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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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J C.-\?!T.-\L COMO INSTRUMENTO DE PRODUÇÃOocorre o primeiro perío<strong>do</strong> de espera. Ao contrário. no caso <strong>do</strong>s bens de consumoduráveis, nos quais, por motivos de ordem técnica, os atos de utilização têm queabarcar toda a vida útil <strong>do</strong> bem, forma-se, também para o desfrute, um momentotemporal médio, que necessariamente precisa encontrar-se a determinada distância<strong>do</strong> momento da fabricação <strong>do</strong> bem, isto é, a uma distância tanto maior quanto maisdurável for o bem de consumo. No caso desses bens aparecem, portanto, os <strong>do</strong>istempos de espera. E também aqui há novamente um aspecto que com naturalidadepermite enquadrar os <strong>do</strong>is sob uma concepção comum: adicionam-se à grandezatotal: "tempo de espera médio entre o início da aplicação das forças produtivasoriginárias e a colheita <strong>do</strong>s frutos, que consistem nos serviços ofereci<strong>do</strong>s pelos prcdutosgera<strong>do</strong>s por elas".Se, pois, na realidade há importantes analogias, que, dentro de uma compreensã:um pouco mais geral <strong>do</strong>s conceitos de "tempo de espera" e "produtividade maio~possibilitamreconhecer essas características nas duas séries de fenômenos comp=.­radas entre si, por outra parte não se pode apagar inteiramente as diferenças q_~continuam a subsistir dentro dessas generalizações mais abrangentes. Vale a pe:- =­dizer expressamente qu~os <strong>do</strong>is componentes de que se constitui aquele terr:·:de espera total têm uma existência propriamente independente um <strong>do</strong> outro. ~ ""diferenciam entre si tanto pela sua natureza quanto pelo motivo que lhes dá orjs~ "ISeria totalmente errôneo supor que os tipos de construção que geram uma dUE;~maior <strong>do</strong> desfrute, também tenham de exigir llm processo de fabricação mais !c;r:.e vice-versa. Os 80 anos de trabalho que, em nosso exemplo, custa a const:' .:im:da casa de 120 anos de duração, de maneira alguma precisam preencher UIT. -:or-­río<strong>do</strong> de produção" superior aos 30 anos de trabalho exigi<strong>do</strong>s pela construçâc 2variante de 30 anos. Por exemplo, a consecução de telhas de barro para uma cc.:-­trução sólida de tijolos pode, no total, demandar muito mais tempo <strong>do</strong> que o culL =e a preparação de madeira de construção para uma casa de madeira de duraçê.:mais curta; no entanto, ela não precisa - ao menos em se tratan<strong>do</strong> de determinac:::técnica primitiva de fabrico de telhas - anteceder tanto à construção efetiva da Cêsa,e portanto pode até acarretar um perío<strong>do</strong> médio de produção mais curto, e~nosso senti<strong>do</strong>: o perío<strong>do</strong> de produção e a duração da utilidade de forma algull.:::estão necessariamente correlaciona<strong>do</strong>s entre si.Há ainda uma outra diferença muito importante: o tempo de espera que é ir.­posto pela duração da produção antecede o começo de qualquer desfrute <strong>do</strong> ber.e portanto acontece totalmente sem se desfrutar <strong>do</strong> bem, ao passo que o outro "temp:de espera", que é devi<strong>do</strong> à durabilidade <strong>do</strong> produto, já vem acompanha<strong>do</strong> pelo desfrutepleno e regular <strong>do</strong> respectivo produto A razão <strong>do</strong> primeiro tempo de espe:=.está na longa duração (sempre indesejada) da produção, enquanto que a razão e:segun<strong>do</strong> tempo de espera reside na longa duração (na maioria <strong>do</strong>s casos, intensêmentedesejada!) <strong>do</strong> desfrute. Finalmente, importa não perder de vista que també~o tipo de vantagem técnica que costuma acompanhar o prolongamento de cac:::um <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is componentes, não é totalmente homogêneo, não esquecen<strong>do</strong>, alé~disso, que também a explicação desses próprios resulta<strong>do</strong>s técnicos maiores tem e~coml]m alguns componentes, mas de forma alguma to<strong>do</strong>s eles. sE devi<strong>do</strong> a isso que me limito a falar em um importante fenômeno paralelo c.:<strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s indiretos de produção capitalista, mas renuncio à tentativa de fune::­totalmente os <strong>do</strong>is fenômenos em um só. Na realidade temos duas regras técnicê,sfornecidas pela experiência, distintas e independentes uma da outra, que semp:~~-=1~"i~I':~"3'JIZm .. :::.C: 'J!:iC -e:::;a "al::!:'Q'i4ljlll~-:-:~­ .-...• M"«...... J:H!!l8rílbBllI!!!!:.C1'-. ..;:n-.',1-.:J-'1i!:: l1Ja 1!IJIIIiiiO!t''iC 31'-";,",1'l1Il._~m'BI5iR' -:;ãI::"lIIsIII;;. ~..i.~~'~1I:& :::;;:::;;:-s:.al-~.."'''"''=="1~~l~.,., ..".,,~;a :$L ,i!Ii:f'::'..i'iiiiJJe.'~~UI;,~~ ~5Ver, por exemplo, de um la<strong>do</strong>, a expOSição à página 36 e seguíntes e, por outro, a exposição à página 119, nota 3. =-­deterrnin(j<strong>do</strong> grupo de :asos - <strong>do</strong> qual logo falaremos - as duas explicações coinCIdem em certa extensâo'-,'.Nrd-"f:'l!IiiI"~ 'li.~ '" :j'''' :I

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