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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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30 CONCEITO E NATUREZA DO CAPITALnatural ou em Psicologia; afirmo apenas que o que ela nunca pode é tornar-se anticiêncianatural ou antipsicologia. Pois o que é falso para a Ciência da Natureza oupara a Psicologia, permanece pura e simplesmente falso, mesmo dentro da unidadede to<strong>do</strong> o conhecimento. E para isso, a saber, para não atentar inopinada e implicitamentecontra certas verdades fundamentais, nada é mais útil <strong>do</strong> que uma vez portodas colocai explicitamente essas verdades diante <strong>do</strong>s próprios olhos, J::1reto no branco.O tema que me cabe tratar nesta obra é de tal espécie que dery1anda em grauparticularmente eleva<strong>do</strong> apoio em fundamentos sadios e naturaís,)i onde uma negaçãodesses fundamentos pode levar a cometer muitos erros. Tenho, portanto, umarazão particularmente válida para seguir o velho e bom costume, colocan<strong>do</strong> no inícioda minha teoria algumas verdades básicas pertinentes ao campo vizinho das CiênciasNaturais. Não haja preocupações de que eu abuse dessa oportunidade paraacumular detalhes eruditos <strong>do</strong> âmbito das Ciências Naturais. As poucas verdadesque tenciono apresentar, embora em uma classificação exclusivista possam ser atribuídasao campo das Ciências Naturais, são de natureza tão geral que praticamentenão fazem parte de nenhuma ciência específica e se tornaram patrimônio comumde todas. Elas são conhecidas de to<strong>do</strong>s e reconhecidas por to<strong>do</strong>s e, de uma formaou de outra, já foram há muito tempo expressas na literatura sobre Economia Política.O que propriamente deve distinguir minha exposição das costumeiras é apenasuma coisa: quero dizer as coisas de forma tal que elas permaneçam presentes nãosó nos parágrafos, mas também no espírito da teoria. Via de regra, os excursos relativosaos da<strong>do</strong>s das Ciências Naturais figuram em algum canto <strong>do</strong>s livros de EconomiaPolítica, mais para efeito de decoração <strong>do</strong> que para fecundar a pesquisa. Emum capítulo, são apresenta<strong>do</strong>s com aparato; no seguinte, são esqueci<strong>do</strong>s e contraditos.Quero simplesmente tentar não esquecê-los de novo, mas em toda parte ondeeles são de interesse - o que ocorre em grande extensão precisamente como tema <strong>do</strong> capital - manter contato discreto mas firme com tais verdades. Comisso, minha teoria não deve de mo<strong>do</strong> algum adquirir o caráter de uma teoria científiconatural,mas simplesmente o caráter de uma teoria de Economia Política que nãocontrarie a Natureza.Os homens aspiram à felicidade. Esta é a expressão mais geral, se bem quetambém a mais vaga, para um grande número de esforços, to<strong>do</strong>s eles orienta<strong>do</strong>sno senti<strong>do</strong> de produzir acontecimentos e situações que sejam o mais possível agradáveisa nós, e, em contrapartida, no senti<strong>do</strong> de afastar os que são desagradáveis.Se quisermos trocar as palavras; podemos, ao invés de "aspirar à felicidade", dizertambém "aspirar à autoconservação e ao autodesenvolvimento", ou "aspirar à maisintensa possível promoção da vida", ou, finalmente, com a mesma propriedade, "aspirarà satisfação mais completa possível das necessidades"; com efeito, as expressõesnecessidade e satisfação das necessidades, tão usuais na terminologia da EconomiaPolítica, em última análise não significam outra coisa que de um la<strong>do</strong> a aspiração,ainda insatisfeita, de chegar a uma situação desejável ou mais desejável e,de outro, a consecução de tal esta<strong>do</strong> de coisas.A totalidade <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> real está sujeita à lei da causalidade. Esta exige que nãoaconteça nenhum efeito sem uma causa suficiente. Diante dela, nem mesmo o homem,com suas situações, ocupa posição de exceção: nenhuma dessas benfazejasmudanças de situação, que denominamos satisfação de necessidades, pode ocorrerde outra forma que não a de efeito de uma causa suficiente de mudança; cada satisfaçãode necessidades exige a atenção de um meio de satisfação adequa<strong>do</strong>. Ora,os meios adequa<strong>do</strong>s de satisfação de necessidades humanas ou, o que dá no mesmo,as causas de mudanças benfazejas de situação, denominamo-los bens. 11 Ver MENGER Grundsaetze der Volkswirtschaftslehre. Viena. 1871. p. 1 et seq

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