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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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f,116 o CAPITAL COMO INSTRUMENTO DE PRODUÇÃOta<strong>do</strong> - pronto para consumo - de seu primeiro dia de trabalho, apenas algumashoras pelo resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> último dia de trabalho, e em média 2 1/2 anos pelo resulta<strong>do</strong>da totalidade <strong>do</strong>s dias de trabalho por ele emprega<strong>do</strong>s. 17Transfiramos agora o que acabamos de dizer, da escala pequena para a grande,<strong>do</strong> ato de produção individual para a situação de toda a economia de uma nação.Cada nação passa a dispor em cada ano de um novo quantum determina<strong>do</strong> deforças produtivas originárias - trabalho e terra. Quanto mais sua produção se aproximarda produção sem capital - pois não existe nenhuma produção absolutamentedestituída de capital -, tanto maior será a parcela das forças produtivas disponíveisem um ano que será transformada, ainda no mesmo ano, em bens de consumo;quanto mais capitalista for uma produção, tanto menor será a cota de novas forçasde produção que será consumida ainda no ano atual. e tanto maior será a cota dessasforças novas que será investida em produtos intermediários que só trarão seusfrutos para o consumo em perío<strong>do</strong>s futuros; e quanto mais tarJe isso ocorrer, tantomaior será o grau de capitalismo. Assim sen<strong>do</strong>, uma nação que produz quase semcapital consome em cada ano os frutos das forças produtivas <strong>do</strong> mesmo ano, e umanação de produção capitalista consome em pequena parte os frutos das forças produtivas<strong>do</strong> ano corrente, e em parte maior consome os frutos das forças produtivasde anos passa<strong>do</strong>s, enquanto que ao mesmo tempo gera produtos intermediáriospara consumo em anos futuros. Tal nação consome. em média, frutos das forçasprodutivas de anos tanto mais recua<strong>do</strong>s no passa<strong>do</strong> e provê para anos futuros tantomais longínquos, quanto maior for o grau de capitalismo.Agora posso esperar ser entendi<strong>do</strong> sem margem alguma de equívoco se, paraconcluir, resumir a idéia global <strong>do</strong> processo de produção capitalista nas poucas palavrasseguintes:To<strong>do</strong>s os bens de consumo que o homem produz se originam pela cooperaçãoda força <strong>do</strong> homem com as forças da Natureza, sen<strong>do</strong> que estas últimas são emparte forças econômicas e em parte forças gratuitas. Com essas forças produtivaselementares, pode o homem produzir os bens de consumo deseja<strong>do</strong>s, diretamenteou indiretamente, utilizan<strong>do</strong> produtos intermediários que se denominam bens decapital. Este último méto<strong>do</strong> requer um sacrifício de tempo, mas acarreta uma vantagemno tocante à quantidade <strong>do</strong> produto; essa vantagem costuma ocorrer também,ainda que em medida decrescente. em prolongamentos sucessivos da via deprodução indireta.: 517Knut WíckselJ, que de resto cemonsrra uma compreensão perfeitamente correta da relação recíproca existente entre c:conceitos e grandezas aquj em pau~a, preferiria eliminar totalmente o termo "perío<strong>do</strong> -de produção" e operar simplesmer::-:­com o conceito de "!empo::e jn·,..estimemo"{Finan-ltheoretísche Untersuchungen. Jena, 1896, p. 30), conceito este introd;.zi<strong>do</strong> por Jevons e que coincide com meu ~tempo médio de espera-~. Sem querer atribuir a isso uma importância excessi~.;- pois, devi<strong>do</strong> à "relação fnrima- existente entre os <strong>do</strong>is conceitos, salientada também por Wicksell, eles podem facilmer.:-

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