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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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62 CONCEITO E NATUREZA DO CAPITAL56 Das Geld, p. 83. e depois 92 et seqs.57 Aliás, para a sociedade no global, que naturalmente não tem créditos nem dívidas, a posse de bens COincide tota;men­te com a riqueza. também pela definição de Knie~.58 O próprio Knies formulou esse juízo, quanuu diz que ninguém exigirá "que ° capital seja ieiêntlco a bens econômicos",(Das Geld. p. 22)59 Op. cit., p. 48·49 e outras mais.:JiíiiIII:EIIII~1!IIl:l.'ali•­1la1!IllIlA concepção de capital que mais se assemelha a esta - na medida em quetambém considera como capital, além <strong>do</strong>s meios de produção, também os bens deconsumo - é a apresentada por Knies, Baseia-se ela numa idéia fundamenta! tãointeressante quanto teoricamente significativa. E no entanto creio que, examinan<strong>do</strong>acom maior precisão, não podemos dar-lhe a palma da vitória. Vejamos.Knies qualifica como capital "aquele estoque de bens disponíveis numa economiaque é utilizável para a satisfação das necessidades no futuro". Como se podeobservar com facilidade, essa definição coincide, com exceção de uma única expressão,com a definição de um outro conceito básico de importância extraordinária.Com efeito, se omitirmos nela a expressão "no futuro", temos o estoque totalcompleto de bens de que uma economia dispõe para satisfazer as necessidades;isso é uma grandeza que a maioria <strong>do</strong>s autores costuma denominar "riqueza". Seinsistirmos - como faz Knies 56 - em que a riqueza inclui apenas o estoque líqui<strong>do</strong>de bens, após deduzidas as dívidas, pode-se denominar aquela grandeza de"possessões materiais brutas".57 De qualquer forma, ela é uma grandeza independentee tem uma denominação própria, com a qual o "capital" não aceita - nemdeve aceitar - coincidir.Knies quer distinguir dessa grandeza o seu conceito de capital, mediante as palavras"utilizáveis no futuro'~ Será que essas palavras encerram realmente uma distinção?Acredito que não; ao menos não, se lhes conservamos em plenitude o sen- .ti<strong>do</strong> restrito que por natureza têm. Pois é um atributo da riqueza toda, sem exceção,o de ser utiliza<strong>do</strong> no futuro para satisfazer as necessidades. To<strong>do</strong> acúmulo de riquezabaseia-se numa provisão em função de uma necessidade futura. loda coisa queno momento se encontra na minha posse, foi adquirida num momento passa<strong>do</strong>para ser utilizada somente num momento futuro; sem dúvida, em parte, num momentoque de forma alguma está longe, pois talvez seja no dia seguinte, ou até nahora seguinte: de qualquer forma, sempre num momento que ainda pertence aofuturo. Se, pois, tomarmos a palavra futuro em sua acepção restrita, deve-se concluirque Knies, com sua fórmula, evidentemente não definiu somente o capital, masao mesmo tempo também a riqueza: seu conceito de capital coincide com o de riqueza.Se Knies tivesse realmente tenciona<strong>do</strong> dizer isso, o julgamento sobre seu conceitode capital já estaria da<strong>do</strong>: deveria ser rejeita<strong>do</strong> em razão de desperdício terminológico.Pois seria manifestamente um desperdício altamente inapropria<strong>do</strong> quereratribuir ao bem conheci<strong>do</strong> conceito, que já é designa<strong>do</strong> com o termo riqueza tambéma denominação de capital - como sinônimo - deixan<strong>do</strong> sem denominaçãooutros conceitos importantes, por exemplo, determina<strong>do</strong>s conjuntos de meios deaquisição,sS. Mas essa identificação não foi intencionada por Knies. Pelo contrário,esclarece repetidamente, e com ênfase, que o seu capital engloba apenas uma parte<strong>do</strong> conjunto total de bens possuí<strong>do</strong>s, e lhe contrapõe, como segun<strong>do</strong> elemento dadivisão, o conjunto <strong>do</strong>s bens que servem para a satisfação da "necessidade correntepresente".59 Evidentemente, essa divisão pressupõe que não se tome a palavra "presente"num senti<strong>do</strong> por demais literal. Pois se quiséssemos entender por "presente",a rigor, aquele momento que separa o passa<strong>do</strong> <strong>do</strong> futuro, naturalmente os bensque chegam a ser utiliza<strong>do</strong>s nesse breve momento de tempo representariam umaquantidade tão pequena que realmente não valeria a pena falar deles, e muito me­..:JICI:a!Il­~..BlIl111IIai:.­::11I/'iZl!IDI­~

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