariaplena e totalmente pela explicação <strong>do</strong> outro: o que há são duas séries de fenômenosdistintos, sen<strong>do</strong> que no ponto médio entre eles estão duas coisas que diferemconsideravelmente entre si, e que fornecem material para problemas científicos igual·mente distintos, cuja solução final se deve buscar da mesma forma por vias distintas;o que acontece é apenas que os problemas, objetivamente diferentes por casualidades,estão liga<strong>do</strong>s ao mesmo termo, capital. Possivelmente, além da identidade90 termo, haja ainda várias relações internas entre as duas séries de fenômenoSe de problemas: nossa pesquisa deve ressaltá-las e fá-Io-á mais adiante. Aconteceque precisamos primeiro detectar essas relações e não supô-Ias; e se não quisermosrenunciar de antemão a pesquisar e descobrir de mo<strong>do</strong> imparcial, temos decomeçar nossa investigação livres de qualquer opinião pré-concebida sobre a questãode se deve ou não haver uma identidade, ou ao menos um paralelismo exatoentre a atividade produtiva <strong>do</strong> capital. de um la<strong>do</strong>, e sua força produtiva de juros,de outro.Já que os <strong>do</strong>is problemas são objetivamente independentes, também devemser trata<strong>do</strong>s em separa<strong>do</strong> nesta obra. Um livro desta obra desenvolverá a teoria <strong>do</strong>capital como meio de produção. outro desenvolverá a teoria <strong>do</strong>s juros <strong>do</strong> capital.Antes disso, porém, queremos - e também iS~iO será feito em uma parte própriae independente - procurar entender o conceito e a natureza deste algo a que secostuma dar o nome polivalente de capital, e que, devi<strong>do</strong> a uma abundância pordemais pródiga de explicações e interpretações, em torno dele tecidas por váriasgerações científicas, hoje está quase mais obscureci<strong>do</strong> <strong>do</strong> que esclareci<strong>do</strong>.(

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