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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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o VALOR 193~ ::ens pode mudar a compreensão dessas relações, e com isso tu<strong>do</strong> muda também a ava­-:- ..:po, liação que os bens recebem nos diversos estágios de seu itinerário de maturaçãoe:1to para o consumo. As variações provenientes dessa fonte podem - como é com­~=:lde preensível - ser ora fortes, ora fracas, poden<strong>do</strong> ora orientar-se para cima, ora parabaixo; são variações que não obedecem a regra alguma. Mas além dessas variações~::çaopercebemos também um desvio constante e regular da identidade total. Com efeito,:- ::da, podemos observar que, em uma proporção regular, o valor total de um grupo inteié~::lu­ro de ordem mais remota permanece um pouco menor que o valor de seu produto,-:- ::'5S0 e a grandeza dessa diferença de valor se gradua de acor<strong>do</strong> com a duração <strong>do</strong> interede-vàlo de tempo requeri<strong>do</strong> pela transformação <strong>do</strong> grupo de meios de produção em:':ooe­seu produto. Se, por exemplo, o valor <strong>do</strong> produto for 100, peja experiência o valorDor total <strong>do</strong>s meios de produção emprega<strong>do</strong>s para a fabricação <strong>do</strong> mesmo - trabalho,::: 'elo recursos da terra, capitais fixos e circulantes - é um pouco menos de 100: talvezJ de95, quan<strong>do</strong> o processo de produção dura um ijno inteiro, talvez 97 -98, quan<strong>do</strong> o·.alorprocesso de produção dura apenas meio ano. E nessa diferença de valor que está.3iora <strong>do</strong>bra na qual se esconde o juro <strong>do</strong> capital. Sua explicação é um problema à par­: :2ira te, que ainda nos ocupará bastante nas seções subseqüentes. Não podemos confundi­:emla com as afirmações feitas até aqui que têm por objeto a relação geral entre o valor: :jue <strong>do</strong>s meios de produção e seus produtos. Por essa razão, de momento quero abstrair! ::Jm totalmente da existência dessa diferença de valor.Na exposição feita até aqui, a lei <strong>do</strong> valor <strong>do</strong>s meios de produção foi desenvol­'JJ[Q­vida ten<strong>do</strong> por base a hipótese simplificante de que cada grupo de meios de produl._5gi-ção só admite uma utilização, bem determinada. Acontece que essa hipótese só set5' ­verifica, na vida real, em proporção muito limitada. Justamente os meios de produ­":os",ção se caracterizam, em grau muito maior <strong>do</strong> que os bens de consumo, por umaê-:ciaenorme multiplicidade. A grandíssima maioria <strong>do</strong>s meios de produção presta-se al:':OS" vários usos de produção diferentes, sen<strong>do</strong> que alguns deles - como, por ex,?mplo,;;c:no, o ferro, o carvão e sobretu<strong>do</strong> o trabalho humano - se prestam a milhares. E natu­::araral que precisamos levar em conta essas circunstâncias reais também em nossa pes­'.':lior quisa teórica, e examinar se por efeito delas sofre alguma modificação - e qual?·i...:;Jos -, a nossa Lei de que o valor de um grupo de bens de ordem mais remota é deter­2. no mina<strong>do</strong> pelo valor de seu produto.z:ãoVariemos com esse fim os pressupostos <strong>do</strong> exemplo típico. Alguém possui umc3u­estoque maior de grupos de meios de produção de segunda ordem (G 2 ). De cada: ::ie­ vez um desses grupos pode, à vontade, fabricar ou um bem de consumo da espécieI:..::osA ou um da espécie B, ou finalmente um da espécie C. Naturalmente, ele querp~oproveràs suas diversas necessidades de mo<strong>do</strong> harmônico e, por isso, de várias partesde seu estoque de meios de produção produzirá simultaneamente bens de con­1ê.~ar :ia­sumo de todas as três espécies, sen<strong>do</strong> que de cada uma fabricará de acor<strong>do</strong> com,':llorsua demanda. Se houver um provimento realmente harmônico, as quantidades de; JU- produção serão reguladas de mo<strong>do</strong> tal que, em cada espécie, <strong>do</strong> último exemplardependam necessidades de importância mais ou menos igual, e portanto a utilida­:t';a:de marginal de um exemplar seja aproximadamente a mesma. 48 A despeito disso,Idenão estão excluídas diferenças de utilidade marginal, e até diferenças consideráveis,uma vez que, como já sabemos,49 não é sempre uniforme e ininterrupta a seqüên­cia hierárquica das necessidades concretas ocorrentes em uma espécie de necessidades.Por exemplo, uma primeira lareira na sala me proporcionará uma utilidadesãoD1Jteoçosr.,a­ro'J­L:::O48 Isso é exigi<strong>do</strong> pelo princípio da economicidade; cf WIESER. Ursprung und Hauptgesetze des wirtschaftlichen Wertes,p. 148 et seq.49Ver supra, p. 165 et seqs.I,1:.~

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