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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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W 1· ,202 o VALOR:: O PR::Çü"X.Considerações psicológicas complementares à teoria <strong>do</strong> valor 6 !I. He<strong>do</strong>nismo e teoria <strong>do</strong> valorCom freqüência se tem objetél<strong>do</strong> à teoria <strong>do</strong> valor por nós apresentada, queela seria em sua essência "he<strong>do</strong>nista" ou "uti!itarista"(,2E já que a filosofia he<strong>do</strong>nista é hoje em geral considerada antiquada",limputou-se à teoria <strong>do</strong> valor. como ponto fraco, que ela se estriba em base filosóficaque hoje não se pode mais considerar sustentável. Ao mesmo tempo foi reiteradamenteexpressa a opinião de que nossa teoria é exposta desnecessariamente à crítica,uma vez que todas as suas fases de importância econômica são igualmentedefensáveis, quer se formulem as explicações de seus aspectos psicológicos <strong>do</strong> pontode vista utilitarista, quer <strong>do</strong> antiutilitarista 6éDiante desse problema, gostaria de posicionar-me com os três esclarecimentosque seguem.Primeiro: Compartilho plenamente a última opinião citada. de que a correçãoda explicação <strong>do</strong>s fenômenos econômicos, fornecida pela teoria <strong>do</strong> valor por mimapresentada, independe totalmente de a Psicologia, no campo que lhe cabe, considerarutilitaristas ou antiutilitaristas certas premissas psicológicas reais. nas quais acitada explicação se fundamenta e em qualquer hipótese tem o direito de fundamentarse,em razão de tais premissas serem reais.Segun<strong>do</strong>: Eu pessoalmente não defen<strong>do</strong> a <strong>do</strong>utrina he<strong>do</strong>nista, e também desejoevitar, na apresentação de minha teoria <strong>do</strong> valor. tu<strong>do</strong> aquilo que possa serinterpreta<strong>do</strong> c9mo uma adesão a elaTerceiro: E verdade que a terminologia por mim utilizada (com as expressõesfreqüentemente repetidas "bem-estar", "ganho de bem-estar". "prazer", "desprazer", "<strong>do</strong>r","sofrimento" etc.) é a mesma que tem si<strong>do</strong> tradicionalmente usada também por autoresde Economia Política realmente imbuí<strong>do</strong>s de utilitarismo (mas talvez tambémpor to<strong>do</strong>s os autores de Economia Política, sem qualquer distinção de escola filosófica!);contu<strong>do</strong>, tenho boas razões, não para evitar temerosamente essa terminologia,ainda que ela possa despertar a impressão de uma tendência ao he<strong>do</strong>nismo.mas para mantê-Ia, explican<strong>do</strong>-a devidamente.Não podemos, porém. discutir sobre uma denominação, antes de haver esclareci<strong>do</strong>aquilo que com ela se pretenàe designar: qual é então, afinal, o critério decisivode uma concepção "he<strong>do</strong>nista", como a que se pretende objetar à teoria <strong>do</strong>valor por mim apresentada?Geralmente se denomina "he<strong>do</strong>nista" uma concepção segun<strong>do</strong> a qual não existembens ou valores primários afora o prazer e a im unidade da <strong>do</strong>r, que portanto: :1-,~.."..61 Este item foi acrescenta<strong>do</strong> pela primeira vez à terceira ediçao da <strong>Teoria</strong> Posiliou e contém exclusivamente a apresentaçãode questões sutis, cujo esclarecimento respaldi'l e consolida o que foi apresenta<strong>do</strong> até aqui. sem acrescentar-lhe coisanova. Por isso. os leitores que. após a exposição de nossas pesquisas teóricas sobre o valor feita até aqui. se sentir~m comsuficiente confiança e se m dúvidas quanto à sua correção, podem tranqüilamente saltar to<strong>do</strong> este iterc. a fim de não frearemsujeitos a delongas na apresentação progressil.!a e no desenvolvimento da teoria.02 Cf. por exemplo DAVENPORT. Value and Distribuüon, p. 303-310: PARRIS. Marion. Total Uti/ity and the EconomieJudyement. Filadélfia. 1909. passim: GIDF e RIST. H/sto/re des Doetrines Économiques. Paris. 1909. p. 592 et seqs.: KRAUS.Oskar. Zur Theorie des Wertes, Elne Bentham·Studie. Halle. 1901. p. 59 et seqs.b] "The preliminary step is to recognize that utilitaríanísm, ar any form of he<strong>do</strong>nistic theory. is a thing oi thepast'" DAVENPORT. Op. cito p. 304.64 Cf. por exemplo DAVENPORT. 8. Op. cito p. 307·310. Na mesma linha SCHUMPETER Wesen und Hauptinhalt. p542 e STUART. H. W. "The Fortunes 01 the Austrian Eeonomics are in no wise bound up with those of the Benthamitepsycology". In: Journal of PaI.. v. IV (18951. p. 75.il "O passo preliminar é reconhecer que o utilitarismo, ou qualquer forma de teoria he<strong>do</strong>nista. é coisa <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> n . (N. <strong>do</strong> T)

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