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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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­58 COJ\CEITO t NATUREZA DO CAPITALé sumamente desejável cunhar um conceito especial também para esta última: isso1iiiIse faz de forma não inadequada - embora não seja esta a única maneira possível~-. engloban<strong>do</strong> no conceito de "capital" os "produtos intermediários" que surgem :mIna execução <strong>do</strong>s caminhos indiretos de produção. _l]11Além disso. a solução que proponho é a mais conserva<strong>do</strong>ra. Não quero dar ~ &~,4'muita importância ao fato de que a própria história da origem <strong>do</strong> termo "capital"Caponta para uma relação com o lucro ou ganho, relação esta à qual a nossa inter­pretação permaneceu fiel. De qualquer forma, a dupla relação - por uma parte, •::J!com o rendimento de juros e. por outra, com a produção - foi introduzida porSmith no conceito de capital. e desde então foi mantida ininterruptamente no !in•1'iiIguajar científico. Não há. portanto, necessidade - o que certamente constitui umavantagem considerável - de conquistar a favor dela uma maioria de autores me­•Ilídiante uma revolução terminológica, uma vez que essa maioria - ao menos relati­ 1)va - já existe hoje, e ela poderia mais facilmente <strong>do</strong> que outra opinião rival ser !GIlreforçada até chegar a uma unanimidade, mediante a adesão de novos autores isentosde idéias preconcebidas. 49A esta associa-se a outra vantagem, a saber, evita-se interferir prejudicialmente .lna nomenclatura, alteran<strong>do</strong> os termos aplica<strong>do</strong>s às duas séries de problemas quehoje são trata<strong>do</strong>s sob o nome de capital. Tanto o capital "fator de produção" comoo capital "fonte de renda" conservam a sua denominação popular. Finalmente, parece­me também uma vantagem a não ser subestimada o fato de que, a despeito dadiferença objetiva existente entre o capital fator de produção e o capital fonte de-...,.renda, pela nossa interpretação não há necessidade de construir <strong>do</strong>is conceitos decapital totalmente estranhos um ao outro, que já não teriam de comum entre si mais-1IillI<strong>do</strong> que, digamos "gaio" com "gaiola". Pelo contrário, os nossos <strong>do</strong>is conceitos de capitalestão suficientemente correlaciona<strong>do</strong>s entre si para englobá-los formalmentenuma definição comum e para poder contrapô-los um ao outro, um como conceito...de capital no senti<strong>do</strong> mais vasto, o outro, na acepção mais restrita. Sem dúvida,..r:a relação que os interliga não é profundamente íntima, e pelo que acima expusei.=­mos nem pode sê-lo, pois ele repousa simplesmente na circunstância casual de que,'i!!I•49 A bem da verdade. devo observar que essa maioria era mais marcante na época da publicação da primeira edição dessaobra (1889) <strong>do</strong> que hoje. e que. sobretu<strong>do</strong> com base no esta<strong>do</strong> mais recente da literatura. já não posso manter plenamenteuma frase que pude escrever entâo. a sacer: "precisamente aqueles nutares que se têm ocupa<strong>do</strong> ex professo e eMmaior profundidade com a pesquisa <strong>do</strong> conceito de capital e <strong>do</strong>s problemas <strong>do</strong> capital chegaram. quase sem exceção. aelaborar exatamente o mesmo conceito de capi:al. ou ao menos um conceito que lhe está muito próxlmo". Com efeito.na época eu pOdIa inVOCar os sufrágios - que representam o mais recente estágio da literatura especializana - ne I" Cos­JIIiI!sa, Ricca-Salerno, Supino, Rodbertus. Wagner. Sax. Pierson. Gide e também o costume da literatura inglesa, que coincidia:11Iessencialmente com eles e ao qual se opôs apenas um continge:lte extremamente reduzi<strong>do</strong> <strong>do</strong>s especialistas de então nocampo da pes4uisa sobre o capital. Para ilustrar o esta<strong>do</strong> da "opinião pública" no tocan((> a esse nosso problema. pudena época citar as seguintes palavras de Kleinwachter (contidas na 2· ed. <strong>do</strong> Manual de Schoenberg. p. 210): "O uso lingüís­ll:'"tico hoje <strong>do</strong>minante na ciência considera COmo característica essencial que o capital é um instrumento material de produ­ ~çõo"; havia uma divergêncin apenas no tocante à questão de se a proprieriacle fundiária devia ser considerada capital ou.aI!..não. Contu<strong>do</strong>, a vivacidade extraordinár:a que se tem observa<strong>do</strong> no decorrer <strong>do</strong>s últimos vinte anos na elaboração literária~de todas as questões relacionadas com o tema "capital" se verificou também no campo das definições <strong>do</strong> capital e. comosói acontecer na arena de opiniões ainda em efervescênrla, tem leva<strong>do</strong> também aqui à colocação de numerosas opiniões~discordantes, também entre os "pesquisa<strong>do</strong>res especializa<strong>do</strong>s" no problema Entretanto, uma vez que estes discordam nãosomente da antiga maioria, mas também não menos entre sí mesmos - C. Menger. Marshall. Wicksell. Clark. I. Físhere Landry defendem, por exemplo. Cnda um uma definição diferente de capital -, o aparecimento deles por ora só levouà formação de uma série de minorias pequenas e dividldas, sen<strong>do</strong> ainda bem menor a chance que cada uma delas tem..de se transformar no ponto de cristalização para uma futura unanimidade das opiniões: tanto mais que, como ainda tereiOG1..$ião de expor, cada lima delas se presta a objeções críticas que para mim re;:>resentam obstáculos muito maiores para:iIII1'~sanar plenamente as inegáveis imperfeições de que padece o conceito tradicional de capitaL Todavia, c ele tem aderi<strong>do</strong>,-~..também neste último perío<strong>do</strong> de tempo. vozes tão numerosas e ponderáveis que ele é constantemente considera<strong>do</strong> pela"opinião pública" como o "<strong>do</strong>minante". Assim é que Philippovich afirma. na 6· ed. de seu muito difundi<strong>do</strong> Manual (1906).'1­..que "os conceitos de capital aqui explica<strong>do</strong>s podem ser considera<strong>do</strong>s como os que hOJe pre<strong>do</strong>minam na literatura de EconomiaPolítica": de forma semelhante fala Lexis no artigo "Kapital" <strong>do</strong> W6rterbuch der Volkswlrtschaft (1898). o qual fala~dele como sen<strong>do</strong> "a concepção científica atualmente mais difundida""í 'fi'1!'lI!!­:ai

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