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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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A CONTROVÉRSIA EM TORNO DO CONCEITO DE CAPITAL89ic que·.~o seeõ·J.lta­~:'J esl.JitasL:" que.,::''J deI .:Jgica:2cun­C~ pore-cie à~ ;ene­!r.ente,"" s prot-:..:emE~::eiroc:-. elee oens:-:-.ereça,. ::õsituc::a.é:..::.S cre­.:õ ram­~-:-. suas, :apital,.. razão,:: e Fisa.~:atóriacens deo men­.::;ue em='J meio:e tantoJ,ue aoG :mper­'Jral <strong>do</strong>sJrno des:dênciaSa etc. 120"atureza)~'Jdução~ :-'.ecessi­Eegeiros,óa quV/j.: leVa aE:-'.sação,LG e porQuanto aos fatos nos quais se fundamentam essas objeções, eles são totalmen­:e corretos. Em suas fronteiras, as duas categorias realmente se fundem impercepti­,elmente. Mas seria um grande erro querer supor que. por essa razão, a respectivajistinção deva ser inadequada ou cientificamente estéril. Natura non facit saltum: 122essa frase. que Marshall colocou exatamente como lema para sua obra principal,,ão vale menos para as coisas da Economia <strong>do</strong> que para as demais esferas <strong>do</strong>seventos naturais Daí que. tanto aqui como lá, não é uma exceção que provoquesurpresa. mas exatamente a regra quase evidente, pelo feto de que até as distinções:Tlais incisivas, às quais é preciso recorrer para se ter uma visão ordenada de conunto<strong>do</strong>s fenômenos e definir o campo de aplicação de leis científicas, se tornam~ouco nítidas em suas fronteiras. Não quero nem falar das classificações das ciên­:ias naturc-'s descritivas. De acor<strong>do</strong> com o estágio atual <strong>do</strong>s conhecimentos sobre3. evolução das espécies. compreende-se que aqui só pode haver fronteiras indefinijas;e. no entanto. a Zoologia com certeza não deixará - nem pode deixar - de:ontinuar a distinguir os mamíferos <strong>do</strong>s peixes. estes <strong>do</strong>s répteis e assim por diante,'Jassan<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s os estágios de uma seqüência ininterrupta da evolução. Até a::nha demarcatória da distinção muito mais fundamental entre o animal e a plantaestá, como se sabe, longe de ser nitidamente demarcada. Será que, por esse moti­.0. a ciência pode renunciar a traçar essa linha? Ou então, porventura deixa de ser:ecunda e indispensável a distinção <strong>do</strong>s fisiólogos entre o sexo masculino e o femi­,ino, ou a distinção da Ciência Política entre cidadãos <strong>do</strong> país e estrangeiros, só'Jorque há hermafroditas e "súditos mistos"? E por acaso também os três esta<strong>do</strong>s,:ue o físico distingue - sóli<strong>do</strong>, líqui<strong>do</strong> e gasoso -, não passam por mudanças to­:3lmente imperceptíveis? Apesar disso, o físico está obriga<strong>do</strong> a fazer essas distinções,,ão somente para efeitos de descrição, mas também para estabelecer certas leis es­'Jeciais, que diferem entre si pelo conteú<strong>do</strong>. Essas leis só valem para os corpos sóli­::os, respectivamente só para os líqui<strong>do</strong>s, ou, enfim, só para os gases, e os campos::e aplicação se separam precisamente de acor<strong>do</strong> com essas linhas demarcatórias'Jouco nítidas.. Acontece exatamente a mesma coisa no campo <strong>do</strong>s fenômenos da economia.J que significam os hermafroditas para as divisões da Fisiologia, e os "súditos mis­::)s" para as da Ciência Política, isto e nada mais significam, para o nosso problema::e classificação científica no âmbito da Economia, os navios de excursão que levam:arga etc., menciona<strong>do</strong>s por Fisher. Apesar da sua existência, não é fácil encontrarem nosso estoque de bens uma distinção mais indispensável e também mais fecun­:a para finalidades científicas <strong>do</strong> que a existente entre meios de produção e meios:e consumo. Simplesmente não consigo imaginar uma ciência econômica que não'::ça distinção entre produzir e consumir, entre ganhar e consumir. No entanto, co­--:-'.0 demonstrou Sulzer, de mo<strong>do</strong> tão drástico quanto acerta<strong>do</strong>, também esses con­Jeitos se interpenetram em suas fronteiras. Por exemplo, até onde irá a atividade:'odutiva na satisfação de nossa necessidade de alimentos, e onde começa o "consJmir"?Será no cozinhar os alimentos, no servi-los, no levá-los à boca, ou apenas"O mastigar e no engolir?123 Exatamente na mesma confusa linha demarcatória se:aseia a célebre distinção que Menger faz entre bens de primeira ordem e bens deJrdem superior. Essa distinção contribuiu enormemente para ordenar nossas idéias:om respeito aos temas da produção de bens e da formação de seu valor, e da qual:ertamente nenhum teórico quererá abrir mão no futuro. Que papel importante e:em mereci<strong>do</strong> não desempenha, na Ciência Econômica, e precisamente no seu tão::onceitua<strong>do</strong> intérprete, Marshall, a distinção entre short period-prices e long perioâcc'A Natureza não dá saltos" IN <strong>do</strong> TI" Die wirtschaftlichen Gru ndgesetze In der Gegen wartsphase Ihrer Entwlcklung Zurique. 1895 ~

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