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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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!252 o VALOR E O PREÇOem uma avaliação formal. Mesmo urna esperança desse gênero pode fazer, e realmentefaz uma centena de vezes, com que a pessoa, quan<strong>do</strong> não está satisfeita coma exigência de preço de um lugar, se dirija a outro local. Se, porém, também aí aexpectativa se demonstrar ilusória, fazem-se ofertas de preço que vão inclusive além<strong>do</strong> preço inicialmente projeta<strong>do</strong>, antes de se renunciar totalmente à compra.Com isso chegamos ao seguinte resulta<strong>do</strong>. Na melhor das hipóteses, avaliaçõessubjetivas baseadas na presunção de se poder comprar o bem avalia<strong>do</strong> por determina<strong>do</strong>preço constituem, para nosso comportamento, naquele merca<strong>do</strong> no qualse deseja ver concretizada a suposição, uma espécie de etapa psicológica intermediária,mas nunca o critério definitivo. Este é antes, e sempre a ponderação da grandezada utilidade marginal direta; disso, finalmente, segue conseqüência importantepara a consistência intrínseca de nossa teoria: o motivo determinante <strong>do</strong> preço, quechamei de avaliação da merca<strong>do</strong>ria por parte <strong>do</strong>s interessa<strong>do</strong>s na compra, se foranalisa<strong>do</strong> com maior precisão, não se reduz, como num círculo vicioso, às avaliaçõessubjetivas originárias <strong>do</strong>s interessa<strong>do</strong>s na compra.Há outro caso - cuja freqüência não é rara - que apresenta certa afinidadecom o que acabamos de analisar: aquele em que um compra<strong>do</strong>r de mo<strong>do</strong> algumavalia a merca<strong>do</strong>ria por seu valor de uso, mas por seu valor de troca (subjetivo).Isso acontece em to<strong>do</strong>s os casos de compras efetuadas para fins de revenda. Porexemplo, o comerciante de cereais que compra trigo <strong>do</strong> agricultor, o banqueiro quecompra títulos na bolsa, avalia-os simplesmente com base naquilo que espera ganharna revenda em outro merca<strong>do</strong> (após deduzir as eventuais despesas de transportee de comercialização). Em tais casos temos o seguinte encadeamento causal<strong>do</strong>s motivos determinantes: o preço de merca<strong>do</strong> é primeiro influencia<strong>do</strong> pela avaliação<strong>do</strong> valor de troca, feita pelo comerciante; esta baseia-se no provável preçode merca<strong>do</strong> de um segun<strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, e e este, por sua vez, baseia-se entre outrascoisas nas avaliações originárias <strong>do</strong>s interessa<strong>do</strong>s na compra existentes neste segun<strong>do</strong>merca<strong>do</strong>. Por isso, as avaliações, as condições de procura e de oferta <strong>do</strong> públicode outro merca<strong>do</strong> exercem, mediante a ação <strong>do</strong> comerciante intermediário, influênciasobre a grandeza <strong>do</strong> preço de merca<strong>do</strong> no primeiro merca<strong>do</strong>. Esse resulta<strong>do</strong> nãopode surpreender. Pois a intervenção de um comerciante em um merca<strong>do</strong> na realidadenão é outra coisa senão uma forma de encaminhar economicamente para oprimeiro merca<strong>do</strong> a demanda de pessoas fisicamente pertencentes a um outro setor<strong>do</strong> merca<strong>do</strong>. A função <strong>do</strong> comerciante deve ser comparada à de um gerente comerciaIsem encomendas. Ele considera a demanda de umas dúzias ou umas centenasde clientes ausentes, calcula quanto estes, nas condições vigentes, poderiamestar inclina<strong>do</strong>s a aceitar em termos de preço, e efetua então a compra até esse preçomáximo sem que os referi<strong>do</strong>s clientes o saibam, mas em função da economiadeles. Para efeito da formação <strong>do</strong> preço no merca<strong>do</strong> na realidade simplesmente nãopode fazer diferença alguma se um comerciante compra <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, com risco próprio,500 unidades de uma merca<strong>do</strong>ria a 40 florins, para 500 clientes de outro merca<strong>do</strong>,ou se esses 500 clientes o encarregam direta e expressamente de compar porconta deles 500 unidades a 40 florins. Nas duas hipóteses temos de registrar umdesejo de compra de 500 unidades a 40 florins, e a base material desse desejo sãoas condições da demanda de 500 pessoas fisicamente ausentes, mas economicamenterepresentadas: somente que estas, em um caso, são representadas conscientementee por sua própria conta, e no outro, embora o negociante aja comorepresentante, ele o faz por sua própria conta e risco, sem o conhecimento delas.Por conseguinte, na medida em que as avaliações <strong>do</strong> valor de troca, feitas peloscomerciantes, estão ligadas às avaliações <strong>do</strong> valor de uso, feitas por seus clientesausentes, fazen<strong>do</strong> com que estas sejam seu motivo determinante final, e na medidaem q .... '" '"res fi,' - o ­bém ~;,-~;aJg ur.-. ~. 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