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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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cxSóCONCEITO E NATUREZA DO CAPITALI:'I:.cept of capital de Clark em adepto dele, e ilustra a mudança ocorrida especialmentecom o fato de que, se anteriormente Fisher "considerava uma soma de objetos concretoscom base em inventário ou em uma descrição de acor<strong>do</strong> com qualidadesfísicas, não somente como uma soma-capital, mas até como a soma-capital primáriae essencial", agora continua a empregar o termo capital para somas de bens dessegênero apenas por mera formalidade, voltan<strong>do</strong> a sua atenção quase queexclusivamente para o "conceito de capital-valor".114Constato com satisfação que Fisher sentiu a necessídade de, numa ocasião posterior,afastar-se dessa concepção, ao menos em certa extensão. 115 Numa declaraçãoainda mais recente repetiu de maneíra particularmente enfática algumasexplicações que concordam com a concepção por mim considerada correta: 116 mastu<strong>do</strong> isso sem aban<strong>do</strong>nar claramente a concepção clarkiana e, em particular, semretirar qualquer palavra daquelas explicações que reforçam explicitamente sua adesão,no mínimo parcial, a Clark, e, finalmente, sem de qualquer forma explicitar?medida dessa sua adesão parcial expressa. Assim sen<strong>do</strong>, também Fisher não r(ostira dessa obscuridade insatisfatória que me fez exprimir a queixa acima sobre a poucanecessidade que os autores que se inclinam para a concepção de Clark sentem deexplicar melhor sua posição.Acredito que haveria um ganho substancial para a inevitável discussão ulteriorsobre o assunto se os respectivos autores, mediante uma espécie de exame de consciência,antes de tu<strong>do</strong> se obrigassem a uma autoconfissão sobre uma questão fundamental,e depois se ativessem firmemente, sem titubear, a essa sua decisão, emtodas as outras conseqüências: isto é, sobre a questão de se o "capital, fator de produção",a partir de cujos efeitos reais explicamos tantos eventos objetivos da produçãoe da distribuição, na opinião deles tem um valor, ou é um valor.Talvez essa decisão seja facilitada por uma última observação, à que me impelea situação literária de rara complexidade. Fisher fala, no lugar supracita<strong>do</strong>, de umaacentuada antítese entre capital-bens e capital-valor, a qual se fundamentaria no fatode o capital-bens ser medi<strong>do</strong> em unidades diversas, de acor<strong>do</strong> com sua naturezaespecial, como, por exemplo, bushels de trigo, galões de óleo, acres de terra e similares,ao passo que o capital-valor seria medi<strong>do</strong> em um mo<strong>do</strong> único e uniforme,por exemplo, em dólares ou em outras unidades adequadas de valor. Penso queessa antítese não está colocada corretamente. Com uma virada completamente imperceptívelna maneira escolhida de expressar-se, ela emaranha os elementos <strong>do</strong>mesmo grupo. No primeiro termo da comparação, onde a medição é feita com baseem diversas propriedades físicas <strong>do</strong>s bens, no seu volume, na extensão da sua superfície,no seu peso e similares, Fisher fala em uma medição <strong>do</strong>s bens; no segun<strong>do</strong>,onde se mede o valor <strong>do</strong>s bens, não fala em medição <strong>do</strong>s bens, mas somentede medição <strong>do</strong> valor. Ora, para que houvesse paridade verdadeira, Fisher ou deveriater contraposto à medição <strong>do</strong>s bens-capital pelo volume, peso, superfície e similares,no primeiro termo, a medição <strong>do</strong>s bens-capital pelo volume, peso, superfíciee similares, no primeiro termo, a medição <strong>do</strong> capital-bens de acor<strong>do</strong> com seu valorno segun<strong>do</strong> termo, ou então, se - o que não considero provável - devi<strong>do</strong> a ume114 Journal of Political Economy, Março de 1907, p, 129 e 135,115 "Professor Fener on <strong>Capital</strong> and Incame". In: Journal of Political Economy, v. XV, na 7 (julho de 19071, p. 423.116 "Are Savings Income?- In: American Economic Association Quarterly, 3" Série, v. IX, na 1 (abril de 1908), p. 21-22"The phrase capital·goods is used in the sense of any stock of wealth ar property existing at an instance of time. The valc,of such stock is caUed capital-ua[ue. The terro "'capital" is used as an abbreviotion of capita/- uo/ue".aa ~O termo capital-bens é usa<strong>do</strong> no senti<strong>do</strong> de qualquer estoque de riqueza ou propriedade que exíste em um instar.:~de tempo. O uQ/or de tal estoque é denomina<strong>do</strong> capital-valor. O term O 'capital' é emprega<strong>do</strong> como uma abreuiação ::capital·valor (N. <strong>do</strong> T)

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