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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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316 o JUROaté que a limitação da oferta tivesse eleva<strong>do</strong> novamente o preço <strong>do</strong> produto para7,5 florins futuros = 6 florins presentes. Nessa situação - que pode durar -, emborao bem produtivo tenha recebi<strong>do</strong> seu valor de 6 florins de uma utilidade marginalpertencente ao âmbito <strong>do</strong> presente, sem nenhuma dedução, permanece margemsuficiente para um aumento <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> produto futuro.Coisa bem análoga ocorre com o valor e o aumento de valor no caso daquelesexemplares que foram investi<strong>do</strong>s na produção de dez anos de duração. No momento,eles valem 6 florins, avalia<strong>do</strong>s pela utilidade marginal comum. O produto deles,a ser consegui<strong>do</strong> dentro de dez anos - no caso de uma produção de 200 exemplares-, valerá 12 florins a unidade. Isso permite não somente possibilitar o aumentonormal de valor, de 5% ao ano, portanto para dez anos, de aproximadamente 2/3<strong>do</strong> valor inicial, de 6 para 10 florins, mas também para garantir - ao menos deinício - um ganho para o empresário. Mesmo que este desapareça mais adiante,em razão da concorrência, o valor <strong>do</strong> produto futuro em to<strong>do</strong> caso permaneceráem 10 florins e dessa forma garante em caráter durável a margem para o aumentonormal de valor, o qual produz o usual juro <strong>do</strong> capital.Vê-se, portanto, que, embora to<strong>do</strong>s os exemplares tenham si<strong>do</strong> avalia<strong>do</strong>s nomesmo valor, esse valor uniforme assegura para cada um <strong>do</strong>s empregos possíveisexatamente aquela margem para um aumento de valor, de que cada emprego precisa,de acor<strong>do</strong> com o perío<strong>do</strong> de tempo necessário para que ocorra o resulta<strong>do</strong>pronto para o consumo: para o emprego que remunera de imediato, nenhuma margem;para a produção de cinco anos de duração, margem de mais ou menos 1/4;para a produção de dez anos de duração, margem de aproximadamente 2/3 <strong>do</strong>valor inicial. Talvez garanta até margem maior, que então produzirá um prêmio parao empresário; de qualquer forma, porém, garantirá aproximadamente a margemque acabamos de mencionar, E pelo que dissemos é muito fácil explicar essa harmonia.Atribuin<strong>do</strong> o valor presente para o bem versátil, seus possíveis empregosno futuro foram reduzi<strong>do</strong>s de antemão ao valor presente. Isso quer dizer que essasutilidades futuras foram submetidas a um desconto que estava na proporção diretaà sua distância temporal. Agora empregos futuros não são de maneira alguma considera<strong>do</strong>seconomicamente permissíveis a menos que, primeiro, seu valor presentereduzi<strong>do</strong> seja ao menos igual ao valor <strong>do</strong> bem estabeleci<strong>do</strong> e a menos que, segun<strong>do</strong>,sua importância futura efetiva exceda pelo menos esse valor pelo montante <strong>do</strong>desconto deduzi<strong>do</strong> pro rata temporia. Dessa maneira esse procedimento garante deantemão a cada um desses empregos a margem necessária para o crescimento peloqual será recoberto o valor desconta<strong>do</strong>. A passagem <strong>do</strong> tempo os reinstala na elevaçãoda qual haviam si<strong>do</strong> tira<strong>do</strong>s pelo desconto. A distância para cima e para baixoé todavia pequena no caso de empregos de pequena duração, os quais precisamrender poucos juros; eles estão correspondentemente mais longe em empregos remotos,os quais devem render grandes juroS. 21O que acontece em pequena escala em nosso exemplo trivial sucede em grandeescala na vida econômica real. O investimento não é de alguns poucos milhares,mas milhôes de unidades de meios de produção, milhôes de dias de trabalho, milhõesde toneladas de carvão e de ferro, e os possíveis setores de emprego, em vezde <strong>do</strong>is ou três, serão centenas ou milhares e cada um deles terá um perío<strong>do</strong> de---·'-1­" -.::'=1: _-': 5l;-- =;s.~:~:J-::~~':t-=-=-= ::i:_:'=':K21 Varian<strong>do</strong> os números <strong>do</strong> exemplo, o leitor pode com muitâ facilidade convencer·se de que se obtém exatamente o mesmoresulta<strong>do</strong> também se a utilidade marginal que determina o valor não estiver no ãmbito <strong>do</strong>s empregos que remuneram nomomento, mas naquele <strong>do</strong>s empregos produtivos. A única diferença é que nesse caso as chances de um ganho temporárioem razão da conjuntura se alteram um pouco entre os diversos setores de emprego. Aquela produção que produz exatamentea ·utilidade marginal" não traz ganho de conjuntura, ao passo que tal ganho é possível, temporariamente, nos em·pregcs a serviço <strong>do</strong> presente e nos outros selores de produção.-,- ,~- .:I.:

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