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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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188 o VALOR E O PREÇOFinalmente, se houver ao mesmo tempo vanos elementos "não substituíveis"- o que provavelmente é uma combinação bastante rara na prática - no tocanteàquele resto que os elementos "substituíveis" deixam de sobra, eles estão entre sina mesma relação que têm entre si vários elementos não substituíveis, em conformidadecom os itens "primeiro" e "segun<strong>do</strong>" acima. Se, por exemplo, C for substituívelpelo valor de substituição fixo de 30, mas isso não ocorrer com A e B, e A eB também não forem suscetíveis de nenhuma outra utilização, cada uma dessas duasunidades, conforme a situação, terá o valor de 70, e a outra terá valor zero. Se paraA houver uma outra oportunidade de utilização, de valor 10, e para B uma de valor20, A valerá o seguinte: "como unidade final", 50, isoladamente, 10; e B valerá oseguinte: como unidade final, 60, isoladamente, 20.A teoria <strong>do</strong> valor <strong>do</strong>s bens complementares fornece a chave para solucionarum <strong>do</strong>s problemas mais importantes e difíceis da Economia Política: o problema dadistribuição <strong>do</strong>s bens, tal como se efetua na estrutura social de hoje, na qual <strong>do</strong>minauma concorrência mais ou menos livre e os preços são determina<strong>do</strong>s por acertoscontratuais. To<strong>do</strong>s os produtos provêm da cooperação conjunta <strong>do</strong>s três "fatores deprodução" complementares que são o trabalho, a terra e o capital. Ora, na medidaem que nossa teoria explica quanto <strong>do</strong> produto conjunto se deveeconomicamente 43 a cada um deles, e por conseguinte quanto <strong>do</strong> valor conjunto<strong>do</strong> produto se atribui a cada um deles, ela estabelece ao mesmo tempo tambémo fundamento mais profun<strong>do</strong> para se determinar o montante da remuneração a quefaz jus cada um <strong>do</strong>s três fatores. E daqui o caminho leva - se bem que, como ésabi<strong>do</strong>, o capital "fator de produção" não coincida exatamente com o capital "fontede renda" - ao menos de pasagem à determinaçãQ da grandeza <strong>do</strong>s três tipos derenda que são o salário, a renda fundiária e o juro. E bem verdade que o caminhoainda não é totalmente direto. Com efeito, a cota que cabe aos trabalha<strong>do</strong>res e aoutra, que cabe aos proprietários da terra que coopera, se identificam sem mais como salário <strong>do</strong> trabalho e a renda fundiária, respectivamente. Mas a cota que cabe àcolaboração dada pelo capital ainda não é de forma alguma o juro - como se temsuposto inúmeras vezes, com precipitação fatal, em teorias semelhantes de divisão,desde Say; ela é apenas a remuneração bruta pela colaboração <strong>do</strong> capital, da qualo juro <strong>do</strong> capital só sai se, e na medida em que, após deduzir-se o valor da substância<strong>do</strong> capital gasto, ainda sobrar algo dessa remuneração bruta. A explicação <strong>do</strong>porquê disso tu<strong>do</strong> constitui um problema a ser trata<strong>do</strong> à parte.Ilustremos isso de mo<strong>do</strong> bem claro com um exemplo: supon<strong>do</strong>-se que um produtofabrica<strong>do</strong> com a colaboração de to<strong>do</strong>s os três fatores valha 100 florins; a lei<strong>do</strong>s bens complementares nos ajuda até certo ponto: por exemplo, temos condiçãode determinar que a parcela que cabe ao trabalho (emprega<strong>do</strong> diretamente na respectivaprodução) monta a 20 florins, a que cabe à terra a 10 florins, a <strong>do</strong> capital70 florins. Mas a lei <strong>do</strong>s bens complementares ainda não nos diz absolutamente nadasobre se, após deduzir o desgaste <strong>do</strong> capital, sobra algo desses 70 florins, comojuros líqui<strong>do</strong>s, e se algo sobra, quanto é. Pelo contrário, essa lei de per si até levariaa supor que não sobra nada. Pois o mais plausível na linha dessa lei seria supor,>ill .:~4~~ li':5L:" -±.'!!li. :"::"!:lI=-:~: .:i.. ..;]fi,o,' ',1iI. ­ ..,.'.:343 Não <strong>do</strong> ponto de vista físico; a contribuição <strong>do</strong> ponto de vista físico seria em geral SImplesmente impossível de ser calculada(como verificar, por exemplo, com quantos por cento contribuiu a matéria para produzir uma estátua, <strong>do</strong> pontode vista físico, e com quantos por cento contribuiu o artista?), mas ela não apresenta interesse algum. Ao contrário, emgeral é perfeitamente possível constatar de que montante da utilidade ou <strong>do</strong> valor se teria que abrir mão, se não se tivessepossuí<strong>do</strong> determina<strong>do</strong> fator individual -. ora, e é a essa cota, dependente da posse ou da existência de um fator, que<strong>do</strong>u o nome de contribuição econômica <strong>do</strong> respectivo fator para o produto total. Da mesma forma como o problema daalocação da contribuição econômica :lada tem-a ver com a análise física, assim também nada tem a ver com o enfoquemoral, como tambpm nada tem a ver com a questão seguinte: que parcelas <strong>do</strong> produto fabrica<strong>do</strong> em conjunto se deve,~por justiça", atribuir, no processo de distribuição, a cada um <strong>do</strong>s fatores cooperantes? Quanto a essa problemáticu, veras exceipntes exposições de WIESER. Na/uerlicher Wert, 1889. p. 70 et seqs.; e, em especial, também o "Excurso" VIIque figura em anexo, na presente obra.1l!!iI~' dmllll'lllllil1i1'1r:'l:tiillllllB!llllliMr.rcrnllm:il;~". ~l~m:H~I!::J!1

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